Cresce n�mero de pessoas que usam bicicleta como meio de transporte em BH

Pequenas, fr�geis e ecologicamente corretas, as bicicletas est�o vencendo a dura batalha no tr�nsito ca�tico de Belo Horizonte e s�o cada vez presentes no cotidiano da cidade. Tr�s anos depois da retomada da implanta��o de ciclovias na cidade, � vis�vel como as bicicletas se multiplicaram. Os reflexos desse crescimento s�o sentidos em v�rios segmentos: o n�mero de pessoas interessadas em aprender a usar esse meio de transporte e se informar sobre as melhores rotas aumentou de maneira expressiva nos clubes de ciclismo. No com�rcio, lojas especializadas em mountain bike (usadas em trilhas off road) mudaram de foco e passaram a vender bicicletas urbanas – principalmente as dobr�veis – e acess�rios como cestinhas e alforjes, para ajudar nas compras de supermercado.

Para comprovar a expans�o do uso das bicicletas em BH, o Estado de Minas foi �s ruas e constatou que na ciclovia da Rua Professor Morais, na Regi�o Centro-Sul, o n�mero de bicicletas que hoje passam pela faixa exclusiva dos ciclistas � 146% maior do que h� dois anos. A contagem foi feita na quinta-feira, entre 8h e 12h. Neste intervalo, 61 ciclistas usaram a ciclovia e tr�s a cruzaram, passando pela Avenida Afonso Pena. A m�dia de 16 ciclistas por hora � bem superior � de 6,5 por hora registrada em 2012, quando foram contados 26 ciclistas no mesmo intervalo de tempo.

Na compara��o com estudo semelhante feito em 2010 pelo Mountain Bike BH, a pedido da BHTrans, o aumento � ainda maior. Na �poca, quando a ciclovia da Professor Morais ainda n�o havia sido implantada, foram registrados apenas 21 ciclistas, m�dia de 5,2 por hora.

Dados da Pesquisa Origem e Destino – feita pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras P�blicas (Setop) – j� revelou a ades�o �s ciclovias. Em 2000, no primeiro estudo, eram 25 mil viagens di�rias. H� dois anos, o n�mero saltou para 130 mil viagens por dia e a previs�o � alcan�ar 250 mil viagens em 2020.

O jeito � pedalar

Um dos novos adeptos da bicicleta como meio de transporte � o engenheiro Felipe Carvalho, de 29 anos. Diariamente, ele vai de casa, no Bairro Anchieta, at� o trabalho, no Funcion�rios, ambos na Regi�o Centro-Sul. “A ciclovia me deixa na porta do meu servi�o”, conta. O cabeleireiro Rubens Ramos, de 46, tamb�m abriu m�o do carro particular. Morador do Bairro Saudade, ele pedala diariamente para o trabalho, na Savassi. “J� que carro n�o anda e transporte coletivo n�o funciona, o jeito � pedalar”, avalia. A produtora cultural Siomara Faria, de 31, que trabalha no Centro, tamb�m se decidiu pela bike depois de pensar nas complica��es do tr�nsito. “De �nibus, gastaria mais tempo e de carro fica invi�vel diante da falta de estacionamento e dos constantes engarrafamentos”, afirma. No Sesc Paladium, onde trabalha, n�o est� sozinha quando o assunto � bicicleta. Os colegas Rafael Guimar�es e Gisele Milagres tamb�m usam a bicicleta diariamente para ir trabalhar.