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Estado de Minas

Ibama apura se on�a � respons�vel por ataques a animais em Betim

H� den�ncias de que felino matou duas potras mangalarga marchador e galinhas de fazendas da regi�o. Ibama acompanha de sete a 10 ocorr�ncias de presen�a desses bichos em �reas residenciais por ano


postado em 11/09/2014 11:47 / atualizado em 11/09/2014 15:16

Uma das potras mortas na Fazenda do Sino, em Betim (foto: Elisa Botelho)
Uma das potras mortas na Fazenda do Sino, em Betim (foto: Elisa Botelho)
Moradores da zona rural de Betim, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, est�o aterrorizados com a suspeita da presen�a de uma on�a parda na vegeta��o. O animal matou, nos �ltimos dias, duas potras mangalarga marchador e galinhas de fazendas da regi�o. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama) est� ciente dos ataques e vai enviar uma equipe t�cnica � regi�o. Segundo o �rg�o, somente nos �ltimos 20 dias foram registrados tr�s casos de animais silvestres em �rea de fazendas na Grande BH. Por ano, s�o acompanhados pelo Ibama de sete a 10 ocorr�ncias de presen�a desses bichos em �reas residenciais ou ataque a animais dom�sticos.

A empres�ria Elisa Botelho conta que a on�a est� circulando na regi�o do Bairro Marimb�, perto de Vian�polis. Ela mora na Fazenda do Sino e cria cavalos para o haras da fam�lia. O primeiro ataque aconteceu na madrugada do dia 29 de agosto e o segundo, na �ltima sexta-feira. “Tudo indica que on�a apareceu no pasto das potras. Reparei que uma havia desaparecido. Encontrei esta potra machucada bem em frente � casa da fazenda a cerca de 100 metros da porta”, relata. Segundo Botelho, um funcion�rio relatou que viu um animal grande durante a manh�, momento em que os cachorros da fazenda latiram muito. A pequena �gua teve ferimentos nas pernas, pesco�o e uma orelha foi arrancada.

Imagens das pegadas foram enviadas para o Ibama (foto: Elisa Botelho)
Imagens das pegadas foram enviadas para o Ibama (foto: Elisa Botelho)
A empres�ria reuniu funcion�rios e foi em busca de sinais do animal, com a suspeita de ser uma on�a. Eles encontraram pegadas no entorno da fazenda e resolveram denunciar o caso para a Pol�cia Ambiental. Com medo, a propriet�ria do haras passou a manter os equinos presos durante a noite e madrugada, o que est� prejudicando o manejo e manuten��o dos animais. Mesmo com a medida de seguran�a, ocorreu um novo ataque. Da primeira vez, Botelho perdeu uma potra mangalarga marchador de seis meses e da segunda vez, um animal de nove meses. Ela relata que a morte das �guas � um preju�zo enorme para o haras, al�m de deixar moradores com medo na regi�o.

Segundo a empres�ria, vizinhos relataram o ataque da suposta on�a a galinhas. A empres�ria teme n�o s� pela seguran�a de moradores de fazendas e condom�nios residenciais da regi�o, mas tamb�m pela vida do animal silvestre que est� rondado a �rea.

Ibama

O analista ambiental do N�cleo de Fauna Silvestre do Ibama, Junio Augusto Silva, afirma que o �rg�o j� est� ciente do caso em Betim. Al�m dessa ocorr�ncia, est�o acompanhando den�ncias em Hon�rio Bicalho e Confins. O Ibama est� agendando uma visita ao trecho de Vian�polis para instalar c�meras que v�o monitorar a fazenda � noite, com inten��o de registrar movimenta��o da on�a. Conforme o t�cnico, pelo relatos de moradores, tudo indica que seja uma on�a parda.

Por enquanto, o que o Ibama faz � sugerir aos propriet�rios de animais que mantenham os bichos presos durante a noite em �reas fechadas. “Geralmente os felinos agem em per�odo noturno. N�o fazem a busca de alimento em per�odo diurno. Ap�s 18h, os donos devem proceder com o recolhimento de animais”, avisa.

Conforme o analista, a apari��o de on�as � muito comum em �reas urbanas e rurais cercadas por vegeta��o de cerrado na Grande BH. “A presen�a desses animais � uma tend�ncia em regi�es lim�trofes com centros urbanos em que haja remanescente de mata nativa. O caso de Betim n�o � isolado, pois ocorre a situa��o no mundo todo. H� registros nos EUA, Canad�, �sia e Europa, o que muda � somente a esp�cie”, afirma Junio Augusto. Segundo ele, a mudan�a de paisagem, quando uma �rea urbana chega a zona de floresta, deixa esses animais sem lugar.

A suspeita de que a on�a de Betim seja parda � por causa das evid�ncias enviadas pelos moradores ao Ibama. S�o fotos dos ferimentos causados nas �guas e pegadas no terreno. Segundo o analista, uma on�a de m�dio a grande porte pode chegar a 40 quilos. Ela estabelece como territ�rio de uso uma �rea de 100 a 150 quil�metros quadrados, onde h� disponibilidade de alimento. Talvez o bicho que ronda fazendas em Betim tenha encontrado mais facilidade em atacar as potras e galinhas das fazendas do que em ca�ar na mata. Conforme Junio Augusto, o felino � um predador de pacas, tatus e cotias, mas pode mudar de h�bitos por uma quest�o de oportunismo.


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