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Estado de Minas DRIBLE NA SEGURAN�A

Viol�ncia no Mineir�o exp�e falha na revista e dificuldade de evitar confrontos

Pol�cia Militar diz que vai analisar estrat�gia adotada em dias de cl�ssico


postado em 23/09/2014 06:00 / atualizado em 23/09/2014 07:06

Segurança tentou conter torcedores do Cruzeiro que queriam derrubar grade que separava torcidas(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Seguran�a tentou conter torcedores do Cruzeiro que queriam derrubar grade que separava torcidas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Depois dos casos de viol�ncia dentro e fora do Mineir�o durante o jogo entre Cruzeiro e Atl�tico, a Pol�cia Militar vai discutir a estrat�gia da corpora��o em dias de cl�ssico. Embora tenha defendido o planejamento e a atua��o de policiais, a coronel Cl�udia Romualdo, chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), disse ontem que analisar� os procedimentos adotados antes, durante e depois da partida e encaminhar um balan�o de todas as ocorr�ncias ao Minist�rio P�blico. No domingo, quatro atleticanos foram baleados enquanto esperavam �nibus no Centro e torcedores dos dois times – segundo a PM – usaram bombas nas arquibancadas, entre outros casos graves.

“N�o d� para dizer agora o que pode mudar em rela��o � atua��o do policiamento preventivo, mas nos preparamos para cada evento visando atender suas caracter�sticas”, afirmou a comandante. Ela reconheceu que os tiros contra atleticanos em frente ao Batalh�o da Rotam, na Avenida do Contorno, “extrapolaram” as medidas preventivas preparadas pela PM, mas criticou integrantes de torcidas organizadas que saem de casa com o objetivo de entrar em confronto e ressaltou que a seguran�a em eventos desse porte s�o responsabilidade de v�rios �rg�os.

Na área reservada a atleticanos PMs usaram força contra alguns alvinegros(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Na �rea reservada a atleticanos PMs usaram for�a contra alguns alvinegros (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


“Fizemos nossa parte. Houve planejamento preventivo, com medidas de seguran�a, como a escolta de integrantes de torcida organizada, mas uma a��o isolada resultou em quatro pessoas baleadas”, disse. “Se integrantes de torcidas organizadas saem de casa com o prop�sito de brigar, at� marcando confrontos pela internet, n�o h� como cercar tudo, nem triplicando o efetivo (policial). Isso, evidentemente, � um problema que envolve v�rios �rg�os e a PM � s� um deles”, completou. O Minist�rio P�blico informou que o promotor Fernando Abreu, que vai acompanhar o caso, s� vai se manifestar depois que receber os boletins de ocorr�ncias da PM.

Ontem, o delegado Marcelo Paladino, da Delegacia Regional Centro, que investiga a tentativa de homic�dio contra os quatro atleticanos, identificou o dono de um ve�culo Gol, de cor vermelha, de onde teriam partido os tiros. Depois que a PM descobriu o endere�o do suspeito, agentes da Pol�cia Civil foram ao local e prenderam a irm� do homem, que tinha mandado de pris�o contra ela. Policiais esperam que o suspeito se apresente nos pr�ximos dias. Eles analisam ainda as imagens das c�meras de seguran�a pr�ximas ao lugar do crime em busca de novas pistas.

No est�dio Al�m dos tiros disparados contra atleticanos e brigas ocorridas no Centro da cidade antes do jogo, o lan�amento de bombas por parte de torcedores nas arquibancadas exp�s tamb�m dificuldades da PM e da Minas Arena, cons�rcio que administra o Mineir�o, de evitar confrontos dentro do est�dio. Para o professor e coordenador do Centro de Pesquisa em Seguran�a P�blica da Pontif�cia Universidade Cat�lica de Minas Gerais (PUC-Minas), Lu�s Fl�vio Sapori, a entrada de torcedores organizados com bombas de fabrica��o caseira, fogos de artif�cio e at� um soco ingl�s indica que houve falha na seguran�a, incluindo o trabalho de revista, sob responsabilidade do administrador do est�dio.

Torcedores que foram ao jogo tamb�m cobram a��es de seguran�a mais efetivas durante a partida. “No primeiro tempo, j� v�amos as bombas e sinalizadores serem lan�ados. Como podemos ir � pr�xima partida sem sentir medo?”, reclama o estudante Fernando Lamounier Ferreira, de 22 anos. Segundo ele, a revista feita na entrada do Mineir�o foi “normal” e, como tal, n�o poderia ter permitido a entrada de alguns torcedores com objetos proibidos. Por meio de nota, a Minas Arena n�o explicou problemas na revista e limitou-se a informar que “a seguran�a compartilhada do Mineir�o, feita pela Pol�cia Militar e empresa de seguran�a privada do est�dio, permitiu que os torcedores respons�veis por praticar atos de viol�ncia fossem rapidamente identificados e os infratores detidos”, diz o texto.

Especialista v� reflexo da viol�ncia urbana

Para especialistas, os casos de viol�ncia como os ocorridos domingo s�o reflexo da viol�ncia urbana. O professor e coordenador do Grupo de Estudos Sobre Futebol e Torcida da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Silvio Ricardo da Silva, considera que a situa��o s� melhorar� com puni��o aos torcedores que se envolverem em conflitos e com projetos educacionais. “A rivalidade pode existir, mas n�o pode haver viol�ncia. Ir at� �s salas de aula � uma forma das novas gera��es n�o se acostumarem com esse tipo de coisa. O futebol mineiro est� em uma boa situa��o nos �ltimos tempos e n�o pode haver esse tipo de postura.” Para o professor e coordenador do Centro de Pesquisa em Seguran�a P�blica da Pontif�cia Universidade Cat�lica de Minas Gerais (PUC-Minas), Lu�s Fl�vio Sapori, a viol�ncia revela um fen�meno de inseguran�a. “Mesmo com todos os esfor�os de conter esse tipo de atitude, essa viol�ncia persiste. Principalmente, em fun��o do aumento no tr�fico de drogas e prolifera��o indiscriminada do uso de armas”, comentou.


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