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Estado de Minas

Com volta �s aulas, motoristas enfrentam aumento no tr�fego e mudan�as na circula��o

Das altera��es, a que causou mais transtorno foi a da esquina das avenidas Afonso Pena e Caranda�


postado em 04/02/2014 06:00 / atualizado em 04/02/2014 07:15

Diante de várias unidades de ensino, como o Colégio Santo Antônio, na Região Centro-Sul da capital, ano letivo começou com lentidão nas ruas (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Diante de v�rias unidades de ensino, como o Col�gio Santo Ant�nio, na Regi�o Centro-Sul da capital, ano letivo come�ou com lentid�o nas ruas (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)

As aulas recome�aram nessa segunda-feira em grande parte das escolas de Belo Horizonte, mas j� foi dia de prova – pelo menos para os pais, que tiveram novamente que encarar o tr�nsito da capital, com o teste extra de enfrentar mais de tr�s dezenas de mudan�as implantadas no primeiro m�s do ano. Motoristas dos cerca de 50 mil carros que voltaram a trafegar no per�metro da Avenida do Contorno com o fim das f�rias escolares encontraram oper�rios ainda trabalhando para concluir ilhas, faixas de pedestres, aberturas em canteiros centrais, instala��o de sem�foros, entre outras interven��es. Um motivo a mais de preocupa��o para quem j� sabia que encontraria tr�fego pesado e sofreria com as filas duplas nas portas de unidades de ensino.

De todos os endere�os que sofreram altera��es, o maior transtorno ocorreu na esquina das avenidas Afonso Pena e Caranda�, onde as interven��es causaram reten��o nos dois sentidos da via que liga a regi�o da rodovi�ria ao Bairro Mangabeiras, Centro-Sul da capital. O instrutor de autoescola Valdomiro de Andrade, de 49 anos, gastou mais de 15 minutos na Afonso Pena, entre avenidas Get�lio Vargas e Caranda�, sentido Centro. “Ele fizeram a mudan�a para piorar?”, questionou, referindo-se � implanta��o de m�o-inglesa na Caranda�, que levou � cria��o de uma ilha no meio da Afonso Pena. O motorista de �nibus Ant�nio Silva, de 42, tamb�m enfrentou problemas no trecho. “N�o sei se foi exatamente por causa da Caranda�, mas perdi muito tempo na Afonso Pena”, afirmou.

Na Pra�a Hugo Werneck, na regi�o hospitalar, totalmente reformulada com a proibi��o de convers�es entre avenidas Alfredo Balena e Francisco Sales, n�o houve longas filas no pico da manh�. Outro ponto que teve a circula��o modificada foi a Pra�a Afonso Arinos, onde se cruzam as avenidas �lvares Cabral, Jo�o Pinheiro e Augusto de Lima. Apesar da mudan�a de sentido na Rua Goi�s, o trecho tamb�m operou sem grandes reten��es. Por�m, o fluxo de tr�nsito da Jo�o Pinheiro e Augusto de Lima continua provocando filas no acesso � Afonso Pena pela �lvares Cabral, causando sucessivos fechamentos no cruzamento.

A Avenida Silviano Brand�o � mais uma via a contar com m�o-inglesa. Apesar de mudan�as desse tipo, a fiscaliza��o continua deixando a desejar: ontem, a equipe do Estado de Minas s� encontrou agentes da BHTrans na Afonso Pena com Caranda�. Na Silviano Brand�o, havia dois guardas municipais monitorando o trecho. Nos demais pontos rec�m-modificados, n�o foram localizados fiscais de tr�nsito.

Para a gerente de A��o da BHTrans para a Regional Centro-Sul, Maria Odila de Matos, dos locais onde houve mudan�as vi�rias, os mais problem�ticos s�o a Silviano Brand�o e a esquina das avenidas Afonso Pena e Caranda�. “Habituados com a antiga circula��o, alguns motoristas est�o entrando na contram�o”, admitiu. “Em todos os pontos onde houve altera��es, refor�amos a partir de hoje (ontem) a presen�a de agentes e a sinaliza��o, especialmente com faixas indicando os caminhos”, argumentou.

Para o coordenador do Departamento de Transportes da Fumec, M�rcio Aguiar, as interven��es da BHTrans trazem certo al�vio, porque eliminam convers�es � esquerda, mas s�o paliativas. “As mudan�as melhoraram a circula��o naqueles pontos que eram problem�ticos, mas a frota � a mesma e vai causar problemas nos locais para onde foi desviada. N�o adianta gastar energia para quest�es pontuais, temos que implementar o metr� e o monotrilho”, diz o especialista.

DEMORA O tr�nsito na capital ficou mais pesado tamb�m fora dos hor�rios de pico e longe das �reas que passaram por mudan�as. Quem saiu de casa ontem no meio da manh� ou da tarde, enfrentou lentid�o em diversos corredores, como na avenidas do Contorno, na Regi�o da Savassi, e Raja Gabaglia, no Bairro Santa L�cia. “Esse tr�nsito j� � reflexo da volta �s aulas. Dirijo pela cidade inteira, o dia todo, e percebi que hoje a situa��o est� pior”, contou o motorista profissional Mauro L�cio, de 54 , enquanto esperava parado no congestionamento. O t�cnico em eletr�nica Ari Moraes, de 46, tamb�m reclamou. “Todos os trajetos que fiz hoje estavam mais engarrafados e com isso gastei mais tempo para chegar aos meus destinos.”

Falta de educa��o marca presen�a

Tantas mudan�as vi�rias, somadas � volta �s aulas, n�o poderiam dar outro resultado que n�o o tr�nsito complicado nas imedia��es de escolas em BH. Os engarrafamentos foram agravados por infra��es recorrentes, como as paradas em fila dupla, mesmo em locais onde havia agentes da BHTrans. A empresa que administra o tr�fego na capital come�ou opera��o para orientar motoristas e pedestres nos hor�rios de entrada e sa�da de estudantes, a��o que durar� duas semanas, em frente a 46 escolas. O objetivo n�o � multar, j� que “o foco � educativo”, informa a gerente Maria Odila de Matos. Na Regi�o Centro-Sul, a opera��o ocorre em 30 escolas, tr�s a cada dia �til, informou.

No primeiro dia da a��o, uma das institui��es inclu�das foi o Col�gio Santo Ant�nio, na Rua Pernambuco, Bairro Funcion�rios. Mas, mesmo com a presen�a de agentes, dezenas de motoristas paravam em fila dupla para buscar ou deixar alunos. Outros estacionavam sem ligar o pisca-alerta e sem respeitar o limite de tempo, de cinco ou 10 minutos, dependendo do trecho, como indicam as placas. Situa��o que se repetia em outros bairros, como o Sion, onde o tr�nsito ficou lento nas vias vizinhas ao Col�gio Santa Dorot�ia, como as ruas Gr�o Mogol, Chicago e Venezuela.

“A partir de hoje (ontem), o tr�nsito da cidade muda totalmente. Ao passar diante de uma escola, o motorista tem que ter aten��o redobrada e reduzir a velocidade”, aponta Maria Odila. “O problema mais frequente � o estacionamento em fila dupla. A infra��o n�o apenas p�e em perigo o aluno, que pode ser atropelado por uma bicicleta ou moto, como tamb�m aumenta o risco de colis�es e causa engarrafamentos”, ressalta. Na opera��o, agentes da BHTrans poder�o ser acompanhados por guardas municipais ou policiais militares, embora o objetivo � de que multas s� sejam aplicadas “se o motorista insistir no erro ap�s ser orientado”, diz Odila.


Ainda nas ruas...

Convers�o proibida

Come�aram a valer � 0h de hoje as mudan�as no tr�nsito no cruzamento das avenidas Francisco Sales e Brasil, no entorno da Pra�a Lucas Machado, na regi�o hospitalar. Os motoristas n�o podem mais fazer convers�es � esquerda na interse��o entre as vias. As altera��es acontecem por causa das obras do sistema r�pido por �nibus, o Move. A BHTrans j� adiantou que nos pr�ximos dias deve anunciar altera��es tamb�m na Avenida Augusto de Lima. Os motoristas que seguem em dire��o � Pra�a Raul Soares n�o v�o mais poder entrar � esquerda na Rua Curitiba. A op��o ser� entrar � direita na Rua Padre Belchior e acessar a Rua Curitiba. Ainda n�o h� data para a mudan�a.

Briga e tiros

Um motorista de ambul�ncia de uma casa de apoio foi preso na tarde de ontem, depois de tentar balear um flanelinha, na Rua Ulhoa Cintra, Bairro Santa Efig�nia, Regi�o Leste de Belo Horizonte. De acordo com a Pol�cia Militar, H�bert L�lio dos Santos, de 35 anos, discutiu com o guardador por n�o conseguir entrar na garagem. Ap�s a discuss�o, H�bert entrou na casa de apoio, voltou com um rev�lver e disparou cinco vezes em dire��o ao flanelinha, que saiu ileso. Um dos tiros acertou o ve�culo que estava atrapalhando a entrada da ambul�ncia. O motorista foi preso e os dois foram encaminhados � central de flagrantes, no Bairro Floresta.

Trocadores
O prefeito Marcio Lacerda enviou ontem � C�mara de Belo Horizonte um projeto de lei que define a atua��o de cobradores no transporte coletivo da capital. O projeto garante a presen�a dos trocadores nos �nibus convencionais, inclusive em fins de semana, feriados e per�odos noturnos. Nos ve�culos das linhas troncais do sistema BRT e nos ve�culos de servi�os especiais, como executivos ou tur�sticos, a presen�a dos agentes de bordo n�o � obrigat�ria. Os �nibus do Move v�o trafegar por corredores exclusivos, em que passageiros contar�o com guich�s de venda de passagens e um sistema de bilhetagem que permitir� a valida��o do ticket na entrada da esta��o, e n�o no momento do embarque.


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