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Estado de Minas

Tempo seco e queimadas formam nuvem de fuma�a sobre Belo Horizonte

Cobertura de part�culas s�lidas proveniente de inc�ndios forma camada cinza no horizonte da cidade. Bombeiros explicam que at� fogos de artif�cio pioram a situa��o. Meteorologista afirma que somente a chuva pode resolver o problema


postado em 13/10/2014 08:40 / atualizado em 13/10/2014 11:00

Internauta Leonardo Soares registrou o horizonte da capital na tarde de domingo, com muita fumaça(foto: Leonardo Soares/Divulgação)
Internauta Leonardo Soares registrou o horizonte da capital na tarde de domingo, com muita fuma�a (foto: Leonardo Soares/Divulga��o)


Belo Horizonte sofre com os efeitos do forte calor e da polui��o causada pelos inc�ndios. No fim de semana, uma camada de fuma�a cobriu diferentes pontos da cidade e ainda p�de ser observada nesta segunda-feira, especialmente nas primeiras horas da manh�. Segundo a meteorologia, s� a chuva pode amenizar o problema, mas ela n�o deve chegar � regi�o antes do dia 20 de outubro. Enquanto isso, BH continua com as temperaturas altas e umidade baixa nesta semana. 

Conforme o capit�o Tiago Miranda, do Corpo de Bombeiros, o fim de semana foi um dos piores nos �ltimos meses em rela��o �s queimadas por causa do alto n�mero de focos em �reas de vegeta��o. Os bombeiros atuaram em combates na Serra do Curral, Serra da Piedade, Parque do Rola Mo�a, entre outros casos. Somente no s�bado, a corpora��o registrou 141 ocorr�ncias de inc�ndio na capital e na regi�o metropolitana, sendo 123 em matas e 18 em lotes vagos.

“Sobrevoamos as regi�es de serra no fim de semana e vimos que vem se formando essa camada – como se fosse uma neblina – sobre a cidade. O resultado dessa nuvem de fuma�a � o aumento do calor e um visual diferente na cidade. Da� v�m outras consequ�ncias, como as doen�as respirat�rias e muita gente que tem alergia”, comenta o capit�o. Segundo ele, o vento deste m�s, apesar de forte, n�o � suficiente para dispersar a fuma�a.

De acordo com Miranda, o feriado do Dia de Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crian�as pode ter piorado a situa��o de inc�ndios na regi�o metropolitana por causa dos fogos de artif�cio que s�o uma tradi��o da data. “Tem a cultura de soltar fogos. Nessas regi�es de mata, o foguete � instrumento que acaba aumentando os inc�ndios. As bolinhas que se soltam e explodem com p�lvora, al�m do pavio em chama, caem em matas e ajudam a propagar inc�ndios. Todo 12 de outubro temos que redobrar a aten��o para os fogos”, relata o bombeiro.

(foto: Leonardo Soares/Divulgação)
(foto: Leonardo Soares/Divulga��o)


EMERG�NCIA “Como n�o chove, come�amos a sentir a influ�ncia direta do tempo seco, da umidade baixa e, l�gico, do ac�mulo de poluentes perto da superf�cie. O que pode dissipar isso � somente a chuva. Pode estar ventando, mas (a camada) permanece perto dos centros urbanos”, explica o meteorologista Heriberto dos Anjos, do Centro de Climatologia Tempo Clima/PUC Minas.


Segundo ele, neste fim de semana, principalmente no domingo, os �ndices de umidade em Belo Horizonte chegaram ao estado de emerg�ncia, segundo a classifica��o da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). Nas regi�es da Pampulha e Oeste, os �ndices chegaram a 15% no in�cio da tarde passada. “No estado de emerg�ncia, determinamos a suspens�o de atividade f�sica entre 10h e 16h. Tamb�m a suspens�o de atividades que envolvam aglomera��o de pessoas, como futebol, shows, qualquer situa��o em que se fique exposto ao sol”.

A temperatura no domingo chegou aos 34,9 graus, por pouco n�o alcan�ando o recorde do dia mais quente do ano, 30 de setembro, quando os term�metros marcaram 35 graus. O recorde de um m�s de outubro foi registrado em 2012, quando a temperatura chegou a 37,1 graus, no dia 30.

Conforme a previs�o do tempo, o al�vio para o calor n�o chegar� t�o cedo. “Infelizmente, nos pr�ximos dias vamos manter essa condi��o por conta da massa de ar quente e seco no Brasil central, impedindo o avan�o de frentes frias na regi�o Sudeste”, explica Heriberto dos Anjos. “Nossa expectativa para os pr�ximos sete dias � que n�o h� previs�o de chuva pelo menos at� dia 20 de outubro. Nos �ltimos 10 dias (do m�s) esperamos que a massa perca a intensidade e que a frente fria chegue para provocar chuvas”.

O meteorologista ressalta que a situa��o � cr�tica em Minas Gerais. Normalmente, a m�dia de chuva para os meses de setembro e outubro somados chega a 160 mil�metros de precipita��o, mas esse �ndice sequer foi alcan�ado neste ano. “N�s vimos de um per�odo chuvoso, de outubro do ano passado a mar�o deste ano, com d�ficit de chuva e este in�cio est� bem parecido com o per�odo chuvoso passado”, afirma. “At� dezembro n�o esperamos um per�odo chuvoso significativo. Pode haver tempestades em algumas �reas da regi�o, mas n�o v�o amenizar quase nada, s�o chuvas r�pidas. Tem que chover de quatro a cinco dias seguidos para recuperar os reservat�rios, como o de Tr�s Marias”.

Per�odo chuvoso

Apesar da seca prolongada, na manh� desta segunda-feira autoridades come�am a discutir a preven��o para o per�odo chuvoso em Belo Horizonte. Nos pr�ximos meses v�o acontecer reuni�es semanais do Grupo Executivo de �reas de Risco (Gear), na PBH, para an�lise dos desafios que a cidade ter� pela frente na temporada de chuva.

T�cnicos do instituto Tempoclima/ PUC Minas far�o uma exposi��o sobre as tend�ncias climatol�gicas para 2014/2015 e o coordenador do Centro de Excel�ncia para a Redu��o do Risco de Desastres do Escrit�rio das Na��es Unidas no Brasil, David Stevens, dar� uma palestra sobre estrat�gia internacional para a redu��o do risco de desastres.

De acordo com a PBH, as a��es preventivas e corretivas desenvolvidas na capital est�o alinhadas com as recomenda��es do Marco de A��o de Hyogo – principal instrumento orientador de redu��o de risco de desastres, adotado por pa�ses membros da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU).

O Gear � composto por secret�rios municipais de Seguran�a Urbana e Patrimonial, Pol�ticas Urbanas, Pol�ticas Sociais, Sa�de, Habita��o, Seguran�a Alimentar e Nutricional e Assist�ncia Social, al�m do presidente da Companhia Urbanizadora e de Habita��o de Belo Horizonte (Urbel), os superintendentes de Desenvolvimento da Capital e de Limpeza Urbana, o diretor-presidente da BHTrans, o coordenador municipal de Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, a Cemig e a Copasa.

Na quarta-feira, o estado tamb�m lan�a, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil o Plano de Emerg�ncia Pluviom�trica (PEP) 2014/2015.


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