Padre confessa ass�dio contra adolescente em Formiga

Um inqu�rito foi aberto pela Pol�cia Civil de Formiga, na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, para investigar um padre suspeito de pedofilia. O homem prestou depoimento na delegacia da cidade e confessou ter assediado um adolescente de 14 anos. Em conversa por uma rede social, o religioso mandava mensagens para o garoto e at� chegou a pedir imagens dele nu. Ele foi liberado por n�o ter configurado o flagrante. A delegada respons�vel pelo crime vai pedir uma medida cautelar para afast�-lo do jovem.

As investiga��es sobre o caso come�aram na �ltima semana depois que a m�e do adolescente procurou a delegacia. A v�tima conheceu o suspeito pois jogava futebol com ele e outros colegas menores de idade. “O garoto contou para os amigos e para a m�e que o padre o estava assediando. Orientamos a m�e e ela nos trouxe as mensagens impressas”, afirma a delegada Luciana de Sousa Silva, do Juizado Especial e Prote��o � Fam�lia.

Os dois se comunicavam pelas redes sociais desde junho deste ano. Entre as conversas, o padre chegava a pedir sexo oral ao jovem e fotos dele nu. “Existem modalidades de pedofilia que v�o da mais branda at� a mais grave. O caso dele foi a mais branda, pois simplesmente estava assediando o menor. Ele conversava com o garoto e fazia perguntas atrav�s de um site de relacionamento, como por exemplo se o jovem faria sexo oral nele, se ele queria tirar imagens nu da cintura para baixo quando estava excitado, entre outras”, diz a delegada.

Depois da comprova��o do ass�dio, a delegada pediu � justi�a um mandado de busca e apreens�o, que foi cumprido nessa quarta-feira. A pol�cia foi at� o local de trabalho do padre, que j� est� afastado das suas fun��es eclesi�sticas, e depois seguiram at� a casa dele. “Na resid�ncia, um perito analisou o notebook e o celular dele e encontramos toda a conversa”, comentou Silva.

O padre foi levado para a delegacia e confessou, em depoimento, o ass�dio. “Ele pediu perd�o e disse que realmente foi ele quem escreveu as mensagens. Tivemos que liber�-lo, pois n�o encontramos nenhum material no computador, como fotos de adolescentes nus, que configurasse o flagrante”, relatou a delegada.

Na oitiva, o religioso explicou que j� est� afastado das suas fun��es eclesi�sticas h� um tempo. Ele diz que pediu o seu afastamento por ter ficado um longo per�odo sem f�rias e estava cansado. Mesmo solto, o padre pode ser proibido de encontrar com o adolescente. “Vou representar � Justi�a uma medida cautelar diversa da pris�o pedindo a proibi��o dele ter contato com a v�tima”, explica a delegada.

O inqu�rito tem um prazo de 30 dias para ser encerrado. A pol�cia n�o descarta, apesar de n�o ter nenhuma den�ncia, que outros jovens tenham sido assediados. Garotos que participavam do futebol junto com o padre tamb�m ser�o chamados para depor.