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Estado de Minas

Vizinhos do viaduto implodido temem demora na volta para casa

As fam�lias deveriam retornar aos lares no domingo, mas a execu��o de reparos no local est� atrasada


postado em 19/09/2014 00:12 / atualizado em 19/09/2014 07:23

Junia Oliveira

Senita Alves, moradora do Antares, mostra um tapume de papelão improvisado
Senita Alves, moradora do Antares, mostra um tapume de papel�o improvisado "N�o vejo a hora de voltar para casa, mas como?" (foto: Rodrigo Clemente/EM DA Press)

Volta para o lar s� com a casa arrumada. Vizinhos do viaduto Batalha dos Guararapes, implodido no domingo na Avenida Pedro I, no Bairro Planalto, na Regi�o da Pampulha, em Belo Horizonte, deixaram casas e apartamentos um dia antes de o elevado vir abaixo com promessa de retorno depois de amanh�. Esse � o prazo previsto para a conclus�o dos trabalhos de demoli��o da al�a norte e limpeza da �rea. Moradores temem que os reparos aos danos causados pela implos�o n�o terminem no mesmo per�odo e avisam que n�o retornam enquanto tudo n�o estiver limpo e consertado. A Defesa Civil informou ontem que a previs�o � liberar a Pedro I ao tr�fego na segunda-feira. Foi oferecida hospedagem de uma semana a moradores de im�veis localizados num raio de 50 metros do extinto viaduto.

Somente dos edif�cios Savana e Antares, os mais pr�ximos, sa�ram 117 fam�lias. No domingo, dia da implos�o, eles eram os mais vulner�veis a vibra��es e a serem atingidos por estilha�os de concreto e a�o. E, ao longo desta semana, a perturba��es causadas pelo barulho da obra de demoli��o, que est� usando maquin�rios com tecnologia de ponta, mas que trazem desconforto nesses aspecto. Dois hot�is, um no Bairro S�o Crist�v�o, na Regi�o Nordeste de BH, e outro no Itapo�, na Pampulha, foram pagos pela Cowan, construtora respons�vel pela obra do elevado e estar� dispon�vel at� a remo��o total dos entulhos.

V�rios apartamentos, principalmente aqueles que estavam de frente para o viaduto, tiveram os vidros das janelas quebrados, avaria que j� era esperada por causa do deslocamento de ar no momento da implos�o. Tamb�m foram danificadas portarias dos pr�dios. A Construtora Cowan informou, por meio da assessoria de imprensa, que no mesmo dia da implos�o os vidraceiros contratados pela empresa come�aram os trabalhos de medi��o das janelas. E garantiu que, at� domingo, tudo estar� trocado.

Os moradores contestam. S�ndica do bloco 3 do edif�cio Antares e representante dos moradores na comiss�o formada para discutir a situa��o judicialmente, Adelaide de Jesus acredita que antes de 15 dias n�o ser� poss�vel terminar a instala��o de todos os vidros. “O acordo assinado na Justi�a � muito claro, de que temos de voltar com tudo limpo e arrumado. No ritmo que est�, n�o ser� poss�vel fazer tudo em tr�s dias”, diz. “Como ficaremos sem vidros nos apartamentos e nas portarias? As pessoas n�o sair�o dos hot�is enquanto n�o estiver tudo pronto.”

Vizinhos confirmam que em v�rios apartamentos, ao contr�rio do que afirma a Cowan, foi feita sequer a medi��o para a instala��o dos vidros. Pelo condom�nio, cacos de vidros ainda est�o por toda parte. A aut�noma Senita Meireles de Oliveira Alves, de 43, tamb�m moradora do Antares, estava revoltada ontem. Na casa dela, s� sobrou o vidro do banheiro, tendo sido estilha�ados o da cozinha, sala e quartos. “N�o vejo a hora de voltar para casa, mas como?”, questiona. Na sala, onde ser� preciso trocar toda a esquadria de alum�nio, que foi estourada com o impacto, a previs�o � de o servi�o ser conclu�do entre 30 e 45 dias. Por enquanto, um tapume de papel�o pregado na parede serve de improviso.

PLANEJAMENTO Senita cobra planejamento para que ningu�m fique prejudicado. “Tinham que come�ar num bloco e termin�-lo por completo e n�o ficar fazendo picado, sem qualquer crit�rio. Tem gente perdendo dia de servi�o para abrir a casa aos vidraceiros e at� hoje n�o teve a janela nem medida”, disse. Ela conta que anteontem o marido precisou brigar para que trocassem os vidros dos quartos. “Falta organiza��o. Em alguns apartamentos os funcion�rios da prefeitura est�o fazendo limpeza, sendo que o combinado foi que eles fariam apenas da �rea externa.”


A dona de casa Fab�ola Amaral da Silva, de 36, tamb�m est� em hotel com os filhos de 2 e 6 anos e o marido. Uma van leva e busca as crian�as na escola. Ela diz que est� tendo todo apoio na hospedagem, mas n�o v� a hora de retomar a rotina. “Tenho nada para reclamar daqui, mas quero minha casa de volta”, diz, sem acreditar que conseguir� voltar no domingo.
A gar�onete Josiane Paulina de Paula, de 25, mora numa das casas geminadas, vizinhas ao local onde antes existia o viaduto e tamb�m foi para o hotel com filho, marido, irm� e a m�e. A maior dificuldade est� sendo o transporte. Elas trabalham no Planalto, para onde iam a p�, e, agora, t�m de pegar t�xi para sair do Bairro Itapo� e chegar ao emprego. “Falaram que teria uma van para atender este hotel tamb�m, mas n�o tem. Aqui � bom, mas a gente fica muito preso, n�o tem a liberdade de casa.”


A Cowan tamb�m foi procurada para informar em qual etapa est� o trabalho de demoli��o das ferragens e do concreto do viaduto e da remo��o de entulhos, mas, at� o fechamento desta edi��o, n�o havia respondido � solicita��o.


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