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Estado de Minas

Risco de desabastecimento e racionamento de �gua n�o evita desperd�cio em BH

Problemas v�o desde vazamentos nas ruas at� cal�adas lavadas com mangueira. Enquanto isso, outras cidades mineiras adotam medidas para garantir o abastecimento


postado em 15/03/2014 06:00 / atualizado em 15/03/2014 09:40

No Cidade Nova, Região Nordeste, empregado de uma casa, lançava a água para, segundo ele, tirar o pó da calçada(foto: EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS)
No Cidade Nova, Regi�o Nordeste, empregado de uma casa, lan�ava a �gua para, segundo ele, tirar o p� da cal�ada (foto: EULER J�NIOR/EM/D.A PRESS)

Cal�adas “varridas” com �gua de mangueira, hidrantes que n�o param de pingar, torneiras estragadas ou mal fechadas em casas e lojas, toldos lavados com exagero, canos arrebentados em pra�as e avenidas e ainda os populares “gatos” (furtos). S�o muitas as causas de desperd�cio em Belo Horizonte e no interior. Mesmo diante da longa estiagem e consequente redu��o nos reservat�rios, com risco de desabastecimento, a capital segue desperdi�ando � vontade, menos quem j� percebeu o tamanho da escassez e faz racionamento por conta pr�pria. Enquanto isso, outras cidades mineiras adotam medidas para garantir o abastecimento.

Para quem gosta de ficar muito tempo no banheiro, � bom saber que 30% do consumo dom�stico vai para sanit�rios, chuveiros e pias. E mais: 10 segundos apertando a descarga representam 20 litros descendo pelo vaso. Uma boa not�cia � que, segundo a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), o consumo m�dio di�rio de �gua na capital e regi�o metropolitana � de 200 litros por habitante, o dobro do preconizado pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). Mesmo com a boa oferta, � bom ficar atento �s dicas de economia.

A �gua caindo do hidrante chamou a aten��o de Renata Melo, casada, m�e de dois filhos, moradora do Bairro Bandeirantes, na regi�o da Pampulha. Aproveitando o hor�rio do almo�o para fazer caminhada, ela se surpreendeu ao ver o equipamento com defeito na esquina da Avenida Novara com a Rua Palermo. “Na ter�a-feira, houve um vazamento grande do outro lado da rua. Esguichou muita �gua mesmo, veio uma equipe e fez o reparo”, diz Renata, indicando um trecho do passeio rec�m-cimentado e com faixa de seguran�a. “De gotinha em gotinha vamos perdendo um bem que vale ouro”, afirmou a gestora de processos industriais.

M�e de dois adolescentes, Renata lembrou que a consci�ncia � o mais importante para evitar perdas. “Em casa, fazemos o controle do consumo mensal de �gua para n�o passarmos do limite. Fico com medo de haver racionamento e sermos obrigados a acabar com a nossa horta. �gua vale ouro e temos que saber bem disso”, ensina, lembrando que tamb�m aproveita �gua da chuva.

Água jorrando fora do canteiro é cena comum na capital(foto: EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS)
�gua jorrando fora do canteiro � cena comum na capital (foto: EULER J�NIOR/EM/D.A PRESS)

Torneiras abertas


Basta andar pelos bairros, em todas as regionais da capital, principalmente pela manh�, para ver que a vassoura sempre � substitu�da pela mangueira na hora da faxina. Nessa sexta-eira n�o foi diferente, quando a reportagem do Estado de Minas percorreu bairros de classe m�dia alta e de baixa renda. Na Rua Martin Luther King, no Cidade Nova, Regi�o Nordeste, Elias Vieira de Jesus, empregado de uma casa, lan�ava a �gua para, segundo ele, “tirar o p� de asfalto, areia e res�duos” que ficam na cal�ada. Moradora do endere�o h� 42 anos, a propriet�ria Nancy Maria Ferreira explicou que o passeio, agora, s� � lavado uma vez por semana. “A gente fica preocupada, pois pode faltar �gua”. Ouvindo a conversa, Elias complementou: “O planeta precisa desse recurso, sem ele n�o tem vida”. E fechou a torneira.

J� na Rua Gustavo da Silveira, no Instituto Agron�mico, Regi�o Leste, o aposentado Nilton Ramos lavava tranquilamente a cal�ada. “S� fa�o isso de 15 em 15 dias. E aproveito para molhar o meu pezinho de boldo”, apontou a planta de poderes medicinais em frente � casa.

Na Avenida Silviano Brand�o, no Bairro Floresta, funcion�rias de lojas de m�veis tamb�m se dedicavam ao trabalho – com muita �gua. “Aqui tem muita poeira, ent�o n�o tem outro jeito”, revelou uma faxineira. Quase ao lado, outra empregada explicava que “isso s� ocorre uma vez por m�s”.

No Bairro Santa L�cia, Regi�o Centro-Sul, n�o foi diferente. Na portaria de um pr�dio, a faxineira molhava as escadas e a rampa de acesso ao estacionamento, enquanto a vassoura “descansava” ao lado, sem qualquer serventia no momento.

Na quinta-feira, o vazamento, j� corrigido, de um cano numa pra�a do Bairro Milion�rios, no Barreiro, causou a interrup��o do fornecimento de �gua a consumidores da Avenida Olinto Meireles. Mas, por volta das 11h de ontem, um lojista parecida n�o se incomodar com o desperd�cio. Sobre um caminh�o, dois homens jogavam �gua sobre o toldo do com�rcio, que escorria pela carroceira e formava um “riacho” na avenida.

Em uma oficina mec�nica, na mesma avenida, uma torneira pingava havia v�rios dias – um bombeiro se preparava para trocar a bucha, quando, num gesto prosaico, apenas torceu a parte de cima. “N�o era nada, apenas estava mal fechada”, tranquilizou e foi embora. Ainda na Avenida Olinto Meireles, os esguichos (de irriga��o) parecem desregulados, molhando grande parte da cal�ada e obrigado os pedestres a mudar de rota para n�o se molhar.

 

 

L�QUIDO E CERTO

Dicas para evitar desperd�cio de �gua

» Se notar varia��o anormal de consumo em sua conta, procure localizar poss�veis fontes de vazamento, como vasos sanit�rios e torneiras

» Antes de lavar a lou�a na cozinha, retire os restos de comida e mantenha a torneira fechada enquanto estiver ensaboando

» A mesma �gua pode ser usada mais de uma vez nas atividades dom�sticas. Um bom exemplo � aproveitar a �gua armazenada em balde para lavar carro, pisos ou outros locais da casa

» �gua n�o � vassoura. Evite “varrer” a cal�ada com �gua.

» Se poss�vel, acumule o m�ximo de roupas para lav�-las de uma vez s�. Enquanto escovar ou ensaboar as pe�as, a torneira dever� ficar fechada

» Ao fazer a barba ou escovar os dentes, mantenha a torneira fechada.
Abra somente quando e pelo tempo necess�rio

» Banhos demorados devem ser evitados. Somente cinco minutos s�o suficientes para higienizar todo o corpo. Barbear ou lavar pe�as de roupa s�o pr�ticas que devem ser evitadas debaixo do chuveiro

» Quando for lavar o carro, reserve a �gua em um balde. Assim n�o haver� tanto desperd�cio


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