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Estado de Minas

Parecer aponta que bloco que sustenta pilar de viaduto na Pedro I tinha um d�cimo do a�o necess�rio

Empresa respons�vel pela obra afirmou que a al�a que ainda est� de p� do Viaduto dos Guararapes tamb�m corre risco de desabar. Prefeitura determinou que a empresa apresente, imediatamente, projeto para demoli��o da estrutura


postado em 22/07/2014 19:01 / atualizado em 23/07/2014 16:01

Peso da estrutura, de aproximadamente 13 mil toneladas, ficou concentrado em apenas duas estacas(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press.)
Peso da estrutura, de aproximadamente 13 mil toneladas, ficou concentrado em apenas duas estacas (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press.)

Engenheiros e calculistas contratados pela Cowan para fazer estudos que indicassem as causas do desabamento do Viaduto dos Guararapes, no Bairro S�o Jo�o Batista, em Venda Nova, afirmaram, na tarde desta ter�a-feira, que falhas no projeto executivo foram respons�veis pela queda. Conforme a an�lise feita pelos profissionais, o bloco que sustenta um dos pilares da estrutura foi constru�do com um d�cimo da ferragem necess�ria.

Logo depois do desabamento, a Cowan contratou uma equipe de engenheiros e calculistas para fazer um estudo que indicasse as poss�veis causas. Foram feitas sondagens do solo, an�lise do concreto, entre outros levantamentos. O estudo constatou que o material atendia todos os procedimentos exigidos pelas normas t�cnicas.

Por�m, ao analisarem o projeto executivo, os t�cnicos contratados encontraram alguns erros que foram determinantes para o desabamento. Conforme o parecer divulgado nesta ter�a-feira pelo calculista Cat�o Francisco Ribeiro, o bloco que sustenta o pilar P3 foi constru�do com um d�cimo da ferragem necess�ria. Por causa do n�mero inferior de a�o, o peso da estrutura, de aproximadamente 13 mil toneladas, ficou concentrado em apenas duas estacas. Como elas n�o foram projetadas para receber toda essa carga, e como o bloco n�o tinha armadura suficiente para o esfor�o, um dos pilares centrais afundou junto com as estacas. O afundamento, conforme o estudo, provocou o desabamento.

Segundo a Cowan, o projeto executivo entregue para a Sudecap apresentava alguns equ�vocos. O a�o do bloco projetado para os esfor�os de flex�o foi de 50,3 cent�metros quadrados, sendo que, segundo o estudo, deveria ter 685 cent�metros quadrados. O projeto n�o considerava o a�o para os esfor�os ao cisalhamento e de tor��o. Os engenheiros informaram que as ferragens para esses trabalhos tinham que ter 184,1 cent�metros quadrados e 10,2 cent�metros quadrados, respectivamente.

Outro erro no projeto, segundo a Cowan, estava nas estacas. O estudo apontava que a carga de trabalho na estaca, de 80 cent�metros de di�metro e profundidade de 20 metros, foi de 250 tonelada for�a. Para os engenheiros contratados pela empresa, a carga deveria ser de 467 toneladas for�a, o que significa que, ou as estacas deveriam ser mais profundas, ou deveriam ter um di�metro maior. Outra solu��o seria um aumento do n�mero de estacas.

Como as duas al�as do viaduto foram projetados igualmente, a Cowan, respons�vel pela obra, determinou a paralisa��o do escoramento que era feito na estrutura.“Acho que foi um milagre n�o ter ca�do antes. Inclusive a outra al�a oferece risco de cair a qualquer momento. Os trabalhadores tamb�m correm riscos”, afirmou o calculista Cat�o Francisco Ribeiro.

A Cowan informou na coletiva desta ter�a-feira que entregou uma carta ao prefeito Marcio Lacerda recomendando a demoli��o da al�a que ainda est� de p�. Em nota, a PBH informou que solicitou � Cowan que apresente, imediatamente, projeto de demoli��o da estrutura. Al�m disso, a prefeitura exigiu que a empresa adote medidas de prote��o civil para os moradores do entorno do viaduto e que vai agir com firmeza e vai cobrar puni��o e ressarcimento pelas falhas.

Monitoramento dos viadutos

Depois do desabamento do Viaduto dos Guararapes, a Prefeitura de Belo Horizonte determinou que a Cowan fizesse o acompanhamento dos outros elevados ao longo da Avenida Pedro I. Conforme a empresa, as estruturas n�o oferecem risco de cair. Nenhuma movimenta��o foi detectada durante os dias de monitoramento.




Veja a arte de como foi o desabamento



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