O uso da tecnologia poder� dar mais seguran�a a quem vai ao campo assistir �s partidas de futebol em Minas Gerais. Uma acordo entre o Minist�rio P�blico e a Secretaria de Estado de Defesa Social permitir� a destina��o de tornozeleiras eletr�nicas para controlar torcedores banidos pela Justi�a dos est�dios por causa de comportamentos violentos. “Conseguimos 30 tornozeleiras para serem destinadas ao combate � viol�ncia nos est�dios,” informou o promotor de Defesa do Consumidor, Fernando Abreu.
O Tribunal de Justi�a e o Minist�rio P�blico n�o detalharam se os equipamentos poder�o ser usados por torcedores violentos nos dois pr�ximos jogos entre Atl�tico e Cruzeiro, nos dias 12 e 26, durante as partidas da final da Copa do Brasil. As cenas de viol�ncia de forma recorrente retiram o brilho do maior cl�ssico do estado. No �ltimo jogo entre as duas equipes, quatro atleticanos foram baleados no Centro da capital, e 60 pessoas ficaram feridas por bombas no Mineir�o. A Pol�cia Militar prendeu 12 torcedores.
O uso da tornozeleira eletr�nica visa garantir que os torcedores punidos pela Justi�a n�o descumpram a determina��o de ficar a um raio de 5 quil�metros dos est�dios. “Muitos est�o soltos, mas poder�o ser controlados por meios dos equipamentos”, diz o promotor. De acordo com ele, a medida, que foi aprovada no in�cio deste ano em Minas, j� � adotada com resultados positivos no Rio Grande do Sul. Dependendo do grau da infra��o em que o torcedor se envolve, diferentes penas podem ser determinadas. Em muitos casos, o torcedor violento n�o perde a liberdade, mas precisa se apresentar � pol�cia nos dias de jogos. “Na pr�tica, esse controle n�o vem ocorrendo. Apenas um ou outro torcedor aparece”, afirma.
A atua��o do Minist�rio P�blico foi fundamental para que a Secretaria de Estado de Defesa Social destine as tornozeleiras para esse controle. Em Minas, os equipamentos come�aram a ser usados em dezembro de 2012 para controlar presos do regime aberto ou domiciliar. A medida se transformou em alternativa para controlar homens condenados por viol�ncia contra a mulher. Uma das vantagens apontadas � que a tornozeleira eletr�nica permite que o agressor possa trabalhar e frequentar atividades educativas.
IDENTIFICA��O Para combater a viol�ncia em dia de jogos � necess�rio implementar diferentes a��es. Segundo o promotor, uma das medidas fundamentais � a identifica��o dos agressores para que possam ser processados. “O cidad�o pode colaborar denunciando. Se ele sabe que h� um grupo organizando a��es de vandalismo, pode informar �s autoridades.” A proibi��o de bebidas alco�licas nos est�dios tamb�m ajuda a reduzir a incid�ncia de conflitos. “Nos �ltimos anos, houve uma redu��o no n�mero bruto de casos de viol�ncia, mas aumentou a gravidade. Antes, eram brigas com socos e pontap�s, mas os torcedores passaram a usar rev�lver e faca,” afirmou Fernando Abreu.
O torcedor tamb�m pode contribuir para reduzir os incidentes ao evitar aglomera��es depois do t�rmino da partida. “Ao chegar no est�dio, o conselho � que o torcedor entre para o est�dio, que � mais seguro que a parte externa”, disse o promotor.
Disputa para defender Bruno
A disputa entre advogados para defender o ex-goleiro Bruno das Dores Fernandes de Souza ganhou novo cap�tulo. Depois de destituir a dupla Francisco Simin e Tiago Lenoir, em outubro, ontem o ex-jogador renomeou os defensores, que apostaram na estrat�gia de transfer�ncia dele para a penitenci�ria de Francisco S�, no Norte de Minas. A ida de Bruno para a unidade teve como objetivo o retorno dele ao futebol profissional pelo Montes Claros Futebol Clube, que disputa o M�dulo II do Campeonato Mineiro, apesar de sua condena��o de 22 anos e tr�s meses em regime fechado pelo assassinato de Eliza Samudio. O rec�m nomeado advogado Marco Ant�nio Siqueira, que nesta semana encaminhou of�cio para a Justi�a de Francisco S�, sugerindo a transfer�ncia do ex-goleiro para Ribeir�o das Neves, foi destitu�do ontem � tarde, por meio de documento assinado pelo detento, segundo informou o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais.