
Para D�bora Maltah, diretora de An�lise de Situa��o em Sa�de do minist�rio, o que mais chama a aten��o nos dados mineiros � que a tend�ncia de queda no tabagismo, diferentemente do que ocorre no restante do pa�s, ainda n�o atingiu em grandes propor��es as mulheres de BH. “Ao que parece, elas v�o precisar de mais tempo para reverter o h�bito de fumar, mas isso j� deve aparecer no pr�ximo Vigitel. A mortalidade dos homens devido aos efeitos do cigarro j� est� em decl�nio, enquanto come�amos a ter not�cias de mulheres adoecendo com c�ncer de pulm�o. Provavelmente, ainda vamos observar esse fen�meno na capital mineira durante a pr�xima d�cada”, compara.
“Para a mulher, � mais dif�cil parar de fumar. Ainda n�o sabemos o motivo, se � uma quest�o de metabolismo ou hormonal”, afirma a pneumologista Maria das Gra�as Rodrigues de Oliveira, presidente da Comiss�o de Controle do Tabagismo, Alcoolismo e Uso de Outras Drogas da Associa��o M�dica de Minas Gerais. Segundo ela, as mulheres s� adotaram o cigarro como sinal de autoafirma��o a partir da d�cada de 1950, quando atrizes como Marilyn Monroe surgiram fumando nas telas de cinema. Mais tarde, o h�bito se tornaria mais comum com a chegada delas ao mercado de trabalho. “Os homens j� atingiram o �pice da curva do cigarro e est�o agora em decl�nio. As mulheres chegaram mais tarde”, diz a m�dica.
Pelo levantamento da Vigitel, Belo Horizonte tamb�m aparece na contram�o do pa�s, por apresentar leve alta no percentual de fumantes, de 12,1%, em 2012, para 12,8%. Mas a especialista do Minist�rio da Sa�de pondera que a varia��o de at� dois pontos percentuais acima ou abaixo do �ndice est� dentro do intervalo de confian�a da pesquisa.
Em oito anos, a propor��o de fumantes na capital mineira, que era de 16% em 2006, primeiro ano do levantamento, encolheu 25%. No Brasil, a queda foi mais expressiva, chegando a 28% no mesmo per�odo. Na compara��o com outras capitais, BH aparece em quarto lugar no ranking, com 12,8%. Porto Alegre (RS) vem na primeira posi��o, com 16,5%, seguido de Curitiba (PR), com 13,7%, e S�o Paulo, com 14,9%.
OBESIDADE Pela primeira vez em oito anos consecutivos, o percentual de excesso de peso e de obesidade se manteve est�vel no pa�s. No primeiro caso, est�o enquadradas pessoas com �ndice de massa corporal (IMC) acima de 25; no segundo, aquelas com IMC acima de 30. A pesquisa indica que 50,8% dos brasileiros est�o acima do peso ideal e que, destes, 17,5% s�o obesos. A propor��o de obesos entre homens e mulheres � a mesma: 17,5%. No entanto, em rela��o ao excesso de peso, os homens acumulam percentual mais expressivo, de 54,7%. Mas, em BH, menos da metade dos homens (48,4%) aparece na pesquisa com excesso de peso.
Novamente, as mulheres da capital n�o se saem t�o bem quanto eles na pesquisa de sa�de por telefone, feita sob encomenda do Minist�rio da Sa�de. Apesar de conseguirem um resultado melhor em rela��o � m�dia nacional, as belo-horizontinas com excesso de peso representam 46,3%, o que correspondente a apenas 1,1 ponto percentual de diferen�a em rela��o �s brasileiras na mesma situa��o (47,4%).
O melhor resultado da popula��o de Belo Horizonte na redu��o da obesidade pode ser explicado pelo aumento no consumo de frutas e hortali�as e pela pr�tica de atividades f�sicas que, nos dois quesitos, extrapolam a m�dia brasileira. No Brasil, 19,3% dos homens e 27,3% das mulheres comem cinco por��es por dia de frutas e hortali�as, quantidade indicada pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS).
Na capital mineira, 23,3% dos homens aderiram � alimenta��o saud�vel, ante mais de um ter�o da popula��o feminina (34,8%). Os homens s�o os mais ativos: 41,2% praticam exerc�cios no tempo livre, enquanto em 2009 eram 39,7%. Entretanto, o aumento da pr�tica de exerc�cios entre as mulheres foi maior, passando de 22,2% para 27,4%.