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Estado de Minas

M�dicos alertam para a import�ncia da vacina tamb�m para os adultos

Em fun��o da perda progressiva da capacidade de resposta imunol�gica do organismo ao longo da vida, depois da adolesc�ncia � preciso estar atento � imuniza��o contra v�rias doen�as


postado em 07/05/2014 06:00 / atualizado em 07/05/2014 06:57

Grande n�mero de pessoas acredita que a vacina��o � somente para crian�as. Ledo engano, pois existem alguns tipos que devem ser tomados para o resto da vida. � que h� doen�as cr�nicas que se manifestam na vida adulta. Isso indica que todos precisam se vacinar tanto para bact�rias quanto para v�rus. No primeiro caso, a vacina��o � feita para controlar surtos epidemiol�gicos. No caso dos v�rus, a imuniza��o dura a vida toda, sendo necess�rias apenas algumas doses de refor�o, para garantir que a doen�a n�o volte.

O infectologista Carlos Starling, vice-presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, alerta que as vacinas s�o de suma import�ncia, pois s�o sin�nimo de liberdade. “Ir e vir est� repleto de riscos. Entretanto, um dos mais preocupantes � o de adquirir doen�as durante viagens ou no nosso dia a dia. As vacinas nos d�o mais qualidade de vida e seguran�a para seguir adiante com nossos projetos pessoais”, diz. “A imunidade que adquirimos na inf�ncia, seja por meio das vacinas ou do contato direto com os micro-organismos, pode n�o ser perene. Assim, podemos ficar expostos na idade adulta �s doen�as que j� tivemos na inf�ncia, devido � perda progressiva da capacidade de resposta imunol�gica, a qual ocorre naturalmente com o passar do tempo”, esclarece.

Na lista das doses que merecem aten��o desde a adolesc�ncia at� a fase adulta o m�dico cita: hepatites A e B, difteria, t�tano, coqueluche, sarampo, rub�ola, cachumba, febre amarela, varicela, meningite, HPV e influenza. “Algumas situa��es especiais devem ser consideradas, como no caso dos viajantes, trabalhadores expostos a riscos ocupacionais espec�ficos, gestantes e idosos. Nessas situa��es, as vacinas contra pneumococo (Pneumo 23 para gestantes e idosos), raiva (veterin�rios e outros profissionais que entram em contato com animais) e febre tifoide (viajantes para �reas end�micas) s�o fundamentais. Considero priorit�rias as vacinas hepatite B, difteria-t�tano-coqueluche, sarampo-rub�ola-caxumba e febre amarela, esta �ltima dependendo da regi�o de resid�ncia da pessoa”, acrescenta Starling.

A Sociedade Brasileira de Imuniza��es preconiza, para pessoas com idade acima de 60 anos, as vacinas triviral (contra sarampo, caxumba e rub�ola), hepatites A e B, difteria- t�tano-coqueluche, influenza (gripe), pneumoc�cica polivalente (Pneumo 23), meningoc�cica conjugada e febre amarela. “Existem vacinas que devem ser tomadas durante toda a vida. A dupla, tipo adulto (t�tano e difteria), deve ser adotada a cada 10 anos e a contra a gripe, quando indicada, anualmente. As demais vacinas s�o tomadas uma vez, sendo que algumas precisam de duas ou tr�s doses, como as das hepatites A e B, respectivamente, para se considerar o paciente imunizado”, diz Starling. Ele ressalta que n�o existe vacina contra escarlatina.

Preocupado em manter a sa�de em dia, o economista Mauro Henrique Gontijo, de 63 anos, diz que n�o quer ter nenhum problema, por isso busca a vacina contra a gripe todos os anos. “Este ano, al�m da vacina contra a gripe, resolvi me vacinar tamb�m contra a febre amarela, hepatite B e t�tano. Confesso que tenho uma sa�de de ferro, gra�as a Deus, por�m, com 63 anos, n�o posso facilitar. Afinal, todos t�m que cuidar da sa�de.”


CONTRAINDICA��ES Jos� Geraldo Leite Ribeiro, infectologista, epidemiologista e professor da Faculdade de Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais (FCMMG) e da Faculdade da Sa�de e Ecologia Humana, ressalta que todas as vacinas t�m contraindica��es, ou seja, cada pessoa deve ser avaliada em rela��o a cada ant�geno, pois cada organismo reage de uma maneira. Ele explica que a import�ncia de uma vacina varia segundo fatores que podem ser diferentes entre as regi�es do mundo. “Para uma campanha de vacina��o em massa, por exemplo, ou indica��o de uma imuniza��o, s�o considerados a frequ�ncia da doen�a, sua gravidade e a capacidade de dissemina��o entre as pessoas.”

Ribeiro explica que os calend�rios p�blicos, al�m da prote��o individual, objetivam o controle de doen�as. Portanto, em qualquer pa�s h� restri��es de idades para vacina��o. “Uma vacina pode ser indicada pelo m�dico, mesmo n�o fazendo parte de um calend�rio p�blico. Atualmente, sentimos muita falta da vacina difteria-t�tano-coqueluche para refor�o dos adultos, pois eles est�o transmitindo coqueluche �s crian�as, antes de elas completarem sua vacina��o”, pontua. Ele garante que v�rias doen�as e vacinas oferecem imunidade duradoura, como sarampo, catapora (varicela), febre amarela e hepatites A e B.

VIAGEM TRANQUILA Para quem vai viajar e precisa se imunizar contra alguma doen�a end�mica no pa�s de destino ou por exig�ncia das autoridades sanit�rias internacionais, Ant�nio Carlos Toledo, infectologista e professor da Universidade Jos� do Ros�rio Vellano (Unifenas) – BH esclarece que a imuniza��o a ser tomada vai depender do hist�rico vacinal da pessoa, o destino do viajante, o tipo da viagem e sua dura��o. “Recomenda-se que o viajante consulte um m�dico especialista em medicina do viajante antes de partir de seu pa�s de origem. Alguns pa�ses exigem a vacina contra febre amarela, como os da Am�rica do Sul, Central e �frica. �s vezes, a vacina contra febre amarela pode ser recomendada para viagens nacionais. Pessoas que nunca tiveram contato com essa dose ou a tomaram h� mais de 10 anos devem receber a inje��o 10 dias antes de viajar para as zonas end�micas brasileiras – como a Amaz�nia Legal – e regi�es Norte e Centro-Oeste.”

O Minist�rio da Sa�de brasileiro recomenda que os viajantes com destino � Europa, Leste Europeu e Estados Unidos se vacinem contra sarampo e rub�ola. “Em algumas situa��es, como longa perman�ncia em regi�es com condi��es de saneamento ruins, pode-se indicar a vacina contra hepatite A. A vacina contra hepatite B tamb�m deve ser avaliada em situa��es espec�ficas. Existe uma regi�o no Norte da �frica conhecida como cintur�o da meningite. Em casos de viagens para esse local, principalmente em peregrina��es mu�ulmanas a Meca, deve-se receber a vacina contra meningite”, sugere Toledo.

O professor esclarece que pacientes com maiores risco de gripe, como idosos e portadores de doen�as cardiorrespirat�rias graves, que viajarem ao Hemisf�rio Norte durante o inverno, principalmente em regi�es com epidemia de gripe, devem avaliar a possibilidade de vacina��o. “A vacina contra a gripe do Hemisf�rio Norte, geralmente, � diferente da vacina do Hemisf�rio Sul. Dessa forma, a imuniza��o deve ser feita no pa�s de destino.”

 

DA TERCEIRA IDADE AOS JOVENS

O infectologista Jos� Geraldo Leite Ribeiro esclarece que, acima dos 60 anos, o sistema imunol�gico fica mais suscet�vel �s complica��es de doen�as infecciosas, tornando a vacina��o um valioso instrumento para preserva��o da sa�de. “Destaco como importantes para a terceira idade as vacinas contra a gripe, a conjugada contra 13 tipos de pneumococos e a herpes-z�ster, recentemente licenciada no Brasil. ” Segundo Ribeiro, a vacina��o do adulto depende da avalia��o de sua situa��o vacinal, ou seja, das vacinas j� recebidas anteriormente. “Na minha vis�o, a vacina que protege contra difteria, t�tano e coqueluche deveria ser aplicada aos 15, 25 e 35 anos, pelo menos. A vacina contra hepatite B (tr�s doses), al�m de evitar a doen�a, diminui acentuadamente o risco de c�ncer no f�gado. Todo adulto deve ter feito duas doses da vacina sarampo-rub�ola-caxumba, valendo as doses da inf�ncia. Em regi�es onde a doen�a � end�mica � muito importante tamb�m a prote��o contra a febre amarela. Nos menores de 26 anos, a vacina HPV contribui para preven��o do c�ncer do colo do �tero e do c�ncer anal”, enumera.


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