A opera��o da Pol�cia Federal (PF) para desarticular uma quadrilha especializada em tr�fico internacional de drogas j� prendeu 13 pessoas nesta ter�a-feira. Em Minas Gerais, seis mandados de pris�o foram cumpridos. A a��o, chamada de Opera��o Krull, tamb�m acontece em Mato Grosso do Sul, Goi�s e S�o Paulo. A organiza��o, uma das respons�veis por distribuir entorpecentes para o Primeiro Comando da Capital (PCC), vendia aproximadamente meio tonelada de coca�na por m�s no Brasil. Carros de luxos, dinheiro e armas foram apreendidos.
Desde o in�cio da manh� desta ter�a-feira, cerca de 100 policiais federais come�aram a cumprir os mandados. Dos 16 mandados de pris�o, 13 foram cumpridos at� as 14h, al�m de todos os 15 de apreens�o. Entre os presos na opera��o est� o principal alvo da PF. O homem, que n�o teve o nome divulgado, estava preso desde abril deste ano. “Ele foi um dos maiores fornecedores de coca�na para o PCC. Conseguimos prend�-lo quando ele ajudava na recepta��o de uma carga de droga em Juiz de Fora (Zona da Mata). Agora, cumprimos o mandado e fizemos a oitiva”, explica o delegado Andr� Gebrim Vieira da Silva, executor da opera��o.
Outra pris�o importante na a��o foi de um homem que participou do assalto ao Banco Central de Fortaleza em 2005, considerado o maior roubo da hist�ria do pa�s. Na ocasi�o, os criminosos conseguiram fugir com mais de R$ 160 milh�es.
Durante as buscas pelos criminosos, a pol�cia apreendeu bens da quadrilha. “Conseguimos sequestrar bens da organiza��o como 15 carros de luxos e R$ 25 mil. Vale lembrar que durante as investiga��es conseguimos apreender mais de um milh�o e trezentos mil reais. Duas armas tamb�m foram encontradas hoje”, comenta Gebrim.
Investiga��es
O grupo come�ou a ser investigado h� um ano e meio. Segundo a PF, a quadrilha comprava a coca�na na Bol�via e trazia para o Brasil em aeronaves, usando pistas de pouso localizadas nas divisas entre Minas e Goi�s, ou por terra, entrando no Brasil pela cidade de Corumb� (MS). “No in�cio, o grupo alugava aeronaves para fazer o transporte. Mas, com o passar do tempo, conseguiram angariar dinheiro e compraram os pr�prios avi�es. Um deles, inclusive, pegou fogo e explodiu na Bol�via”, comenta o delegado.
Conforme as investiga��es, a droga era armazenada e transportada posteriormente em ve�culos com compartimentos ocultos at� os compradores finais em S�o Paulo e Rio de Janeiro. O pagamento era feito por envio ou coleta de dinheiro, em reais ou d�lares, dep�sitos em contas banc�rias pr�prias ou de terceiros, ou, ainda, por remessa de d�lares por meio de casas de c�mbio.
Os presos durante a a��o responder�o pelos crimes de tr�fico internacional de drogas e organiza��o criminosa, que pode resultar em at� 23 anos de pris�o. Pelo menos duas pessoas ainda s�o procuradas, entre elas um dos pilotos da quadrilha.