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Estado de Minas

Com barragens cheias, Norte de Minas j� se prepara para per�odo de seca

Chuvas de dezembro trouxeram al�vio depois de longo per�odo sem chuva. Foco agora � evitar que o drama se repita no per�odo crucial da estiagem, entre julho e setembro


postado em 31/01/2014 06:00 / atualizado em 31/01/2014 07:06

Barragem de Tremedal, em Monte Azul, no extremo Norte do estado, há 15 dias (acima), e em junho de 2013, quando era apenas um lamaçal (abaixo). Falta de barragens na região é problema(foto: Fotos: Wilson Fialho/Divulgação)
Barragem de Tremedal, em Monte Azul, no extremo Norte do estado, h� 15 dias (acima), e em junho de 2013, quando era apenas um lama�al (abaixo). Falta de barragens na regi�o � problema (foto: Fotos: Wilson Fialho/Divulga��o)

Depois de enfrentar uma das piores secas da hist�ria, que come�ou em 2012 e se estendeu por quase todo ano de 2013, comunidades do Norte de Minas tiveram um grande al�vio com as chuvas de dezembro. Barragens e rios que estavam esturricados ficaram cheios, amenizando o sofrimento da falta de �gua. As comunidades comemoram o fim do sofrimento. Contudo, sabem que o grande desafio � “segurar” a �gua da chuva para evitar que o drama se repita no per�odo crucial da estiagem, entre julho e setembro. Uma das defici�ncias da regi�o � a falta de barragens. O assoreamento e a polui��o de rios e c�rregos � outro problema. Monte Azul, no extremo Norte do estado, foi um dos munic�pios que mais sofreram com a “seca brava” de 2012 e 2013. A barragem do Rio Tremedal, que abastece a cidade, ficou vazia, e durante seis meses todos os 22 mil habitantes receberam �gua de 33 caminh�es-pipa (23 da Copasa e 10 do Ex�rcito).  A �gua foi captada em barragens dos munic�pios de Espinosa e Porteirinha e faziam o transporte at� a esta��o de tratamento de �gua de Monte Azul, que, ap�s ser tratada, chegava �s casas. Os 4 mil moradores de 54 comunidades rurais foram atendidos diretamente pelo servi�o.

As dificuldades no abastecimento foram amenizadas em dezembro, quando a barragem se encheu e transbordou. O prefeito de Monte Azul, Jos� Edvaldo Antunes de Souza (PP), afirma que fazia quatro anos que a barragem de Tremedal n�o acumulava tanta �gua. “Agora, a barragem cheia pode garantir o fornecimento de �gua para o munic�pio por pelo menos dois anos”, diz Antunes. Ele reconhece que somente ser� poss�vel evitar que a falta de �gua venha a se repetir com a constru��o de outras represas na regi�o. H� um projeto para a constru��o de uma barragem no Rio Canabrava, a 18 quil�metros da sede, mas sua execu��o depende da libera��o de recursos federais. Para amenizar o problema do desabastecimento no per�odo cr�tico da estiagem, est�o sendo perfurados e equipados 22 po�os tubulares na zona rural.

COMEMORA��O A volta das �guas � comemorada pelo agricultor Luiz Francisco dos Santos, presidente do Conselho do Desenvolvimento Comunit�rio de Po��es, localidade da zona rural de Monte Azul, que re�ne 104 fam�lias. “No ano passado, enfrentamos uma seca brava demais. A �gua acabou. N�o teve mais servi�o e todos os jovens sa�ram para trabalhar em outras regi�es. Foi a pior estiagem que j� vi”, afirma Santos. “Com a chuva de dezembro, melhorou 100%”, diz. O l�der comunit�rio v� a constru��o de barragens como necess�ria, mas, para impedir que o drama se repita, para ele � preciso investimento na preserva��o ambiental, para a recupera��o das nascentes e despolui��o dos rios, para que eles voltem a correr, cheios e limpos. “Muitos c�rregos foram assoreados. Antigamente n�o era assim. A gente abria um buraco no meio da ro�a e minava �gua. Hoje, a �gua sumiu. O Rio Ramalhudo, que corta Po��es, voltou a correr, mas a �gua n�o pode ser consumida por receber esgoto da cidade de Monte Azul. H� um po�o tubular na comunidade, mas a �gua � salobra (salgada). As fam�lias de Po��es, mesmo agora, continuam sendo abastecidas por caminh�es-pipa do Ex�rcito. Os 6, 7 mil moradores Mamonas (cidade vizinha a Monte Azul) tamb�m tiveram que ser abastecidos por caminh�es-pipa durante todo o per�odo da seca prolongada de 2012 e 2013, pois a barragem que atende o munic�pio ficou “na terra”. Com as chuvas de dezembro, ela se encheu. “A nossa expectativa � de que a �gua armazenada seja suficiente para atravessar a pr�xima seca”, diz Eleide Maria Teixeira, chefe do servi�o de abastecimento de �gua da Prefeitura de Mamonas.

 


EXPECTATIVA
As �ltimas chuvas foram recebidas com al�vio em Taiobeiras (30 mil habitantes), no Norte de Minas, na microrregi�o do Alto Rio Pardo. A popula��o do munic�pio � abastecida com a �gua captada pela Copasa em dois barramentos (“soleiras de n�vel” constru�dos no Rio Pardo). Por�m, em agosto do ano passado, os n�veis do rio e dos reservat�rios baixaram muito e a estatal se viu obrigada a recorrer aos carros-pipa para atender os moradores. O abastecimento somente foi normalizado com as chuvas de dezembro, com a cheia do Rio Pardo.

O gerente da Copasa em Taiobeiras, Deusdete Rocha, salienta que a expectativa � que venha a chover mais para garantir a tranquilidade no abastecimento no per�odo da estiagem prolongada. Ele informou que a Copasa est� construindo, no Rio Pardo, outro barramento, feito no leito do manancial, em que �gua passa por cima de um barramento de concreto, obedecendo ao n�vel normal do rio. Deusdete Rocha ressalta que a solu��o definitiva para o abastecimento de a �gua de Taiobeiras e cidades vizinhas somente ser� garantida com a constru��o da barragem de Berizal, obra do governo federal iniciada h� 15 anos e que teve 70% dos servi�os executados, mas est� paralisada h� mais de 10 anos por causa de problemas de licenciamento ambiental e da falta de libera��o de recursos.


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