
O novo tipo de opera��o � baseado em modelo espanhol. A troca de informa��es com a pol�cia do pa�s europeu foi durante a Copa do Mundo. “Agentes da guarda civil espanhola estiveram aqui e nos orientou a usar carros descaracterizados, como fazem l�”, explica o delegado Anderson Alc�ntara Silva Melo, diretor do Departamento de Tr�nsito de Minas Gerais (Detran-MG).
O delegado admite que a a��o foi adotada por causa da inefici�ncia das blitzes da Lei Seca, prejudicadas pela divulga��o em redes sociais, por meio de aplicativos. “Chamamos isso de contra-informa��o. Trabalhamos com o n�vel de intelig�ncia que est� sendo fomentado, inclusive com o crescimento das redes sociais. Quando � feita a blitz fixa, as pessoas ficam sabendo. Neste novo formato, ningu�m vai saber onde vai haver as blitzes, que chamamos de itinerantes. S�o camufladas.”
O balan�o da Lei Seca divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) mostra a diminui��o do n�mero de infra��es e crimes de tr�nsito. Em 2013, os agentes fizeram 60.206 abordagens, que culminaram em 1.803 infra��es. Outros 569 motoristas foram flagrados cometendo crime de tr�nsito. J� nos �ltimos nove meses, houve 43.457 abordagens, com 306 infra��es e 108 crimes de tr�nsito.
O alvo dos agentes ser� as regi�es de bares, restaurantes, boates e casas de festas. “Os agentes v�o ficar monitorando os locais escolhidos e, quando flagrarem pessoas com sinais de embriaguez, e ela sair com o ve�culo, far�o a abordagem”, diz Anderson Alc�ntara.
A primeira a blitz itinerante, quinta-feira Bairro Prado, onde se concentra grande n�mero de bares e restaurantes, um gar�om e um engenheiro foram autuados por crime de tr�nsito. Os dois pagaram fian�a de R$ 1,2 mil e R$ 3 mil, respectivamente, e foram soltos. Eles v�o responder a processo criminal, al�m de pagar multa R$ 1.915,40, apreens�o do ve�culo por 30 dias e suspens�o do direito de dirigir por 12 meses.
Outros quatro motoristas foram autuados e responder�o apenas de forma administrativa, pois n�o foi constatado crime de tr�nsito. “Queremos chegar ao final do ano com a��es di�rias. Dessa forma, usamos menos policiais do que nas blitzes fixas e podemos estar em v�rios lugares ao mesmo tempo”, diz o delegado. Al�m da blitz itinerante, ser�o realizadas a��es educativas para alertar a popula��o sobre o risco de beber e dirigir. “Hoje, no Brasil, mais da metade dos acidentes com mortes ocorrem por causa de embriaguez ao volante. Se continuar nos n�meros, vamos superar 50 mil mortes no tr�nsito at� o fim do ano.”.