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Estado de Minas

Cidades do Sul de Minas est�o em alerta por causa de onda de viol�ncia

Depois de confronto entre policiais e criminosos que matou 10 em Itamonte, alvo da vez � Itajub�, para onde for�a-tarefa foi deslocada ap�s sucess�o de ataques


postado em 07/03/2014 06:00 / atualizado em 07/03/2014 07:22

Depois de atentados contra coletivos e intimidação a integrantes do sistema prisional, policiamento nas ruas de Itajubá foi intensificado, com reforço de outras cidades(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press )
Depois de atentados contra coletivos e intimida��o a integrantes do sistema prisional, policiamento nas ruas de Itajub� foi intensificado, com refor�o de outras cidades (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press )

Itajub�
– O medo que assombra cidades pacatas do Sul de Minas desde o m�s passado tem novo endere�o. Policiais do Departamento de Opera��es Especiais (Deoesp) de Belo Horizonte deixaram Itamonte, onde nove acusados de assaltar caixas eletr�nicos foram mortos, para integrar for�a-tarefa em Itajub�, alvo de v�rios ataques criminosos esta semana. Ontem, com policiamento refor�ado, foi montada uma megaopera��o, com blitzes em diversos bairros do munic�pio. �nibus e passageiros est�o sendo revistados, inclusive em linhas com destino � �rea rural. A vizinha Po�os de Caldas tamb�m est� em alerta devido ao temor de a��es de bandidos. No total, foram registradas seis ocorr�ncias nos dois munic�pios, com coletivos incendiados e casas de funcion�rios do sistema carcer�rio alvejadas por tiros.

Do Deoesp foram deslocados oito policiais, que desde o dia 28 do m�s passado estavam em Itamonte para refor�ar a seguran�a e impedir novos arrombamentos a caixas. A cidade ainda tenta retomar a normalidade depois do confronto durante uma abordagem policial no dia 22, que terminou com nove suspeitos e um inocente mortos, seis presos e uma investiga��o ainda em curso. Em Itajub�, cerca de 80 policiais civis e militares, al�m de agentes da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), s�o respons�veis pela opera��o pente-fino.

Dois ônibus foram destruídos por incêndios provocados por homens encapuzados(foto: TV Alterosa/Reprodução)
Dois �nibus foram destru�dos por inc�ndios provocados por homens encapuzados (foto: TV Alterosa/Reprodu��o)


Depois dos atentados contra �nibus na cidade, o policiamento ostensivo da PM foi refor�ado, inclusive com militares de Pouso Alegre. De acordo com o tenente-coronel Claudinei Oliveira, comandante do 56º Batalh�o da Pol�cia Militar, al�m de opera��es em corredores de acesso a bairros da periferia, h� viaturas nos pontos finais das linhas de coletivos e na zona rural. No domingo, representantes das for�as de seguran�a, da prefeitura e da empresa de �nibus v�o reavaliar a situa��o. Motoristas est�o sendo orientados para que denunciem qualquer situa��o suspeita.

Ontem � noite, na Avenida Padre Louren�o da Costa, que d� acesso ao Bairro Santa Rosa, onde ocorreu um dos inc�ndios criminosos, foi montada uma blitz em que eram checados ve�culos suspeitos e �nibus. Ainda de acordo com o tenente-coronel, a Policia Civil investiga suspeitos e pistas relacionadas aos ataques.

O delegado regional de Itajub�, Pedro Henrique Rabelo Bezerra, afirma que, a princ�pio, n�o h� fato ligando os �ltimos ataques ao epis�dio de Itamonte. Mesmo assim, nenhuma possibilidade est� descartada nas investiga��es. “Estamos filtrando as informa��es para dar uma resposta r�pida”, afirmou. Segundo ele, opera��es que envolvem o setor de intelig�ncia das corpora��es policiais foram deflagradas na quarta-feira, para evitar novas a��es dos bandidos. “Estamos trocando informa��es para fazer uma repress�o qualificada, al�m da preven��o”, destacou.

O caso mais recente registrado pela Pol�cia Militar na regi�o ocorreu na madrugada de ontem, em Po�os de Caldas, onde a casa de um ex-agente penitenci�rio foi alvo de tiros. No pres�dio da cidade, agentes chamaram a PM anteontem � noite, depois de ouvir estampidos diante da unidade, mas os militares n�o encontraram marcas de balas. O Comando de Policiamento descartou uma a��o orquestrada com os acontecimentos de Itajub�. Segundo os primeiros levantamentos, a primeira ocorr�ncia foi um acerto de contas de um ex-presidi�rio com a v�tima, por motivos passionais. Mas na penitenci�ria o clima � de tens�o devido � pris�o de um dos chefes de uma fac��o criminosa de S�o Paulo.

O delegado Pedro Henrique Rabelo Bezerra tamb�m informa que, inicialmente, os fatos nas duas cidades est�o sendo tratados como isolados. Em Itajub� foi registrado ontem o segundo inc�ndio a �nibus. Por volta das 21h30, um coletivo da Via��o Val�nia que seguia pela Avenida Jos� Souza Nogueira, no Bairro Santa Rosa, parou para um homem que deu sinal. O motorista relatou que ele entrou armado, seguido de tr�s comparsas. Eles espalharam gasolina e atearam fogo ao coletivo. Todos estavam encapuzados. Testemunhas viram os suspeitos fugirem em um Gol preto, com vidros escuros, que teria a cobertura de um Chevette e uma moto, em dire��o � rodovia que corta a cidade.

De madrugada, bandidos haviam disparado quatro tiros no port�o da casa do diretor do pres�dio de Itajub�, no Bairro Vila Isabel. Eles deixaram um cartaz colado com os dizeres “contra a opress�o carcer�ria”.

Clique para ver mais detalhes dos ataques no Sul de Minas(foto: Arte EM)
Clique para ver mais detalhes dos ataques no Sul de Minas (foto: Arte EM)
FOGO E TIROS
Os primeiros ataques da s�rie ocorreram na ter�a-feira de carnaval. De madrugada, um agente que trabalha no pres�dio da vizinha Santa Rita do Sapuca� estava em casa, no Bairro Vila Rubens, quando escutou disparos. Ao sair de casa ele viu que o port�o estava em chamas. Vizinhos ajudaram a apagar o inc�ndio. Segundo a PM, a per�cia constatou seis disparos de rev�lver calibre 38 no port�o, muro e para-brisa do carro. Tamb�m foi constatado que o fogo come�ou com um coquetel molotov, montado com uma garrafa de pl�stico e gasolina.

Na mesma data, � noite, o alvo foi um coletivo da Via��o Val�nia, que seguia pela Avenida Wagner Lemos Machado. Na altura do Bairro Jardim Colinas, um homem deu sinal e, ao entrar pela porta da frente, p�s um capuz branco, mostrou uma arma para o condutor e o obrigou a descer. Outros tr�s encapuzados entraram pela porta do meio. Eles jogaram gasolina nos bancos e no piso e, em seguida, incendiaram o �nibus, que ficou destru�do.

APREENS�O Caixa de um a�ougue da Avenida Jos� Souza Nogueira, Elias Marcelo da Silva, de 34 anos, sa�a do trabalho quando viu o inc�ndio. “Juntou muita gente na hora, mas os bombeiros chegaram r�pido para apagar”, contou. O efetivo de policiais, jamais visto na cidade, chama a aten��o dos moradores. “A toda hora eles passam aqui pela porta. � impressionante”, relata. Segundo Elias, os ataques tomaram conta das rodas de conversa e t�m assustado muita gente. Para ele, s�o epis�dios pontuais, “por causa do aumento da passagem do �nibus”.

Mas a possibilidade mais preocupante � a de que seja uma retalia��o de familiares de detentos. S�bado, um visitante foi preso em flagrante tentando entrar com drogas no pres�dio da cidade. O delegado regional, por�m, n�o cr� nessa hip�tese: “Tentativa de entrar com droga e celular existe em qualquer lugar do mundo. N�o h� nada nesse fato que leve a um ataque desproporcional como esse”, afirmou.

O prefeito de Itajub�, Rodrigo Riera (PMDB), informa que, apesar dos acontecimentos, a cidade, de cerca de 100 mil habitantes, segue seu ritmo. Segundo ele, com�rcio e demais servi�os funcionam normalmente. “Acreditamos em uma a��o isolada. Temos n�meros de homic�dio de padr�o europeu. S�o, em m�dia, cinco assassinatos por ano, por 100 mil habitantes”, ressalta. “Estamos apreensivos, mas confiantes, porque todos os casos anteriores foram resolvidos.” (Com Luana Cruz)

Outro roubo a banco no interior

Mais uma cidade do interior de Minas foi alvo de assaltantes de banco. Na tarde de ontem, criminosos armados invadiram uma ag�ncia em Nazareno, no Campo das Vertentes, e fugiram levando uma quantia n�o revelada em dinheiro. Por volta das 13h, cinco homens pararam um Fiat Uno verde claro diante do banco. Tr�s desceram e entraram, enquanto dois assaltantes davam cobertura. Ap�s o ataque, um cerco foi feito em cidades pr�ximas, inclusive com uso de helic�ptero da Pol�cia Militar, mas ningu�m foi preso. Imagens das c�meras de seguran�a podem ajudar na identifica��o dos integrantes da quadrilha.


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