C�pia do laudo do Instituto de Criminal�stica da Pol�cia Civil que circulou nessa segunda-feira confirma erros de projeto na constru��o do viaduto Batalha dos Guararapes e indica equ�voco tamb�m na execu��o da obra, confirmando informa��es que o Estado de Minas havia antecipado no fim de agosto. O presidente do Instituto Brasileiro de Avalia��es e Per�cias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape), Frederico Correia Lima Coelho, teve acesso ao documento de 81 p�ginas, sendo tr�s de conclus�o. Segundo ele, a per�cia aponta que o desabamento tem rela��o com a pouca quantidade de a�o em arma��es de concreto e poderia ter sido evitado em v�rios momentos.
Os peritos da pol�cia conclu�ram ainda que os erros n�o foram verificados em momento algum, nem na revis�o do projetista, nem na fiscaliza��o da Prefeitura de Belo Horizonte, muito menos pela construtora. “Em algum desses momentos, isso poderia ter sido sanado e n�o foi. Mas o documento tamb�m n�o fala que era preciso fiscalizar”, diz o presidente do Ibape. “A responsabilidade t�cnica � do projetista, mas, dependendo do caso, pode ser necess�ria fiscaliza��o. Normalmente, em projeto de grande porte se faz isso, mas n�o necessariamente � obrigat�rio”, completa.
A investiga��o refor�a ainda argumento da empresa respons�vel pelo projeto, a Consol, de que houve tamb�m falhas de execu��o na obra. Um dos problemas envolve os sistemas de protens�o (t�cnica que confere mais resist�ncia ao concreto, usando cabos de a�o), conforme divulgou tamb�m o EM, em 30 de agosto. O engenheiro Maur�cio Lana, presidente da Consol Engenheiros e Consultores, argumentou na �poca que a protens�o n�o poderia ser executada com as janelas abertas (espa�os abertos no tabuleiro para auxiliar o acesso � estrutura interior do elevado). Havia 42 dessas aberturas na al�a sul, feitas em desacordo com o projeto, segundo os respons�veis, que informaram terem previsto apenas duas aberturas na parte inferior do tabuleiro.