
A delegada respons�vel pela investiga��o n�o divulgou o teor dos depoimentos colhidos at� o momento, com o objetivo de preservar a investiga��o. A pol�cia come�ou a ouvir as testemunhas em 12 de setembro, dois dias depois do acidente. Os primeiros a serem chamados foram dois ex-funcion�rios da mineradora, a engenheira de seguran�a do local, e o funcion�rio Geraldo Matozinhos Moreira, de 42, que sobreviveu � trag�dia.
Conforme a Pol�cia Civil, o trabalho de per�cia t�cnica na empresa Herculano j� foi encerrado, mas de acordo com a investiga��o, o servi�o pode ser novamente acionado pela delegada. O conte�do apurado pelos peritos at� o momento tamb�m n�o foi divulgado. O Corpo de Bombeiros trabalhou durante 15 dias para encontrar o �ltimo oper�rio soterrado, mas a a��o foi encerrada por falta de seguran�a. Familiares da v�tima desaparecida foram comunicados sobre a decis�o e receberam acompanhamento psicol�gico.
No �ltimo dia 25, a Mineradora Herculano divulgou nota parta informar que canais subterr�neos origin�rios de um fen�meno geol�gico raro, conhecido como "invers�o de relevo", podem ter levado ao rompimento da barragem B1. O levantamento foi feito pela consultoria Brandt Meio Ambiente a pedido da Herculano Minera��o. Conforme a mineradora, o relat�rio aponta ainda a necessidade de estudos mais aprofundados na �rea explorada.
Ainda em setembro, a Justi�a de Itabirito, decidiu pelo bloqueio dos bens da Minera��o Herculano. O decreto atendia o pedido de uma a��o cautelar do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) para garantir a indeniza��o e a recupera��o dos danos causados pela trag�dia.
Novo procedimento
Nesta ter�a-feira, a Mineradora Herculano informou que adquiriu um radar australiano que vai monitorar toda a �rea das barragens B1, B2 e B3, na Mina do Sapecado. De acordo com a empresa, o sistema permite o controle milim�trico de qualquer movimenta��o dos taludes e indica a evolu��o desses movimentos, alertando com avisos quando h� riscos iminentes.
Ser�o implantados os sistemas de instrumenta��o permanente dos taludes, a realiza��o de obras emergenciais, como o refor�o e o desassoreamento das barragens, e a an�lise geot�cnica refinada das condi��es atuais dos taludes.