
Minas Gerais vem sofrendo por causa do tempo seco e a incid�ncia de queimadas. Militares do Corpo de Bombeiros combatem pelo menos dois inc�ndios de grandes propor��es na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, nesta ter�a-feira. No Instituto Inhotim, em Brumadinho, as chamas atingem uma �rea de Reserva Particular do Patrim�nio Natural (RPPN) na parte alta onde h� nascentes e mata atl�ntica. Os focos correm o risco de atingir o parque. J� na Serra da Moeda, o fogo amea�a nascentes, monumentos hist�ricos e at� resid�ncias.
Desde a manh� desta ter�a-feira, homens do Corpo de Bombeiros e brigadistas da Associa��o Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) fazem o combate na Serra da Moeda. A a��o � feita em duas frentes. Em uma �rea, aproximadamente 11 militares tentam preservar monumentos hist�ricos e nascentes. Em outro ponto, 20 homens e brigadistas da AMDA combatem uma linha de fogo que amea�a resid�ncias.
A vegeta��o da Serra da Moeda vem sendo atingida por inc�ndios desde meados de agosto. O �ltimo aconteceu na sexta-feira passada. A extensa linha de fogo se formou em uma �rea pr�xima ao condom�nio Retiro do Chal�, em Nova Lima, tamb�m na regi�o metropolitana. Naquela ocasi�o, havia 16 focos de inc�ndio na �rea, alguns amea�ando resid�ncias.
A situa��o tamb�m � cr�tica no Instituto Inhotim. Desde a noite de segunda-feira os brigadistas do parque monitoravam um foco que est� ao redor do local. Por�m, durante a noite, o fogo entrou para a �rea de preserva��o. “Devido � incid�ncia do vento e o tempo muito seco, o fogo acabou pulando para o Inhotim e atingiu uma dimens�o muito grande. Isso ocasionou uma situa��o muito ruim, pois foi para a parte alta da reserva”, afirma Joaquim de Ara�jo Silva, diretor do jardim bot�nico do Inhotim.
Desde cedo, pelo menos 10 brigadistas est�o mobilizados no combate, mas a situa��o segue fora de controle. “Realmente requer um esfor�o sobre-humano eu diria. � um retrato do que est� acontecendo com o tempo seco em v�rios pontos do estado”, explica Joaquim de Ara�jo Silva. Segundo ele, o fogo atinge fragmentos de mata atl�ntica que abriga v�rias nascentes. “Elas des�guam no Rio Manso, que � um importante manancial da Copasa que abastace, por exemplo, a Regi�o Oeste de BH”. Funcion�rios afirmam que as chamas amea�am a entrar no parque, por�m, isso ainda n�o aconteceu. O foco est� em um terreno distante da �rea de visita��o.
A superintendente executiva da AMDA, Dalce Rica, alerta que a situa��o est� cr�tica em todos o estado. “Estamos com v�rios focos de inc�ndio e unidades de conserva��o. A situa��o est� parecida com 2011”, comentou. Segundo ela, todas as aeronaves do governo est�o empenhados nos combates. “Recebi a informa��o de que os nove avi�es air tractor e os helic�pteros est�o nos trabalhos. Mas, n�o sei se ser� suficiente”, alerta.