(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Passarelas sem aviso de altura colocam em risco a seguran�a de motoristas e pedestres

Fiscaliza��o e sinaliza��o insuficiente e imprud�ncia de motoristas aumentam perigo de acidentes, como o que matou cinco pessoas no Rio de Janeiro, na ter�a-feira


postado em 30/01/2014 06:00 / atualizado em 30/01/2014 07:04

Passarela na BR-356, perto do BH Shopping, na Região Centro-Sul, não tem indicação de altura e acaba gerando risco para pedestres e motoristas que transportam cargas maiores(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)
Passarela na BR-356, perto do BH Shopping, na Regi�o Centro-Sul, n�o tem indica��o de altura e acaba gerando risco para pedestres e motoristas que transportam cargas maiores (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS)

A falta de fiscaliza��o pelo poder p�blico e a imprud�ncia e a neglig�ncia de motoristas aumentam o risco de acidentes como o ocorrido no Rio de Janeiro, na ter�a-feira, que matou cinco pessoas depois de um caminh�o com a ca�amba levantada derrubar uma passarela. O perigo ronda vias como o Anel Rodovi�rio e a BR-356. Recentemente, foram registradas em BH ocorr�ncias semelhantes � da capital fluminense. Para complicar, algumas estruturas n�o t�m nem sequer placa informando a altura, o que agrava o risco.

O EM flagrou v�rias passarelas sem aviso de altura. Motoristas que seguem da Savassi para o Bairro Bet�nia, na Regi�o Oeste, passando pelo Anel, ver�o indica��o desse limite em apenas duas estruturas: na passagem de pedestres da Avenida Nossa Senhora do Carmo, pr�ximo � Igreja do Carmo, Centro-Sul, e na BR-356, perto dos mot�is – ambas com 6m de altura. Em outros cinco trechos n�o h� sinaliza��o: na altura do n�mero 1.900 da Nossa Senhora do Carmo; na passarela de acesso ao BH Shopping, na BR-356; e em tr�s pontos no Anel (bairros Olhos D’�gua, Bonsucesso e Bet�nia). No Bonsucesso, no Barreiro, a travessia est� amassada, sinal de que j� foi alvo de algum caminh�o. Tanto a 356 como o Anel s�o rota de ve�culos de carga.

A BHtrans informou que na via urbana a sinaliza��o de altura � obrigat�ria. Nos trechos de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o supervisor da unidade de Contagem, Davidson Matos Carvalho, informou que as estruturas foram projetadas para indicar a altura e atribui a poss�veis furtos a falta de algumas placas: “� aconselh�vel que qualquer obst�culo com restri��o de altura tenha essa indica��o, pois o condutor precisa saber.”

A altura m�nima de passarelas em vias urbanas � de 4,5m e, em �rea de rodovia, de 5,5m. Os caminh�es, por sua vez, segundo resolu��o do Departamento Nacional de Tr�nsito (Denatran), devem ter, no m�ximo, 4,4 m, incluindo a carga. No caso de cegonheiras, o limite sobe para 4,95m. Por isso, quando transportada carga especial, cujo tamanho ultrapassa as medidas padr�es, a empresa respons�vel deve procurar os �rg�os de tr�nsito para tra�ar a rota. S� no Anel s�o 24 passarelas. As mais baixas, com 5,40m, ficam no Bairro Santa Maria e no Dom Bosco, Noroeste de BH. A mais alta, com 6,97m, est� no km 538, na passagem do viaduto da Via do Min�rio, no Barreiro.

O supervisor do Dnit relata que avarias nas estruturas causadas por ve�culos de grande porte s�o comuns – geralmente, provocadas por esbarr�o. Quando o motorista acha que d� para passar ou ignora a altura quando ela � informada, a conta dos reparos acaba ficando para os cofres p�blicos. Isso porque, se n�o for um acidente que cause a reten��o do ve�culo, dificilmente o infrator � identificado. “Falta fiscaliza��o. N�o temos como saber quem causou o dano ao patrim�nio”, lembra. Quando o condutor � localizado, � feito boletim de ocorr�ncia e, depois de recuperado o dano, a fatura � enviada para quem o causou. Se houver recusa do pagamento, o problema � resolvido na Justi�a.

“Existem cargas mais altas e, por isso, �s vezes, ela bate em passarelas e viadutos. Esse tipo de material tem autoriza��o especial, mas o motorista erra o calculo e acaba batendo, ressaltou o tenente Geraldo Donizete, da Pol�cia Militar Rodovi�ria (PRMv).


CONTROLE O consultor em tr�nsito Osias Batista atribui a imprud�ncia e a neglig�ncia � falta de rigor no controle policial. “Ocorrem v�rios acidentes desse tipo na Europa, de a ca�amba abrir ou o equipamento falhar. Mas como conseguir parar o motorista na hora? � preciso fiscaliza��o pesada.” Segundo ele, “o brasileiro n�o tem a cultura de que � preciso tomar todas as precau��es, porque est� manuseando equipamento de alta periculosidade, que � um carro ou um caminh�o. “O mais importante � obedecer as regras, n�o s� porque s�o pass�veis de multa, mas porque aquilo mata. Ter isso em mente, primeiro, para n�o matar e, segundo, para estar ciente de que ser� punido severamente se matar”, afirmou.

Enquanto isso...

...MOTORISTA FALAVA
AO CELULAR NO RIO

O motorista do caminh�o que causou acidente na manh� de ter�a-feira, matando pelo menos cinco pessoas, admitiu em depoimento � pol�cia que j� entrou na via falando ao celular. Lu�s Fernando Costa, de 31 anos, alegou n�o ter visto que a ca�amba estava levantada quando entrou na via expressa e bateu em uma passarela na Linha Amarela. Segundo a pol�cia, a neglig�ncia configura crime culposo (sem inten��o de matar) e, al�m dos cinco homic�dios, o motorista responder� tamb�m por quatro les�es corporais culposas. Ele sofreu les�o no f�gado e foi transferido para o CTI do Hospital do Cora��o de Duque de Caxias. As investiga��es ainda v�o analisar as causas de a ca�amba do ve�culo estar levantada.


�ltimos acidentes

Al�m de passarelas, viadutos tamb�m representam riscos para motorista desatentos, como j� ocorreu recentementen em BH

ABRIL/2010
Caminh�o carregando uma retroescavadeira derrubou duas vigas do Viaduto Oeste, na Avenida Nossa Senhora de F�tima, no Complexo da Lagoinha, Noroeste de BH. A m�quina caiu no asfalto e o caminh�o ficou sob uma viga. Houve congestionamento na regi�o.

MAR�O/2010
Em 1º de mar�o, um caminh�o com a ca�amba levantada bateu numa passarela na altura do Bairro Santa Maria, Oeste de BH. Ningu�m passava pelo local no momento do acidente, mas a estrutura ficou com as grades danificadas.

NOVEMBRO/2009

No dia 12, um caminh�o-ba� ficou retido sob um viaduto do Complexo da Lagoinha, na Rua Pouso Alegre, no Bairro Floresta, Leste de BH. As rodas do lado direito ficaram levantadas e o motorista n�o conseguiu deslocar o ve�culo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)