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Estado de Minas FESTA SE ESPALHA PELA CIDADE

Pra�a JK e Parque das Mangabeiras tamb�m viram pontos de torcida

Festa tamb�m ganhou ruas de bairros e bares da orla da Lagoa da Pampulha, que ficaram lotadas


postado em 29/06/2014 06:00 / atualizado em 29/06/2014 07:40

Na Praça JK, no Sion, telões foram colocados como alternativa para a Savassi e valeu a pena: Espaço foi tomado durante a partida(foto: Ramon Lisboa / EM / D.A Press)
Na Pra�a JK, no Sion, tel�es foram colocados como alternativa para a Savassi e valeu a pena: Espa�o foi tomado durante a partida (foto: Ramon Lisboa / EM / D.A Press)

Nem dentro do Mineir�o, nem na Pra�a da Savassi. A festa da torcida se espalhou pela cidade. Pra�a JK, Parque das Mangabeiras, ruas fechadas em v�rios bairros. Alessandro Beloso, de 17 anos, Lucas Ubiratan, de 19, e Guilherme de Oliveira, de 20, todos estudantes, estavam animados e se juntaram �s milhares de pessoas que foram assistir ao jogo na Pra�a JK.


A escolha do local para ver o jogo tem motivo: boa estrutura, pessoal animado, n�o tem fila para comprar comida ou bebida. “N�o espalhe, sen�o vai encher”, brincou Tales Leon, outro amigo. A maioria dos torcedores que estavam na pra�a eram brasileiros, mas tinham alguns turistas, como os engenheiros chineses Wen bo, Fuhong Gui, Chen Gang, que moram em Zhen Jiang. F�s de futebol (garantem at� que praticam o esporte), eles est�o hospedados perto da pra�a e vieram a neg�cios. Aproveitaram a tarde de s�bado para ver o jogo no local e adoraram tudo.

Os holandeses Ronaldo Lagasahe e Rob van den Goorbergh, analistas financeiros, viram Brasil e Chile no Parque Mangabeiras. Eles acreditavam que a Holanda ia ser o segundo lugar no grupo B (e a Espanha a primeira colocada) e jogaria com o Brasil em Belo Horizonte. Compraram ingresso para jogo em Minas Gerais. Mas a Espanha foi desclassificada e a Holanda, que ficou em primeiro lugar no grupo, foi jogar em Fortaleza. Eles n�o conseguiram passagem para a capital cearense e tiveram de vender os ingressos. Acharam Brasil e Chile mais ou menos. “N�o vimos os campe�es do mundo”, provocam, garantindo que a Copa � deles e prometendo voltar ao Brasil.

Em um bar da Rua Passatempo, Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de BH, a empres�ria �rsula Rocha, acompanhada de familiares, comemorava a oportunidade de voltar ao Brasil para ver se a Sele��o jogar em sua terra natal. Vivendo em Portugal h� 21 anos, ela trouxe a filha portuguesa, Bruna Ludmila Mesquisa, de 7, para assistir � sua primeira Copa no pa�s de origem da fam�lia. A cada intervalo, a torcida concentrada nos bares da Rua Alberto Cintra, no Uni�o, era surpreendida pela m�sica alta dos carros em um convite � dan�a, recusado, apenas, diante das insistentes bombas que parte da plateia de um bar insistia em explodir.

T�o perto do est�dio, os bares da Pampulha ficaram lotados. O clima verde e amarelo contagiava os visitantes. “Vim acompanhar minha noiva que mora aqui”, contou o norte-americano Jeffrey Cavallero, que tamb�m trouxe um amigo do Texas. “Se der Brasil e EUA, n�o h� d�vida: � Brasil”, disse. A peruana Carmen Fuentes, na companhia da amiga equatoriana Miriam Gonzalez, que mora nos EUA, tamb�m n�o titubeou: “Todos no Peru torcem para o Brasil”. Elas vibram quase ao lado dos quatro amigos Kristian Leong Poi, Roger Koo, Arthur Leong Poi e Anthony Holder, que vieram de Trinidad e Tobago.

no entorno do mineir�o Enquanto a bola rolava no est�dio, a m�dica Simone Ruano passeava na orla da lagoa com o filho Daniel, de 2. Do lado de dentro, o marido Ant�nio Ruano e o filho mais velho Rodrigo, de 9 anos, assistiam � partida. Em decis�o democr�tica, a fam�lia veio de S�o Paulo somente para o jogo. “Viemos de carro. Deixei os dois pr�ximo ao est�dio e vamos ficar por aqui at� terminar”, disse Simone.

F� e farra se misturaram na orla. �s margens da lagoa, um grupo de amigos belo-horizontinos levou bebida, um r�dio a pilha, muita m�sica e dan�a no gramado. A festa estava t�o grande que eles nem perceberam o primeiro gol do Brasil. Do outro lado da rua, o prop�sito era outro. Integrantes da Conven��o Batista Brasileira, em verde e amarelo com o nome de Jesus, buscavam propagar a f� em meio aos torcedores.

Sentado na porta da lanchonete, o comerciante Geraldo Cardinali, de 87, esperava a passagem do �nibus da Sele��o Brasileira na porta da casa dele. Batedores � frente, helic�ptero no c�u. Esquema de seguran�a pesado. Com os cabelos brancos cobertos pelo chap�u verde amarelo, camisa nas mesmas cores ele recorda de como foi a primeira experi�ncia em Copas. “Fui ver um Brasil e Espanha na Copa de 1950. Foi marcante, mas era muito diferente”, compara.

H� 40 anos, ele vive com a fam�lia na casa que fica na Avenida Alfredo Camarati, nas imedia��es do Mineir�o. Em outras �pocas havia somente o com�rcio dele na regi�o. Hoje, floricultura vende cerveja e tropeiro, escola de dan�a tamb�m vira restaurante, e escola de canto se transforma em point de samba. Todos na vizinhan�a.

Nos arredores do Mineir�o, t�o perto do caldeir�o da Copa do Mundo, v�rias pessoas acompanhavam o jogo sem o principal detalhe para ver a festa de perto: o ingresso. “� uma ang�stia lancinante”, definiu Jos� Carlos, trabalhando num bar perto do est�dio. Apesar da proximidade, n�o era poss�vel escutar nem um grito sequer da torcida e, ao longo de toda a partida, uma calmaria baixou nos arredores.

Uma turma de S�o Paulo estava se divertindo com a situa��o. Com fam�lia na capital mineira, eles assistiram, ou melhor, ouviram a todos os jogos na orla da Lagoa da Pampulha. “S� de estar perto � uma emo��o. T�nhamos que fazer parte desta festa. A Copa est� aqui”, diz Simone Milhazes, de 40 anos. Vestidos a car�ter e com bandeir�o do Brasil, o jeito foi recorrer ao celular e, mesmo distantes, �s televis�es dos bares pr�ximos. “Nunca fomos a um est�dio na Copa, nossa festa � na rua”, conta Andr� Pires, de 34. Talita Moura, de 26, at� tentou entrar, mas n�o conseguiu. “”Meu namorado e o irm�o dele entraram, mas eu n�o tinha ingresso. Mas estou achando bom”, diz.


(foto: Beto Novaes/EM)
(foto: Beto Novaes/EM)
Enquanto isso...

… Confins vira est�dio

Entre idas e vindas, passageiros que desesmbarcaram ou esperavam o hor�rio do voo no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, se uniram em frente �s TVs para assistir � partida entre Brasil e Chile. No sagu�o, muitos chegavam apenas para ir ao Mineir�o e logo voltariam para casa. Em vez de ficar em um dos hot�is da capital mineira, parte da torcida preferiu comprar passagem a�rea de ida e volta para a data do jogo, o que, segundo eles, deixou a conta mais barata. Horas antes de a bola rolar, eles desembarcaram em Confins, retornando para casa logo depois da vit�ria da Sele��o.


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