
�s v�speras do primeiro jogo da Copa do Mundo em Belo Horizonte, entre Col�mbia e Gr�cia, amanh� no Mineir�o, o medo de vandalismo vai al�m dos arredores do est�dio e das avenidas que concentram concession�rias de ve�culos, como a Cristiano Machado e a Raja Gabaglia. No Centro de BH, principalmente nas imedia��es da Pra�a Sete, que foi ocupada nessa quinta-feira por manifestantes, � grande a preocupa��o com preju�zos causados por baderneiros. Eles queimaram lixeiras, destru�ram orelh�es, picharam pr�dios p�blicos. Lojas e at� o Othon Palace Hotel, tradicional local de hospedagem na Avenida Afonso Pena, protegeram suas fachadas de vidro com tapumes para evitar transtornos.
A instala��o dos tapumes no Othon, que fica no n�mero 1.050 da Afonso Pena, esquina com a Rua dos Tupis, come�ou bem cedo. Oper�rios instalaram a prote��o at� uma altura que manifestantes n�o conseguem alcan�ar. Por�m, a medida n�o impede que pedras sejam atiradas nos vidros mais altos. Depois de colocados os tapumes, eles foram pintados de preto, imitando a cor dos vitrais escurecidos. Nenhum funcion�rio do hotel quis dar informa��es sobre a iniciativa e nem se ela vai durar at� o fim da Copa do Mundo.
Em uma loja de telefonia celular a um quarteir�o dali, tr�s grandes vitrines foram tampadas. Elas ainda t�m uma camada de portas de a�o, todas com trancas refor�adas. O seguran�a Luiz dos Reis, de 42 anos, conta que o medo de se repetirem as cenas de viol�ncia do ano passado fez com que os respons�veis pela loja aumentassem as prote��es. “H� muita preocupa��o tamb�m com arrombamentos e saques, como ocorreu em lojas de telefonia ano passado”, diz ele.
Um m�s
Numa ag�ncia de viagens, que fica na esquina da Afonso Pena com a Rua da Bahia, uma grande fachada de vidro est� toda tampada. “A maior preocupa��o � com as pedradas. Ainda mais que nos �ltimos meses todas as manifesta��es que acontecem nessa regi�o v�o � prefeitura, passando na porta da loja”, disse uma das funcion�rias. A inten��o � manter a prote��o por 30 dias, tempo de dura��o do Mundial.

Pelo menos duas ag�ncias banc�rias est�o protegidas com outros tapumes: o Banco do Brasil da Afonso Pena, entre Rio de Janeiro e Esp�rito Santo, e o Banco Ita� do quarteir�o fechado da Rio de Janeiro. Por�m, a ag�ncia do Ita� que mais foi destru�da em 2013, bem no miolo da Pra�a Sete, s� instalou pel�culas escuras nos vidros. Nenhuma barreira de madeira foi colocada. A ag�ncia do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) da Avenida Afonso Pena, entre S�o Paulo e Curitiba, tamb�m teve toda a fachada coberta com pe�as de madeira para evitar os danos.
O dono de uma banca de revistas na pra�a, Fausto Rog�rio Teixeira, de 57, conta que est� preocupado apenas com os jogos do Brasil, mas garante que vai deixar a banca sempre aberta. “Se ficar fechado, acho que � pior. Deixando tudo aberto creio que eles v�o respeitar mais e n�o v�o partir para cima de um trabalhador”, afirma.