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Estado de Minas

Medo e viol�ncia avan�am dentro e fora da ocupa��o William Rosa

Infiltra��o de criminosos em ocupa��o de sem-teto em �rea da Ceasa aumenta viol�ncia na regi�o, segundo a Pol�cia Militar. P�nico se espalha entre moradores e comerciantes


postado em 14/03/2014 06:00 / atualizado em 14/03/2014 07:43

Terreno da Ceasa, no Bairro Jardim Laguna, em Contagem, na Grande BH, começou a ser ocupado em 12 de outubro do ano passado pelo acampamento William Rosa. Quem trabalha ou mora no entorno reclama do crescimento da criminalidade(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Terreno da Ceasa, no Bairro Jardim Laguna, em Contagem, na Grande BH, come�ou a ser ocupado em 12 de outubro do ano passado pelo acampamento William Rosa. Quem trabalha ou mora no entorno reclama do crescimento da criminalidade (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)


O crescimento da viol�ncia desde o in�cio do acampamento William Rosa,  em Contagem, na Grande BH, mudou a rotina de comerciantes e moradores da regi�o da Ceasa Minas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais), que est�o apreensivos com o aumento de furtos, roubos, assassinatos e tr�fico de drogas. Somente nos 210 mil metros de terreno invadido, �s margens da Avenida Severino Ballesteros, no Bairro Jardim Laguna, foram registrados sete homic�dios entre 12 de novembro e 26 de fevereiro, m�dia de um a cada 15 dias. “Num local de ocupa��o desorganizada, � inevit�vel a infiltra��o de criminosos”, explicou o major da PM Fabrizio Ortenzio, comandante do policiamento local.


A invas�o de sem-teto na �rea, que pertence � Ceasa, come�ou em 12 de outubro de 2013. L�deres do movimento calculam que 2 mil fam�lias de baixa renda estejam instaladas em barracos de lona e madeira no local, somando 5,6 mil pessoas, quase metade de crian�as. A Justi�a j� decidiu duas vezes pela reintegra��o de posse. A �tima foi ontem, em julgamento de recurso no Tribunal de Justi�a, que n�o acatou a suspens�o da liminar para retonada da posse do terreno.

O coordenador de seguran�a da Ceasa, Jos� Maria Gomes, informou que, al�m dos assassinatos, houve duas apreens�es de drogas relevantes no acampamento. “O esquema de seguran�a da Ceasa foi refor�ado e monitora a �rea interna e o entorno, principalmente na Severino Ballesteros. Estamos sempre alertas e, o que temos visto por meio das imagens das c�meras de seguran�a. � a movimenta��o do tr�fico de drogas e roubos a ve�culos, entre outros”.

Diante da preocupa��o com a falta de seguran�a, a dire��o da Ceasa e da Associa��o Comercial da Ceasa (ACCeasa) encaminhou of�cio ao governo estadual pedindo empenho para que a ordem judicial de reintegra��o de posse seja cumprida. O documento destaca os homic�dios ocorridos no acampamento e a apreens�o de drogas. Das sete pessoas assassinadas no local, segundo boletins de ocorr�ncia da PM, seis tinham passagem por assalto ou tr�fico de drogas. Algumas estavam em liberdade provis�ria.

O sentimento de inseguran�a, por�m, n�o se limita aos comerciantes do Ceasa. Na Avenida Bueno do Prado, no Jardim Laguna, o clima de medo � generalizado . “Moro no bairro h� quase 40 anos e nunca vi tanta intranquilidade como agora”, afirmou o comerciante A.N., h� 26 anos estabelecido na avenida.

O a�ougueiro I.L.G., conta que por uma semana fez parte do movimento. “Tenho cinco filhos, pago aluguel e queria garantir o cadastro para a casa pr�pria. Mas, se antes era um movimento organizado por ativistas do Barreiro – em Belo Horizonte -, logo passou a ser ref�gio de bandidos”. A dona de casa S.K., que mora no Novo Progresso, confirma a vers�o do a�ougueiro. “Conhe�o fam�lias da regi�o que acamparam no local. Mas logo desistiram devido � infiltra��o de criminosos. E nas ruas, agora, vivemos com medo. Uma amiga teve o carro roubado em plena tarde”.

O major Ortenzio informou que houve refor�o do policiamento. “N�o brincaria aqui com a comunidade, dizendo que n�o h� infiltra��o de criminosos na ocupa��o. Para combater esse quadro, intensificamos nosso patrulhamento, at� mesmo para proteger as pessoas do acampamento”.

Lacerda Santos, de 36, um dos l�deres da ocupa��o, minimizou o impacto do crescimento da viol�ncia na �rea. “Somos uma organiza��o de luta popular pelo direito � moradia. Estamos sendo discriminados quando tentam responsabilizar a ocupa��o pelas a��es criminosas na regi�o, quando dizem que as pessoas assassinadas no entorno foram mortas no acampamento”, reclamou Santos, que admitiu que dois corpos foram “desovados” na �rea.

PM RECUPERA MOTO

A intensifica��o do policiamento resultou ontem na recupera��o de uma moto Honda XRE 300, com queixa de roubo.  PMs faziam patrulhamento pela Rua Cec�ia II, vizinha ao acampamento William Rosa, quando perceberam o ve�culo. Dois homens que estavam perto do ve�culo correram em dire��o � ocupa��o. A Honda, que estava sem placas, tinha o tanque sujo de sangue. Em 18 de dezembro, durante opera��o policial no acampamento, oito adultos foram presos e um adolescente apreendido por suspeita de tr�fico de drogas. Foram apreendidos 20kg de maconha, 235 pinos de coca�na, 14 tabletes de crack e 20 cartuchos calibre 32 e 38. Dias antes, a PM j� havia apreendido mais de R$ 2 mil em dinheiro, crack e por��es de maconha.


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