
Como estagi�rio do MP, estava lotado na Promotoria P�blica Especializada de Bacias Hidrogr�ficas em Montes Claros, onde foi detido por policiais civis de BH integrantes da Opera��o Hemostase II. Mas, n�o h� rela��o entre o trabalho dele no MP e o esquema fraudulento. De acordo com as investiga��es, o estudante passou a participar das fraudes a partir da liga��o com um m�dico, que tamb�m mora na cidade do Norte de Minas e foi preso domingo, na capital.
Conforme a Pol�cia Civil, neste ano Vanil fez exame de sele��o em uma faculdade de medicina de Fortaleza (CE) e na Universidade de Bras�lia (UnB). O estudante fez tamb�m o Enem (para a �rea de ci�ncias humanas) em Pontes e Lacerda (MS), onde a organiza��o criminosa montou uma base.
Vanil teve pris�o tempor�ria decretada por cinco dias. Antes de ser levado para o Pres�dio Regional de Montes Claros, ele prestou depoimento na Delegacia de Plant�o, no Centro da cidade. O advogado do universit�rio, Virg�lio Mota, alega que seu cliente fez as provas em “atendimento a um amigo” e nega v�nculo com a quadrilha. N�o foi revelado quanto Vanil teria recebido para agir como piloto no esquema.
INVESTIGA��O Um dos objetivos da Pol�cia Civil e do MP na sequ�ncia da Opera��o Hemostase II � obter mais detalhes sobre a participa��o de um policial civil no esquema. Daniel Silva Santa Clara, de 37, � investigador h� cerca de quatro anos e est� de licen�a m�dica. Lotado na Delegacia de Tarumirim, no Vale do Rio Doce, ele responde a pelo menos um processo administrativo na corregedoria da corpora��o, acusado de furto dentro da cadeia p�blica da cidade.
Fontes ligadas � Opera��o Hemostase II afirmam que o policial civil apareceu para os investigadores apenas no �ltimo domingo, em BH. Na ocasi�o, a Pol�cia Civil montou uma campana dentro e fora de uma universidade, no Bairro Buritis, Oeste da capital, onde foram aplicadas provas para a Faculdade de Ci�ncias M�dicas de BH. O trabalho terminou com a condu��o de 33 pessoas � delegacia, 11 das quais ficaram presas, incluindo Daniel.
Dos 22 liberados, todos candidatos a uma vaga de medicina na Ci�ncias M�dicas, a maioria foi apanhada com pontos eletr�nicos e vai responder por fraude em certames de interesse p�blico. “O policial civil atuava como olheiro do grupo. Ele ficava ligado na movimenta��o da pol�cia para alertar a quadrilha”, diz uma fonte do inqu�rito.
O delegado Ant�nio Dutra, respons�vel pelo inqu�rito, confirma que Daniel estava dentro de um ve�culo apreendido com um dos cabe�as do grupo, mas n�o quis dar detalhes. “Ainda vamos apurar a conduta do policial.” O advogado Renaldo Dias da Silva representa Daniel em um processo que tramita na Justi�a, relativo ao furto de um aparelho de som em um carro na cadeia de Tarumirim. O defensor diz que o representou em outro caso, de um furto dentro da delegacia da cidade, procedimento no qual Daniel foi inocentado pela Justi�a, segundo o advogado.