
O assistente administrativo Marcel Barbosa dos Santos, de 31 anos, que ficou conhecido como “Tarado do Dona Clara” depois de abusar de 11 mulheres e temtar estuprar uma adolescente na Pampulha, foi condenado pela Justi�a. O homem pegou 29 anos de pris�o em regime inicial fechado. Entre as v�timas est�o adolescentes menores de 14 anos. A decis�o do juiz Lu�s Augusto C�sar Pereira Monteiro Barreto Fonseca ainda cabe recurso.
A atua��o do man�aco come�ou a ser investigada depois que um estudante criou uma campanha nas redes sociais denunciando que um estuprador agia no Bairro Dona Clara. O cartaz divulgado na internet informava o registro de dez ataques em tr�s dias. Os relatos das v�timas indicava que o homem agia, principalmente, nas imedia��es de uma escola particular e outra municipal do bairro. Circulando de moto, ele abordava as v�timas, as segurava pelo bra�o e passava a m�o nas partes �ntimas delas.
Na den�ncia do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), o promotor Renato Bretz Pereira afirmou que, somente em um dia, no curto espa�o de 20 minutos, ele atacou quatro garotas, de 12, 13, 16 e 17 anos, no come�o da manh�, quando seguiam para a escola, no Bairro Dona Clara. Em tr�s casos ele agiu da mesma forma: se aproximou das v�timas em uma motocicleta e as pegou pelas costas. Depois de imobiliz�-las, passou as m�os nas partes �ntimas das v�timas. No mesmo bairro, mas em outra data, ele atacou outra adolescente, de 15 anos. Os outros crimes ocorreram nos bairros Jaragu� (tr�s v�timas de 16, 17 e 21 anos); no Liberdade (uma de 17); e no Ouro Preto (uma jovem de 19 anos).
Marcel foi preso em um pr�dio residencial na Avenida Isabel Bueno, no Bairro Santa Rosa, na noite de 29 de outubro de 2013. Ele admitiu os abusos, mas foi liberado por n�o haver flagrante e nem mandado de pris�o em aberto. No dia seguinte, o homem foi preso novamente mediante um mandado de pris�o tempor�ria expedido pela Justi�a. O promotor Renato Bretz Pereira denunciou o assistente administrativo por 12 estupros.
Ao proferir a senten�a, o juiz Lu�s Barreto considerou a semi-imputabilidade do r�u, quando a pessoa n�o � inteiramente capaz de compreende a gravidade dos crimes, como tamb�m a sua confiss�o espont�nea. Por isso, reduzindo em 1/3 as penas aplicadas.
Mesmo o assistente administrativo sendo r�u prim�rio e possuir resid�ncia fixa, o juiz determinou que ele continuasse preso, pois poderia “abalar a tranquilidade social da comunidade, afetar a ordem p�blica, gerando revolta e como��o na sociedade”. Tamb�m considerou que a soltura levaria risco para a aplica��o da lei penal, “visto que n�o pode ser descartada a hip�tese de fuga, tendo em vista o regime e o quantum das penas aplicadas”.