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Estado de Minas

Ilumina��o prec�ria deixa inseguros frequentadores da Pra�a da Liberdade

Quem vai ao espa�o de lazer durante o dia se encanta com a beleza e a tranquilidade do espa�o, mas � noite, o medo toma conta do local


postado em 20/09/2014 06:00 / atualizado em 20/09/2014 09:41

Jéssica tem medo de passear à noite na praça e procura evitar os pontos mais escuros quando caminha com seu cão(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
J�ssica tem medo de passear � noite na pra�a e procura evitar os pontos mais escuros quando caminha com seu c�o (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Um dos pontos de lazer mais agrad�veis de Belo Horizonte, frequentado diariamente por um grande n�mero de moradores da capital e por turistas, a Pra�a da Liberdade vive uma realidade de contraste. Durante o dia, � um local convidativo e seguro, que encanta os visitantes. � noite, por causa da ilumina��o deficiente em algumas �reas e da presen�a de usu�rios de drogas, traz inseguran�a e medo para quem gosta de caminhar pelo local ou simplesmente quer conversar e se distrair. “N�o venho sozinha aqui � noite”, conta a projetista J�ssica Thais, de 23 anos, que mora pr�ximo e depois que chega da faculdade, por volta das 22h, costuma levar o c�o Sebastian, um golden retriever, para passear. “O Sebastian, mesmo extremamente d�cil, imp�e um certo respeito. Ainda assim, evito os locais escuros”, completa a jovem.


Quem frequenta a Pra�a da Liberdade � noite afirma que � comum ver casais trocando car�cias exageradas e gente consumindo drogas. O problema se concentra principalmente na alameda ao lado da fonte desativada, local preferido pelos casais e dependentes qu�micos. O malabarista Dennis Kemp, de 28, participa nas noites de segunda-feira do encontro do circo e diz que o problema de ilumina��o � s�rio. “O espa�o fica limitado pela pouca ilumina��o. Somente perto do coreto h� mais luzes. � noite, a pra�a fica escondida. Deveriam fazer como na Pra�a do Papa, que agora est� bem iluminada," sugeriu o artista circense.

V�deo mostra situa��o da pra�a � noite. Veja:



Al�m da via interna ao lado da fonte, onde a pouca ilumina��o fica escondida pela vegeta��o, nas extremidades da pista de cooper s�o pelo menos quatro pontos escuros. Como a pista fica na �rea externa, perto das ruas, ainda se pode contar com a ajuda dos far�is dos ve�culos. Mesmo assim, os grupos que frequentam a pra�a � noite, preferem se reunir pr�ximo do coreto, como disse Dennis, onde a ilumina��o � melhor. Assim, evitam surpresas desagrad�veis.

ACONCHEGO E CALMA


Durante o dia e at� pouco depois das 21h, a pra�a � uma regi�o alegre, democr�tica e livre do medo. Pais e m�es levam os filhos para brincar, casais conversam nos bancos e m�sicos se apresentam no meio das alamedas. Idosos amparados por cuidadores ou em cadeiras de rodas, apoiados por parentes, aproveitam o sol do come�o da manh� ou do fim da tarde. Nestes hor�rios, o maior movimento � de quem procura se exercitar e usa a pista de caminhada da pra�a para caminhar ou andar de bicicleta.

“A Pra�a da Liberdade � a �nica da cidade que o Chico consegue falar o nome, do jeito dele”, orgulha-se o arquiteto e urbanista Bruno Lage da Silveira, de 38, que acabara de buscar o filho Francisco, de 2 anos, na escola. Com o cabelo pintado de roxo, o menino circulava de um canto a outro, com familiaridade. “Venho aqui desde a minha inf�ncia, quando se fazia aqui a feira hippie. A pra�a ainda est� limpa e o paisagismo � perfeito, mas a ilumina��o externa tornou-se prec�ria. � noite est� um pouco escuro”, alerta Bruno.

Assentados no meio-fio, estudantes da Escola Guignard eram desafiados a tra�ar no papel o alinhamento das palmeiras imperiais, os desenhos dos canteiros, a configura��o dos pr�dios antigos. “H� 23 anos trago as turmas para c�, por se tratar de uma paisagem urbana apraz�vel e rica em elementos arquitet�nicos”, afirma o professor de desenho da paisagem Ab�lio Abdo. “Era para fazer um exerc�cio determinado, mas acabei me soltando”, contou a aluna Jade In�cia Rodrigues Martins, inspirada.

Perto dos alunos da Guignard, m�e e filha observavam outros detalhes da pra�a. Herc�lia Machado, de 90 anos, na cadeira de rodas, recebia o carinho da filha, a funcion�ria p�blica Martha Machado. “Antes, a pra�a era mais florida. Sinto falta das hort�nsias, com folhas parecidas com couves”, lembrou a m�e. Com delicadeza, Martha ressalva que ainda n�o � temporada de hort�nsias.

RESPONSABILIDADE

Segundo a Vale, que adotou a pra�a em 1991, a ilumina��o no entorno n�o � de sua responsabilidade. Neste caso, os cuidados com a manuten��o das lumin�rias caberiam � Cemig. A concession�ria de energia, ao ser informada do problema, comunicou que ir� fazer uma fiscaliza��o noturna para identificar os pontos mais escuros nos arredores da pra�a.

Para o tenente-coronel Helbert Figueir�, comandante do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar, embora n�o tenha havido aumento no n�mero de ocorr�ncias de crimes na �rea, o clima de inseguran�a pode ser explicado pelo n�mero de dependentes qu�micos que acampam na Pra�a da Liberdade e nas imedia��es da Biblioteca P�blica Luiz de Bessa. “A simples presen�a deles gera apreens�o nas pessoas, que se sentem inseguras de frequentar a pra�a. Muitos constrangem os visitantes ao pedir dinheiro”, afirma o militar, lembrando que a pol�cia tem pouco a fazer em rela��o a este problema social.

Na companhia da filha Martha, dona Hercília machado, de 90 anos, gosta de admirar a beleza dos jardins e se lembra das hortênsias, uma de suas flores favoritas na praça da liberdade(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Na companhia da filha Martha, dona Herc�lia machado, de 90 anos, gosta de admirar a beleza dos jardins e se lembra das hort�nsias, uma de suas flores favoritas na pra�a da liberdade (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 


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