
Fabricante do �nibus articulado Viale BRT do Move da linha 61 (Venda Nova/Centro) que pegou fogo na noite de 30 de junho na Avenida Pedro I, a encarro�adora ga�cha Marcopolo declarou nessa quarta-feira que a per�cia contratada para investigar a causa do inc�ndio foi inconclusiva. A empresa alegou que a destrui��o do �nibus, que teve perda total, tornou imposs�vel identificar o que provocou o inc�ndio.
Caso fosse constatado problema de fabrica��o, a BHTrans e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) haviam cogitado exigir um recall. “Foi encontrado diesel na sanfona (que � feita de material inflam�vel), o que acabou colaborando para a r�pida propaga��o do fogo”, acrescentou a Marcopolo, empresa com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, em nota.
Na ocasi�o do inc�ndio, testemunhas afirmaram que o fogo come�ou na articula��o do coletivo – onde h� uma r�tula e fia��o el�trica sob a sanfona que une as duas partes da carroceria. O motorista Maur�cio Ferreira de Lima contou que percebeu uma fuma�a estranha e parou o coletivo na pista exclusiva do Move. Ao ir verificar a articula��o, observou que havia chamas na parte de baixo. Funcion�rios de um posto de gasolina ficaram assustados com o fogo. Os passageiros sa�ram ilesos.
O chassi do �nibus incendiado, de prefixo 10701, que pertencia � Via��o Jardins (empresa do grupo Saritur) era o Mercedes-Benz O-500 MA, modelo predominante entre os 192 �nibus articulados do Move. O coletivo estava nas ruas desde o primeiro dia de opera��o do BRT, em 8 de mar�o. Antes de pegar fogo na linha 61, chegou a rodar em outras linhas, como a 82 (Esta��o S�o Gabriel/Savassi via Hospitais), 83D (S�o Gabriel/Centro – direta) e 83P (S�o Gabriel/Centro – paradora), sendo usado ainda, depois da inaugura��o das esta��es Pampulha e Vilarinho, na linha 51 (Esta��o Pampulha/Centro/hospitais).
Procuradas pela reportagem, Mercedes-Benz e Saritur disseram ainda n�o ter recebido o laudo a respeito do inc�ndio.
Hist�rico
Em 7 de mar�o – um dia antes do in�cio da opera��o do BRT da capital –, o Estado de Minas registrou a realiza��o de testes de refrigera��o em um �nibus articulado Mercedes-Benz O-500 MA do Move, ainda na f�brica da Marcopolo, para evitar casos de superaquecimento. A avalia��o ocorreu depois de falha que paralisou parte da frota do Transoeste, primeiro corredor do transporte r�pido por �nibus do Rio de Janeiro. Na �poca, a explica��o dada pelo fabricante de chassi foi de que o corte da grama ao longo da margem das pistas percorridas por ve�culos do BRT e o compressor do ar-condicionado levavam ao aquecimento do radiador e do compartimento do motor, respectivamente.