Bandidos obrigam moradores a abandonarem suas casas para traficar em Juiz de Fora

O medo da viol�ncia e da criminalidade est� obrigando v�rias fam�lias a deixarem suas casas, localizadas em conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, em Juiz de Fora, Zona da Mata. Nesta semana, a Caixa Econ�mica Federal notificou a Pol�cia Civil de Minas Gerais sobre reclama��es feitas por moradores, que est�o sendo expulsos por traficantes, que usam as moradias para traficar e fazer festas.

De acordo com o delegado respons�vel pelo caso, Rodolfo Ribeiro Rolli, as investiga��es sobre o caso tiveram in�cio h� dois meses, j� que o local � conhecido como o mais violento da cidade e t�m altos n�veis de homic�dios e crimes relacionados ao tr�fico de drogas. Por�m, com o of�cio da Caixa, a investiga��o se torna ainda mais consistente.

Os trabalhos da pol�cia apontam que muitas fam�lias est�o vendendo suas casas sem contrato e a "pre�o de banana", para escapar das amea�as. Por�m, os cidad�os que resistem s�o obrigados pelos traficantes a deixar os seus lares. “Temos policiais infiltrados no local e informantes para que possamos encontrar os envolvidos. N�s precisamos ter cuidado, porque se trata de um local muito violento, e em caso de sermos identificados, eles podem reagir e matar inocentes”, disse o delegado Rodolfo.

Conforme o delegado, o local destinado pelo Governo Federal para as fam�lias beneficiadas pelo programa est� abandonado e n�o existem pra�as ou escolas na �rea. No ano passado, a regi�o foi palco de um b�rbaro homic�dio, quando um jovem foi morto a pauladas. “N�s j� temos todo o embasamento para prender os traficantes envolvidos. Estamos apenas levantando mais informa��es, j� que temos fotos e v�deos que contribuem com a investiga��o. Vou conversar pessoalmente com o juiz, para que possamos efetuar a pris�o preventiva destes criminosos”, disse o delegado.

Conforme a 3° Delegacia de Pol�cia Civil de Juiz de Fora, cerca de 600 fam�lias vivem atualmente na �rea. Ainda de acordo com o delegado, o inqu�rito j� est� instaurado e nos pr�ximos dias ser�o feitas as primeiras pris�es.