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Estado de Minas

Sindicato dos peritos quer a interdi��o de laborat�rio de biologia forense da Pol�cia Civil

Decis�o acontece depois que falha em freezer do Instituto de Ciminal�stica levou � perda de mais de 200 amostras de DNA. Materiais serviriam para fundamentar provas criminais


19/11/2014 06:00 - atualizado 19/11/2014 07:08

Uma pane no freezer do laborat�rio de biologia forense do Instituto de Ciminal�stica (IC), no Barro Preto, Centro-Sul de Belo Horizonte, pode ter causado danos em amostras recolhidas desde 2002 em locais de crime para exame de DNA. Por meio de nota, a Pol�cia Civil, que responde pelo IC, confirma a pane, mas n�o informa se houve preju�zo do material. Ontem � noite, o presidente do Sindicato dos Peritos Criminais de Minas Gerais, Wilton Ribeiro de Sales, disse que foram “perdidas” pelo menos 240 amostras preservadas para realiza��o de exames de DNA, que serviriam para fundamentar provas criminais. Sales vai pedir ao Minist�rio P�blico que interdite o laborat�rio, j� que desde 2006 vem sendo apontados os problemas de manuten��o no local, sem que fossem adotadas solu��es.

Na nota, a Pol�cia Civil informa que os procedimentos iniciais de reparo foram tomados e o freezer voltou a funcionar e novamente armazena o material gen�tico. “Ao longo dos pr�ximos dias, o Instituto de Criminal�stica ir� avaliar se houve comprometimento de alguma amostra e s� depois poder� confirmar a dimens�o de eventual preju�zo para as investiga��es”, diz a nota.

De acordo com Wilton Sales, foram duas panes que deixaram o freezer parado. “O que ocorreu, � que nos dias 30 de outubro, recesso do funcionalismo, e 15 de novembro, feriado, houve queda de energia el�trica. Quando a energia retornou, o disjuntor (chave el�trica autom�tica) desarmou e o freezer ficou desligado. O pessoal ent�o constatou um odor e relatou o caso � chefia”, explicou o sindicalista. “S�o v�rios memorandos que desde 2006 solicitam manuten��es. A dire��o do IC, por mais de uma vez, pediu a instala��o de gerador de energia com acionamento autom�tico na falta de luz”, denunciou.

Um ex-chefe do Instituto de Criminal�stica, que pediu anonimato, ficou estarrecido ao saber da pane. “A perda de uma quantidade dessa de amostras � o mesmo que jogar fora o trabalho de anos das equipes de per�cia do estado. � por meio elas que o IC faz os levantamentos que apontam para a materialidade do crime, que vai substanciar o inqu�rito policial e o processo judicial. Se de fato houve essa perda, isso representa a impunidade para muitos criminosos, o que � uma pena”.

MAN�ACO DE CONTAGEM

O material gen�tico que fica amarzenado no freezer s�o amostra de restos mortais de v�timas n�o identificadas, de s�mem de estupradores, de sangue, entre outros, que possam permitir a compara��o de DNA. Um dos casos emblem�ticos, em que por meio do exame gen�tico conseguiu-se chegar a um criminoso, foi o do “man�aco de Contagem”. Na compara��o do DNA do pintor Marcos Antunes Trigueiro, descobriu-se que era o assassino de cinco mulheres, que foram abusadas sexualmente.


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