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Estado de Minas

Veja como o belo-horizontino est� encarando o frio dos �ltimos dias

Temperatura pode cair a 10 graus em BH amanh�, com sensa��o t�rmica de 6, devido a rajadas de vento, diz Defesa Civil


postado em 30/07/2014 06:00 / atualizado em 30/07/2014 07:24

"Lola treme toda de frio, coitadinha. Preciso ficar cobrindo ela o tempo todo no sof�" - Bruna Santoro, professora, que agasalhou sua cadela (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
Duas cal�as, uma camisa, duas blusas de l�, um guarda-p� e uma touca protegendo a cabe�a e as orelhas. Otac�lio Rosa da Paix�o, de 69 anos, saiu de casa ontem preparado para o frio na Pra�a do Papa, no Bairro Mangabeiras, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, onde trabalha h� 31 anos vendendo cachorro-quente, �s vezes, at� por volta da meia-noite. E ele se prepara para tirar mais agasalhos do arm�rio. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) emitiu alerta de que a temperatura m�nima na capital deve chegar a 10 graus at� amanh�, podendo gerar sensa��o t�rmica de 6 graus por causa de rajadas de vento. “J� passei frio de 4 graus aqui no alto da Avenida Afonso Pena. A minha m�o fica gelada, mas preciso preparar cachorro-quente e n�o tenho como usar luvas”, reclama Otac�lio, que recorre aos bolsos do agasalho para aquecer as m�os.

A presen�a de uma massa de ar frio sobre o Sudeste mant�m as temperaturas baixas em Minas, principalmente � noite e de madrugada. At� sexta-feira, BH pode registrar a menor temperatura m�nima do ano. Em 12 de julho, a capital registrou 11,8 graus. Em 26 de junho, os term�metros marcaram 12,1 graus. Em 13 de maio, chegou a 10,8 graus. “A queda acentuada da temperatura m�nima ocorrer� mais entre as 5h e as 7h, mas durante o dia ficar� em torno de 24 graus, quinta e sexta-feira”, informa o meteorologista do Clima Tempo, Ruibran dos Reis.

O frio na Pra�a do Papa era tanto na tarde de ontem que a professora Bruna Santoro, de 32, tamb�m agasalhou Lola, sua vira-lata. Bruna usava cal�a de tecido grosso, botas, agasalho e touca. “Lola treme toda de frio, coitadinha. Preciso ficar cobrindo ela o tempo todo no sof�”, conta a professora, que gosta de frio para tomar vinho e comer massas.

Na Pra�a da Liberdade, no Bairro Funcion�rios, Regi�o Centro-Sul, o frio pegou muita gente de surpresa. Um grupo de estudantes de letras de Bel�m (PA), acostumado ao calor intenso da cidade onde mora, participa de um evento em BH. Todos sa�ram desprevenidos. Izabela Lima, de 20, estava de saia e reclamou de muito frio nas pernas. “O sol saiu de manh� e ficamos animados, mas o frio s� foi apertando. Estou passando mal. L� em Bel�m � muito quente. Sempre saio de short, saia e chinelo”, afirma a estudante.

CALDO QUENTE Frio � bom para namorar, concordam os estudantes Karina Souza Moraes, de 24, e Luiz Felipe Botelho, de 21. “Quanto mais agarradinho, melhor. Bom para ver um filme, tomar um vinho e um caldo quente” , conta a jovem, abra�ada ao namorado em um banco da Pra�a da Liberdade. Para Luiz Felipe, o frio n�o � inc�modo, nem quando sai de casa pela manh�. “O que me incomoda � chuva”, disse. Karina acha roupas de inverno elegantes e as pessoas ficam mais bonitas. “A gente nem precisa de maquiagem. A cara j� fica rosadinha”, brinca.

Para quem trabalha o tempo todo na rua, como o soldado da Pol�cia Militar Neimar Vieira de Souza, de 27, tem sempre que ter um agasalho nesta �poca do ano. “Quando tenho que trabalhar � noite, em jogos no Mineir�o ou no Independ�ncia, sinto mais frio ainda.”, disse o militar.

A psic�loga Maria Auxiliadora Morais, de 52, saiu de casa “empacotada” ontem. “Com o frio que est�o dizendo que vem por a�, vou ter que tirar mais roupa do arm�rio”, brincou. “Gosto do frio, mas o vento me incomoda �s vezes”, disse. Para dormir, a psic�loga conta que tem recorrido a v�rios edredons, pijama bem quentinho e meias.

A microempres�ria Marise Neli, de 54, disse detestar frio. “Se continuar assim, vou ter que comprar mais roupas quentes. Espero que as previs�es estejam erradas”, comentou. A auxiliar administrativa �rika Nascimento, de 36, disse que ontem a sua vontade era de ficar na cama o dia todo. “Para dormir, edredon, edredon, edredon. Mas eu s� que fico pensando nas pessoas que dormem nas ruas”, comentou. A Secretaria Municipal de Pol�ticas Sociais informou que os abrigos recebem um n�mero maior de pessoas nesta �poca do ano e que a rede est� preparada para atender a demanda, fornecendo alimenta��o e pernoite para os interessados.


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