
O cineasta chileno Emiliano Stange, de 33 anos, chegou ao pa�s no dia 21 e foi ao jogo de Chile e Holanda, em S�o Paulo. No dia 24, chegou a BH, onde esteve no Mineir�o para duas partidas – Inglaterra x Costa Rica e a �ltima, quando sofreu ao ver sua Sele��o perder nos p�naltis para a equipe de Neymar e companhia. “Chorei como uma crian�a. Foi muito triste, mas estou orgulhoso do nosso time”, diz. A princ�pio, o turista planejava ir ao Rio de Janeiro logo ap�s a semifinal, de onde retornaria na quinta a Santiago, mas decidiu passar o restante da viagem na capital, pela qual se apaixonou.
“O que mais me agradou foi o povo, muito amig�vel. Em Santiago, as pessoas s�o mais frias. Aqui querem conhecer voc�, conversar”, avalia Emiliano, que sempre sai �s ruas com a camisa da Sele��o Chilena para estimular a aproxima��o de brasileiros. “Gostei muito da Savassi, fiz amizade com alguns mineiros e estamos mantendo contato”, diz. Um dia, ele se deixou perder pelo Centro. “BH parece uma cidade mais real do que outras muito tur�sticas, como Salvador.”
Morador de Bornemouth, no Sul da Gr�-Bretanha, o ingl�s Paul West, de 31, viajou de avi�o at� Buenos Aires, na Argentina, onde chegou em abril. Deslocou-se de bicicleta at� o Brasil. Entrou pelo Rio Grande do Sul e no dia 23 chegou a Belo Horizonte. No Mineir�o, assistiu ao jogo entre sua Sele��o e a da Costa Rica. Est� hospedado em um hostel na Pampulha. A ideia � retomar a estrada hoje e seguir para Lagoa Santa, onde quer visitar a Gruta da Lapinha. O plano � passar pela regi�o da Serra do Cip� e seguir at� Diamantina. Em seguida, o objetivo � ficar um tempo em Salvador (BA). “Depois n�o sei. N�o tenho data para voltar � Inglaterra”, diz.
O Mundial foi uma das raz�es para Paul vir ao Brasil nesta �poca, mas n�o foi a �nica. “Amo futebol. A Copa � como um b�nus, mas eu viria de qualquer maneira”, conta. Assim como Emiliano, ele tamb�m elogia o modo de ser dos brasileiros que conheceu. “Em todos os lugares, as pessoas foram hospitaleiras, amig�veis. S�o mais sol�citas e abertas que na Inglaterra”, compara. At� agora, a cidade preferida no pa�s foi Florian�polis (SC), mas ele tamb�m adorou BH. “A orla da Lagoa da Pampulha � muito legal, relaxante, apesar de a �gua ser suja. A festa na Savassi foi muito gostosa”, avalia.

ACAMPADOS A �rea de acampamento ofertada pela Prefeitura de BH a turistas no Parque Lagoa do Nado, na Pampulha, estava quase vazia na tarde de ontem, a n�o ser por sete chilenos. Dois deles, Felipe Balart, de 25, e Alejandro Diban, de 26, est�o cruzando parte da Am�rica do Sul na van onde dormem. Sa�ram de Santiago e chegaram ao Brasil h� cerca de um m�s. Foram aos tr�s jogos do Chile na primeira fase da Copa e � oitava de final em BH, onde est�o desde sexta-feira. O plano era ir embora hoje � tarde, com destino a Porto Seguro (BA) ou outra cidade praiana. “Est�vamos correndo de um lugar pro outro para n�o perder os jogos. Agora vamos descansar”, explicou Felipe.
“Mundial, amigos, festa”. � assim que o australiano Mark Rowe, de 22, resume as raz�es para ter vindo ao Brasil. Ele est� acompanhado de amigos, entre eles o colombiano Sebasti�n Gonzales, de 21. Os universit�rios planejam passar duas semanas na capital mineira, para onde viajaram a convite da amiga Lorena Costa, de 22, que mora em Contagem. “Na Austr�lia, ningu�m ouve falar em Belo Horizonte, mas � interessante. Gostei muito do tropeiro”, disse Mark.