(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Reitor da UFMG diz que expuls�o de aluno envolvido em trote pol�mico serve de exemplo

Jaime Ram�rez defende expuls�o de estudante que idealizou brincadeira com conota��o nazista


postado em 14/08/2014 06:00 / atualizado em 14/08/2014 06:50

"Determinados limites n�o podem ser ultrapassados" - Jaime Arturo Ram�rez, reitor da UFMG (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A expuls�o do estudante Gabriel de Vasconcelos Sp�nola da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por ter sido apontado como mentor do trote com conota��es nazistas e racistas promovido por veteranos da Faculdade de Direito no in�cio do ano passado, vai servir de exemplo para os atuais alunos e para os pr�ximos da institui��o. “A universidade, de tempos em tempos, precisa deixar claro quando o ato � grave e que determinados limites n�o podem ser ultrapassados, que qualquer a��o que viole os valores da dignidade da pessoa, ou valores constru�dos ao longo das gera��es que nos antecederam, e que fazem parte da nossa institui��o, n�o poder� ser aceita ou tolerada pela comunidade”, alerta o reitor Jaime Arturo Ram�rez. Outros tr�s estudantes de direito envolvidos, Gabriel Augusto Moreira Martins, Gabriel Mendes Fajardo e Giordano Caetano da Silva, foram suspensos por seis meses.

Segundo o reitor, a resolu��o que pro�be o trote foi editada em maio deste ano, mas j� havia um regulamento de comportamento dos alunos no regimento do estatuto da institui��o. A partir de agora, segundo ele, uma s�rie de a��es ser�o implementadas para mudar a cultura do trote. “Todos os alunos novos receber�o essa informa��o no ato da matr�cula”, disse o reitor. Segundo a norma, alunos infratores estar�o sujeitos a advert�ncia, suspens�o e at� mesmo expuls�o.

O trote ocorreu em 15 de mar�o de 2013. Duas fotos publicadas em perfis do Facebook provocaram grande repercuss�o na internet. Uma delas mostrava um calouro amarrado, com tr�s alunos fazendo sauda��es nazistas ao lado. Um dos jovens usava um bigode semelhante ao do ditador alem�o Adolf Hitler. A outra foto continha uma jovem pintada de preto, com as m�os acorrentadas e puxada por um veterano. Ela carregava uma placa com os dizeres “Caloura Chica da Silva”, em refer�ncia � escrava que viveu em Diamantina. Segundo o reitor, as investiga��es conclu�ram que Sp�nola foi quem amarrou o calouro na coluna. “Ele convenceu os outros alunos a participar da sauda��o que remete ao nazismo”, esclarece o reitor, que considera o caso como um dos mais graves j� ocorridos nos �ltimos 30 anos da hist�ria da UFMG. “N�o considero que as puni��es foram exageradas”, disse.

A comiss�o foi formada por tr�s professores do Departamento de Direito. Tr�s dos alunos contrataram advogados. Segundo Jaime Arturo Ram�rez, o Conselho Universit�rio � a inst�ncia m�xima e n�o cabe recurso. O reitor esclarece que Gabriel Sp�nola somente poder� frequentar a UFMG se prestar novo vestibular. “Essa a��o de desligamento se encerra nesse ato”, disse Ramirez.

EXAGERADA Estudantes da Faculdade de Direito consideram exagerada a puni��o adotada pela UFMG, mas condenam o que consideram “brincadeira de mau gosto”. Diogo Campos, de 21 anos, � do oitavo per�odo do curso e conta que j� houve trotes t�o graves como esse na faculdade e que nunca houve puni��o. “Tudo acontecia debaixo dos olhos dos diretores. S� porque esse �ltimo trote teve repercuss�o na m�dia, eles quiseram dar uma resposta � sociedade?”, questiona Diogo.

O Centro Acad�mico da Faculdade de Direito n�o quis se manifestar sobre as puni��es. J� o Centro Acad�mico do Departamento de Esporte, Cultura e Lazer, que funciona no mesmo pr�dio, considera que a UFMG agiu corretamente. “A puni��o foi correta, mas estranhamente muita gente que se envolveu no mesmo trote se safou”, disse o aluno Gabriel de Souza Oliveira e Silva. Segundo ele, cerca de 200 pessoas participaram do trote.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)