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Estado de Minas

F�ceis de guardar, bicicletas dobr�veis j� s�o campe�s de vendas em algumas lojas de BH

Adeptos alertam para cuidados especiais na hora de andar e de fazer manuten��o


postado em 26/10/2014 06:00 / atualizado em 26/10/2014 07:10

O psicanalista Samir Honorato vai pedalando de casa, no Bairro Santo Antônio, para o trabalho, no Funcionários. Espaço não é problema para a bicicleta(foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press)
O psicanalista Samir Honorato vai pedalando de casa, no Bairro Santo Ant�nio, para o trabalho, no Funcion�rios. Espa�o n�o � problema para a bicicleta (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A.Press)


Elas passam e despertam curiosidade. S�o diferentes das tradicionais, com pneus e guidom mais largos. Mas � o tamanho menor e a versatilidade que t�m levado bicicletas dobr�veis a ganhar cada vez mais espa�o nas ruas de Belo Horizonte. A facilidade de dobr�-las e guard�-las em espa�os pequenos, al�m da possibilidade de lev�-las em qualquer hor�rio no �nibus, metr� ou no t�xi, fazem com que esse tipo de bicicleta seja campe� de vendas em algumas lojas especializadas da capital. Para autoridades de tr�nsito, o aumento no n�mero de pessoas optando pelo transporte alternativo � importante para melhorar a mobilidade na cidade.


Nas contas de Alessandro Borsagli, de 35 anos, dono de um loja de bicicletas na Rua Professor Morais (Bairro Funcion�rios), nove em cada 10 bicicletas urbanas vendidas s�o dobr�veis. “A venda cresceu muito. As pessoas est�o mais interessadas no modelo porque percebem as vantagens”, afirma. As principais diferen�as do modelo s�o as dimens�es e os componentes. O n�mero de marchas pode variar em rela��o �s tradicionais, sendo que as dobr�veis mais comuns t�m de uma a sete marchas (h� marcas com at� 27 marchas, mas com custo mais elevado). Os pneus s�o para asfalto, sem cravos e com poucas ranhuras. Os modelos mais vendidos custam entre R$ 1,1 mil e R$ 1,6 mil.

Apesar das diferen�as, j� que as convencionais t�m mais marchas e dimens�es mais avantajadas (veja arte), a magrela dobr�vel tem bom desempenho nos deslocamentos. “Cada pessoa deve escolher um modelo que atenda � sua necessidade. As dobr�veis s�o indicadas para o transporte na cidade, mesmo em uma cidade com morros, como Belo Horizonte. Al�m disso, h� uma variedade de acess�rios, como cestas, que auxiliam nas compras ou no transporte de objetos”, afirma Alessandro Borsagli.

O empres�rio, ciclista desde a inf�ncia e adepto da bicicleta dobr�vel h� seis anos, diz que o modelo pode ser usado para se exercitar. Mas alerta para algumas restri��es de uso. “Ela � indicada para a cidade, n�o para estradas de terra. Tamb�m � preciso evitar descer meio-fio, pular obst�culos ou passar em buracos para n�o estragas as dobradi�as”, enumera. A compra tamb�m exige cuidado, para evitar pe�as de m� qualidade. “Mais do que pensar nos componentes, como quadro e guidom, o importante � ser exigente com as dobradi�as, para evitar manuten��es excessivas ou acidentes, em caso de desprendimento dessas pe�as”, explica o empres�rio Vin�cius T�lio da Silva, dono de uma loja no Carmo-Sion (Centro-Sul). Ele diz que a procura pela dobr�vel est� em alta.

“Arisca” Quem quiser trocar uma bicicleta convencional pela dobr�vel tamb�m deve ter aten��o na hora de andar. O guidom mais estreito, em rela��o �s tradicionais, exige cuidado com as manobras. “Ela � mais ‘arisca’, muda de dire��o com qualquer toque. O lado bom � que, por ser mais estreita, fica mais f�cil de manobrar no tr�nsito”, descreve o artista pl�stico S�rgio Guerra, de 50. Ele, que j� teve uma monareta dobr�vel na d�cada de 1970 e h� cinco anos comprou um novo modelo, diz estar encantado com a nova “onda”. “A bicicleta � confort�vel e tem uma est�tica linda. Acho que ela brilha no ambiente urbano”, afirma.

Atra�do pela praticidade do modelo, o psicanalista Samir Honorato, de 30, abriu m�o do carro nos trajetos do dia a dia. At� dois meses atr�s, ia de carro de casa, no Bairro Santo Ant�nio, para o trabalho, no Bairro Funcion�rios, na Regi�o Centro-Sul. “Mas come�ou a ficar invi�vel porque a vaga de estacionamento no pr�dio era cara e n�o havia muito espa�o na rua. Minha vida ficou muito melhor. Tento at� convencer amigos a fazerem a mudan�a”, diz.

>> Ciclovias em expans�o

O avan�o do modelo de bicicleta dobr�vel em Belo Horizonte tem rela��o com a infraestrutura de ciclovias e na implanta��o do projeto de bicicletas compartilhadas em Belo Horizonte. A avalia��o � da superintendente de Desenvolvimento de Projetos e Educa��o da BHTrans, Eveline Trevisan. “As pessoas passaram a usar mais a bicicleta como meio de transporte e t�m optado mais pelas dobr�veis pela versatilidade que ela garante. O aumento � vis�vel nas ruas”, afirma.

Hoje, a capital conta com malha ciclovi�ria de 70 quil�metros e a meta � chegar aos 100 quil�metros at� o fim do ano, por meio do programa Pedala BH. Segundo a superintendente, a Prefeitura de Belo Horizonte firmar� contrato em breve para construir mais 150 quil�metros de ciclovias integradas a redes de transporte. “O financiamento imp�e a condi��o de que as rotas estejam junto a outros modais, para facilitar os deslocamentos”, diz.

Por sua vez, o sistema de bicicletas compartilhadas conta, atualmente, com 29 esta��es e 290 bikes, localizadas na Orla da Pampulha e na Regi�o Centro-Sul (consulte endere�os em www.mobilicidade.com.br/bikebh). O projeto prev� a implanta��o de 40 esta��es, em que estar�o dispon�veis 400 bicicletas, at� o fim do ano.

Melhorias Apesar dos avan�os, quem pedala em Belo Horizonte cobra mais agilidade na implanta��o das rotas ciclovi�rias. Para o psicanalista Samir Honorato, que passa pela Avenida Get�lio Vargas no caminho de casa para o trabalho, a via deveria ter um espa�o reservado para as bikes. “S�o muitos os locais de tr�nsito intenso e r�pido que deveriam ter pistas exclusivas, para que pud�ssemos ter mais seguran�a”, defende. Para Samir, a delimita��o de um espa�o para as bicicletas incentiva o transporte.

Uma sa�da para o problema, especialmente em longas dist�ncias e trechos mais movimentados, � a integra��o com o transporte p�blico, mais f�cil com a bicicleta dobr�vel. Com as convencionais, os hor�rios no �nibus est�o limitados aos s�bados (ap�s as 14h), domingos e feriados. No metr�, a permiss�o � di�ria, mas ap�s as 20h. “O BRT segue a mesma regra do �nibus, mas com a vantagem de ter um equipamento para acomoda��o de duas bicicletas nos ve�culos articulados”, diz Eveline Trevisan, da BHTrans. Segundo ela, a empresa tem recebido pedidos para amplia��o do uso no Move, que est�o em estudo.

Op��es para pedalar

Compare as bicicletas urbanas

Dobr�vel
Largura (dobrada): 70 cm
Altura: 60 cm
Peso: 12 quilos
Guidon: 58 cm

Convencional
Largura: 1,70 m
Altura: 1m
Peso: 12 quilos
Guidon: 72 cm

Vantagens de usar a bicicleta

Ve�culo de baixo custo de aquisi��o e de manuten��o
N�o poluente
Silencioso
Flex�vel nos deslocamentos
Transporte saud�vel.

O programa Pedala BH
 Criado em 2005, faz parte do Plano de Mobilidade da capital, tendo em vista os benef�cios do uso da bicicleta como meio de transporte. Hoje, h� 70,4 quil�metros de ciclovias em BH, sem contar as do Parque Municipal. A meta � implantar 100 quil�metros de ciclovias at� o fim do ano
 
Bike BH (bicicletas compartilhadas)
Tem por objetivo incentivar o uso da bicicleta em trajetos curtos, inclusive complementando viagens feitas por transporte p�blico. No total, 29 esta��es e 290 bikes est�o dispon�veis na Orla da Pampulha e na �rea Central, nos endere�os: Savassi, Pra�a da Liberdade, Mercado Central, Pra�a Afonso Arinos e Pra�a Rui Barbosa e outros pontos (consulte localiza��o em www.mobilicidade.com.br/bikebh). Meta at� o fim do ano � chegar a 40 esta��es, com 400 bicicletas.


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