
A defesa havia solicitado a revoga��o da pris�o ou transforma��o em uma medida cautelar, como a pris�o domiciliar, o que n�o foi aceito pelo juiz de Salinas. O advogado e juiz aposentado Frederico do Esp�rito Santo Ara�jo, que foi constitu�do para defender o empres�rio, deixou a causa ontem. Segundo o pr�prio Esp�rito Santo, os familiares de Antonio Rodrigues contrataram um outro advogado em Belo Horizonte, que dever� impetrar um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justi�a (TJ) em Belo Horizonte.
Dois adolescentes – uma menina de 15 e um garoto de 14 – prestaram depoimentos ao Minist�rio Publico Estadual e � Pol�cia de Salinas, alegando que Antonio Rodrigues os convidou para ir ate fazenda dele, no munic�pio, onde teria acontecido contato sexual com os menores. A defesa de Rodrigues nega a acusa��o e argumenta que mesmo que o encontro tenha ocorrido, o fato n�o configura crime de estupro de vulner�vel ou pedofilia, porque os dois adolescentes t�m mais de 14 anos. A defesa tamb�m lembra que, pela mesma raz�o, o pr�prio Minist�rio Publico pediu a o arquivamento da den�ncia pelo crime de estupro vulner�vel “N�o h� que se falar em estupro de vulner�vel (....) porque as v�timas s�o maiores de 14 anos (...)”, diz o parecer do MPE.
Por outro lado, Rodrigues teve a pris�o preventiva decretada porque tamb�m pesa contra ele a suspeita de tentativa de homic�dio, baseada em um v�deo. Mas a defesa tamb�m alega que n�o h� evid�ncia de tentativa de homic�dio na filmagem. A investiga��o come�ou h� cinco meses, ap�s o encaminhamento de den�ncias an�nimas ao Conselho Tutelar das Crian�as e dos Adolescentes do Munic�pio e ao Minist�rio P�blico Estadual.
Na semana passada, o delegado de Salinas, Jos� Eduardo dos Santos, informou que, ap�s a pris�o de Antonio Rodrigues, surgiram novas den�ncias contra o empres�rio, feitas de forma an�nima que seriam investigadas. Ontem, a reportagem tentou falar com o delegado, mas na delegacia a informa��o fornecida foi que ele estava de “folga”.
De acordo com o advogado Frederico Esp�rito Santo, o produtor de cacha�a foi transferido para Te�filo Otoni por causa das “m�s condi��es” da cadeia de Pedra Azul. A defesa de Antonio Rodrigues alegou que o empres�rio apresenta quadro de hipertens�o e precisa de acompanhamento m�dico ou ser transferido para um hospital. Mas, em Pedra Azul “n�o existe m�dico”.