Sinal vermelho em Governador Valadares e amarelo em outras 25 cidades de Minas Gerais para a dengue e a febre chikungunya. Os munic�pios mineiros foram apontados pelo Minist�rio da Sa�de, em lista divulgada ontem, entre os 117 em risco e os 533 em alerta no pa�s. Os que requerem maior aten��o foram identificados tendo como base o Levantamento R�pido do �ndice de Infesta��o pelo Aedes aegypti (LirAa).
De acordo com o levantamento, a infesta��o do Aedes aegypti alcan�a 5,3% dos domic�lios de Valadares, o que os p�e em risco de epidemia. Em outros 25 munic�pios de Minas Gerais os �ndices de infesta��o variam de 1% a 3,2% (veja arte). Com menos de 1%, o risco � baixo, caso de BH (0,4%). De 1% a 3,9%, o risco � m�dio, o que j� deixa o munic�pio em situa��o de alerta. Acima de 3,9%, o risco � alto.
Como os dados para o LirAa foram coletados antes do in�cio do per�odo chuvoso, a situa��o pode se agravar a partir de agora, com a previs�o de encerramento da longa estiagem no Brasil. “A divulga��o do LirAa � estrat�gica. Ele mostra ao gestor onde est� o problema. Os munic�pios t�m de se programar para controlar os focos”, informou a coordenadora do programa de controle permanente da dengue da Secretaria de Estado da Sa�de.
Em entrevista, o ministro da sa�de, Arthur Chioro, lembrou que a preven��o das duas doen�as � a mesma: o controle do principal dos vetores, o Aedes aegypti. Outra frente que contribui para o combate � estabelecer protocolos para diagn�stico preciso.
Em Minas, foram confirmados dois casos, uma mulher em Matozinhos, na Grande BH, e outra em Coronel Fabriciano, no Vale do A�o. O segundo caso teria sido contra�do em uma viagem � Venezuela. Outros 15 casos foram descartados e 16 est�o em investiga��o.
Origin�ria do Leste africano, a palavra chikungunya quer dizer “aquela que dobra”. O termo se refere �s fortes dores nas articula��es, causadas pelo v�rus. � importante reconhecer os sintomas e fazer a distin��o entre a dengue, pois o tratamento das doen�as � diferente. Na maior parte dos casos, a febre � benigna, mas entre pessoas do grupo de risco pode se manifestar de forma mais grave. Gestantes, idosos, crian�as com menos de dois anos, diab�ticos e alcoolistas correm, inclusive, risco de morte.
A principal forma de combate envolve a colabora��o da popula��o, pois � preciso eliminar os criat�rios dos mosquitos, retirando a �gua parada dos recipientes nos quintais. “O controle domiciliar � a forma mais eficaz. � preciso controlar os ovos e as formas larvais”, diz Vitor.
Valadares j� ligou o alerta
A inclus�o de Governador Valadares entre os munic�pios considerados como �reas de risco para o avan�o da febre chikungunya despertou as autoridades do munic�pio do Vale do Rio Doce. A gerente do Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Sa�de, Katiuscia Rodrigues, diz que a prefeitura j� iniciou a implanta��o de um plano de conting�ncia contra a febre.
Quinta-feira, come�a a capacita��o de m�dicos, enfermeiros, t�cnicos de enfermagem e agentes de sa�de para o chamado “manejo cl�nico” da doen�a, diante da possibilidade do surgimento de casos. Conforme Katiuscia, o trabalho preventivo e as abordagens para o monitoramento em rela��o aos casos suspeitos v�o envolver 54 unidades da sa�de b�sica. O Hospital Municipal de Governador Valadares tamb�m ter� leitos de refer�ncia para o tratamento de doentes.
A chikunguya � transmitida pelos mosquitos Aedes Aegypti (o mesmo da dengue) e o Aedes albopictus. Um fator que levou Valadares a ser classificada como �rea de risco para a chikungunya � a incid�ncia do mosquito transmissor da dengue na cidade. O �ltimo LirAa) no munic�pio, em outubro, foi de 5,3%, sendo que o m�ximo recomend�vel � de 1%.
Katiuscia Rodrigues disse ainda que est�o sendo refor�adas tamb�m as a��es preventivas. A vigil�ncia contra a chikyngunya � feita por 252 agentes de sa�de, que v�o visitar os domic�lios para orientar os moradores como eliminar os focos dos vetores. (Luiz Ribeiro)