A rede hoteleira de Belo Horizonte e regi�o metropolitana foi convocada pela Pol�cia Federal para ajudar a fazer um cerco a foragidos internacionais. E dever�, por meio eletr�nico, repassar � corpora��o informa��es de h�spedes de nacionalidade estrangeira para que sejam confrontadas com o banco de dados da Organiza��o Internacional de Pol�cia Criminal (Interpol). O objetivo da medida, divulgada ontem entre cerca de 80 empres�rios do setor, � auxiliar a pol�cia a capturar foragidos e contribuir para a��es policiais preventivas e repressivas, principalmente no combate a crimes hediondos.
A Grande BH conta com aproximadamente 300 desses estabelecimentos, entre hot�is grandes, econ�micos e pousadas. Mesmo com ades�o de todos os representantes do setor que estiveram ontem no encontro, outra apresenta��o do projeto est� marcada para o pr�ximo dia 13, com representantes dos demais empreendimentos. A partir do dia 19 de maio o projeto entra em vigor.
Na pr�tica, ficar� a cargo dos funcion�rios o fornecimento, em tempo real, de um documento contendo nome do h�spede, data de entrada e sa�da no hotel, documento de identifica��o, n�mero e c�pia do passaporte. Eles ser�o respons�veis ainda por fazer um crivo a respeito de poss�veis atitudes suspeitas dos estrangeiros, como envolvimento em casos de prostitui��o, tr�fico, pedofilia e outros. O projeto foi batizado pela PF de Rede Hoteleira e, para ter sucesso, depende do engajamento de trabalhadores como recepcionistas, faxineiros e camareiras.
A identifica��o dos turistas de outros pa�ses hospedados em hot�is mineiros ser� confrontada com dados da Interpol. No site da institui��o h� uma lista com fotos e dados sobre criminosos procurados – envolvidos, entre outros crimes, nos de pedofilia, lavagem de dinheiro e terrorismo – enviada aos pa�ses que integram a organiza��o internacional.
Atualmente, o n�mero de estrangeiros representa cerca de 20% do total de h�spedes nos hot�is de Belo Horizonte. S�o pessoas que visitam a capital mineira a neg�cios, participa��o em feiras ou para turismo. A expectativa � de que durante a Copa do Mundo 2014 esse n�mero cres�a substancialmente e chegue a 60%, em m�dia, segundo o presidente do Sindicato de Hot�is, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Regi�o Metropolitana (Sindhorb), Paulo Pedrosa.
Ele, que tamb�m � empres�rio do setor, avalia o projeto positivamente. “� uma forma, inclusive, de nos proteger e evitar a ocorr�ncia de crimes nos estabelecimentos. Caso algum alvo seja identificado, a Pol�cia Federal far� a captura do fugitivo de forma segura e discreta, sem alarde dentro dos hot�is”, afirma. O projeto conta com o apoio da Assembl�ia Legislativa de Minas Gerais, onde tramita o Projeto de Lei 4.891/2014, que determina como obrigat�ria a identifica��o de h�spedes, o armazenamento da identifica��o apresentada e o envio de informa��es para �rg�os de seguran�a p�blica.