
Lacerda tamb�m afirmou que o Viaduto Montese, que em fevereiro teve um deslocamento lateral de 27 cent�metros e precisou ser interditado, ser� submetido a um teste de cargas antes da libera��o para o tr�fego de ve�culos. H� duas semanas, a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) havia informado que ainda estavam em fase de finaliza��o as obras de sinaliza��o vi�ria, ilumina��o, retifica��o de meio fio e passeio e remanejamento de adutora da Copasa para que o tr�nsito pudesse ser liberado no viaduto. N�o foram fornecidos detalhes sobre o teste e nem a data prevista.
Depois da Cowan, construtora respons�vel pelo Batalha dos Guararapes, anunciar que a al�a norte poderia cair a qualquer momento, a prefeitura encomendou um estudo para demoli��o, mas, ontem, Lacerda cogitou at� mesmo a possibilidade de recuperar a estrutura se realmente houver a necessidade. “Nesse momento n�s estamos trabalhando afinados com a pol�cia t�cnica para que o tr�nsito seja liberado e para que o viaduto seja recuperado ou demolido ap�s a libera��o da per�cia. Estamos preparando um processo de demoli��o, mas que s� ser� acionado se essa for a conclus�o final”, afirma o prefeito.
Se a decis�o da PBH � aguardar o fim dos trabalhos de per�cia, a previs�o � que a indefini��o sobre o futuro dos moradores que foram transferidos de tr�s pr�dios dos residenciais Antares e Savana para um hotel no Bairro S�o Crist�v�o, Noroeste de BH, dure pelo menos mais 30 dias. Esse � o prazo contado pela Pol�cia Civil a partir de ontem, quando come�aram as escava��es no entorno do pilar que afundou cerca de seis metros, para os peritos constru�rem um laudo sobre as causas do desabamento, principal pe�a do inqu�rito que apura as responsabilidades do caso.
O procedimento, coordenado por policiais civis e peritos da Se��o T�cnica de Engenharia Legal do Instituto de Criminal�stica, est� sendo feito por t�cnicos da construtora respons�vel pela obra, Cowan, que ontem usaram duas m�quinas escavadeiras. Os funcion�rios ir�o fazer um buraco de aproximadamente 3,5 metros de profundidade. A an�lise do pilar e da estrutura de funda��o � considerada fundamental para apurar as causas da queda do elevado.
A advogada Ana Cristina Drumond, que representa os moradores do entorno do viaduto, diz que est� dif�cil conviver com a falta de solu��o para o problema. “Esse viaduto j� est� condenado. Quem vai querer passar embaixo ou em cima? Acho que demolir � uma quest�o l�gica”, afirma. Ela critica o fato de os moradores n�o terem conhecimento do que est� ocorrendo. “Quem mora nos pr�dios n�o sabe em que acreditar porque a cada hora fala-se uma coisa”, completa.

MINIST�RIO P�BLICO O Minist�rio P�blico confirmou que representantes do �rg�o, em reuni�o com o prefeito, destacaram a import�ncia da preserva��o da al�a norte do viaduto, at� que se concluam os trabalhos dos peritos de engenharia legal do Instituto de Criminal�stica. Segundo o MP, se comprovadas irregularidades na obra, os respons�veis podem responder criminalmente, conforme prev� o artigo 92 da Lei nº 8.666 de 21 de Junho de 1993 (Lei de licita��es), que estabelece pena de dois a quatro anos de pris�o, mais multa para quem “possibilitar ou dar causa a qualquer modifica��o ou vantagem” na execu��o dos contratos celebrados com o Poder P�blico.