
O objetivo do protesto � questionar o aumento das tarifas de �nibus, no m�s passado. “Acho v�lida as manifesta��es pac�ficas, sem qualquer viol�ncia. Mas, n�o apoio quando se fecha o tr�fego e a popula��o fica impedida de circular. Muitos dos que est�o presos no tr�nsito t�m gente doente em casa, est�o indo para casa porque t�m crian�as ou indo para o hospital”, ponderou a advogada Edm�ia Mourim.
O fechamento da avenida trouxe transtornos para pais e parentes que foram buscar seus filhos no Col�gio Marista, como o aposentado Vicente Couri, de 76 anos. “Eu acho manisfesta��es v�lidas, desde que organizadas, que n�o prejudiquem o direito dos outros, principalmente o direito de ir e vir. Tive que buscar meu neto na escola e, se n�o fosse o policial me deixar parar em local proibido, n�o sei como faria para peg�-lo”, disse Couri.
Embora a justificativa do protesto seja a redu��o da tarifa e melhoria do transporte coletivo, usu�rios do transporte publico demonstravam indigna��o. “Isso � um absurdo! Sa� de casa de manh� para trabalhar e agora na hora de voltar n�o consigo pegar o �nibus, por causa de todo esse transtorno. N�o vejo nenhum benef�cio nessa manifesta��o”, reclamou a vendedora C�lia Aparecida Miranda, de 50 anos. A consultora V�vian Oliveira, de 34 anos, aguardava no ponto da linha 3050 para o Barreiro e tamb�m repudiou o protesto. “Eles deveriam ir cobrar dos pol�ticos. Esse tipo de protesto � desgastante para n�s, que dependemos do transporte depois de um dia inteiro de trabalho”, disse V�vian.
Depois de 40 minutos da manifesta��o, todas as pistas sentido BH Shopping foram fechadas, incluindo as de �nibus. Policiais do Batalh�o de transito procuraram criar alternativas. Uma delas foi um retorno improvisado pela pista do meio no sentido Savassi. Depois de cerca de uma hora, manifestantes liberavam apenas a passagem de �nibus no sentido BH Shopping, al�m de motociclistas, que tinham que empurrar seus ve�culos. Com direito a fogueira e bandeirolas, o grupo de manifestantes dan�ava quadrilha tranquilamente, enquanto motoristas e passageiros esperavam para chegar a seus destinos.
UFMG Pela manh�, um grupo de 20 estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tumultuou o tr�nsito em frente ao c�mpus da Avenida Ant�nio Carlos, na Pampulha. O protesto foi contra os gastos com a Copa do Mundo e preju�zos que universit�rios entendem que ter�o com o evento. Os participantes tamb�m criticaram a qualidade do transporte com o novo sistema BRT/Move e a perman�ncia da For�a Nacional de Seguran�a dentro da universidade durante os jogos do Mundial. Os estudantes alternavam o fechamento da avenida nos dois sentidos, nas pistas exclusivas para �nibus e nas mistas. N�o houve conflito com a PM. Portaria publicada pela Reitoria em 27 de maio anunciou o que o expediente acad�mico e administrativo do campus Pampulha estar� suspenso nos dias 14, 17, 21, 24 e 28 de junho, al�m de 8 de julho. Em dias de jogos da sele��o, as atividades se encerrar�o �s 12h30 na UFMG.
� noite, cerca de 100 estudantes invadiram o pr�dio da Reitoria e anunciaram que pretendem manter a ocupa��o por tempo indeterminado. A universidade informou em nota que o c�mpus ficar� fechado nos dias de jogos e que a seguran�a interna ser� feita pelos pr�prios profissionais do setor, por determina��o do Conselho Universit�rio.
At� na estrada
Na BR-040, cerca de 300 moradores do Bairro Balne�rio �gua Limpa, em Nova Lima, Grande BH, fecharam o tr�nsito por duas horas. O engarrafamento nos dois sentidos chegou a quase 20 quil�metros. De acordo com o presidente da associa��o dos moradores, Jo�o Batista da Costa, eles querem um redutor de velocidade ou quebra-molas para facilitar o acesso de ve�culos e pedestres ao bairro. A manifesta��o foi no km 570, das 6h15 �s 8h30.