
Depois de contidos por uma barreira policial no s�bado nas pra�as Sete e da Esta��o, no Hipercentro, manifestantes mudaram de t�tica e marcaram o protesto hoje na Pra�a Diogo de Vasconcelos (Savassi), onde cerca de 9 mil pessoas se reuniram para acompanhar o primeiro jogo do Brasil, na quinta-feira. A mistura de grupos distintos, um de torcedores e outro de manifestantes, alerta a PM, que mais uma vez avisa que n�o vai tolerar vandalismo.
Independentemente da estrat�gias dos organizadores do protesto, a pol�cia garante que est� preparada para todos os cen�rios. A convoca��o da manifesta��o contra a Copa � feita pelas redes sociais. At� ontem � noite, mais de 800 pessoas confirmaram presen�a na pra�a da Savassi, com concentra��o a partir de meio-dia.
Segundo o chefe da comunica��o da PM, tenente-coronel Alberto Luiz Alves, a t�tica policial depender� da atitude dos manifestantes. “Quem quiser se manifestar com civilidade poder� faz�-lo. Mas a PM manter� a firmeza e o prop�sito para que n�o haja nenhum tipo de vandalismo”, disse.
A estrat�gia de cercar os manifestantes poder� ser empregada novamente se a situa��o exigir. “No s�bado, fizemos isso porque antes os manifestantes estavam se deslocando e promovendo vandalismo por onde passavam. Isso tinha de ser coibido e era uma forma de permitir uma revista eficiente, com apreens�o de material perigoso e pris�es,” afirma o oficial.

O Estado de Minas procurou representantes dos movimentos que articulam as manifesta��es, mas nenhum quis adiantar a estrat�gia. “A melhor metodologia � entrar na festa deles e fazer os protestos, como se fosse tudo uma festa”, afirmou um manifestante em uma rede social.
Quarteir�es fechados
O evento Savassi Cultural, patrocinado por uma cervejaria, tem licen�a para usar os quatro quarteir�es da pra�a para oferecer bares, dois palcos com shows e dois tel�es onde ser� exibido o jogo do Brasil x M�xico, e haver� show de Ed Motta ap�s a partida. O evento � fechado, com necessidade de troca de alimentos por ingressos. Cada quarteir�o comporta 2,5 mil pessoas.
Comerciantes dos quarteir�es abertos ao p�blico est�o apreensivos. “Desde o in�cio dos protestos essas pessoas tentaram chegar � Savassi e n�o conseguiram. Acabaram quebrando outros locais. Agora est�o vindo direto para c�. Isso me d� um pouco de preocupa��o. Se precisar a gente vai usar nosso segundo andar”, disse Nem Melo, gerente de um restaurante no quarteir�o fechado da Rua Ant�nio de Albuquerque.
Torcedores colombianos que assistiam ontem ao jogo Alemanha x Portugal em uma choperia com mesas na cal�ada afirmaram n�o temer viol�ncia e garantem que v�o assistir ao jogo do Brasil na Savassi. “At� agora tudo est� muito pac�fico. Acho que n�o vai ter nada muito forte por aqui, pois a maioria das pessoas gostou do Mundial”, afirmou o administrador Camilo Rodriguez.
Representantes da Associa��o Belga de Futebol tamb�m dizem n�o temer manifesta��es. De acordo com Erthan Elibol, cerca de 4 mil compatriotas s�o esperados. “Como muitos v�o para o est�dio, nem sequer encontrar�o manifestantes. A seguran�a tamb�m est� muito forte e achamos que tudo correr� bem”, disse.
Tr�nsito
A BHTrans, empresa que gerencia o tr�nsito na capital, n�o espera congestionamentos hoje porque o jogo B�lgica x Arg�lia, no Mineir�o, terminar� antes das 15h, e o do Brasil com o M�xico come�a �s 16h. Segundo a empresa, o evento na Savassi, por exemplo, n�o ter� fechamento de vias, pois se concentra nos quarteir�es fechados. Contudo, os agentes de tr�nsito est�o preparados para fazer desvios e implantar o plano de tr�fego caso haja congestionamento ou vias fechadas por manifesta��es.

Mais de uma dezena de familiares e amigos da engenheira Maria Luiza Monteiro, de 54 anos, pretendem embarcar nos �nibus especiais da Savassi por volta das 9h. “No primeiro jogo (Col�mbia x Gr�cia) a gente chegou em cima da hora. E como queremos ver o Brasil, vamos sair uns 15 minutos antes de terminar a partida”, disse.
Quanto �s manifesta��es, a preocupa��o da engenheira � clara: “O neg�cio � fugir deles. Se fecharem a Savassi, vamos pegar �nibus at� o Centro. Vamos todos assistir ao jogo da Sele��o Brasileira no Belvedere, e h� v�rias op��es de caminho”, considera.