
No primeiro dia de tr�nsito liberado no Viaduto Montese, elevado que faz a liga��o dos bairros Santa Branca e Itapo�, na Regi�o da Pampulha, o tom foi de desordem. Motoristas encontraram muitas dificuldades para entender a nova configura��o do tr�fego nos arredores do pontilh�o, j� que tamb�m houve mudan�a de circula��o no Viaduto Monte Castelo para viabilizar a opera��o vi�ria. As obras do entorno que ainda n�o foram conclu�das tamb�m deixaram a situa��o mais complicada. Pedestres reclamaram da dificuldade de atravessar a Rua Montese do lado do Bairro Itapo�, a sinaliza��o tempor�ria ainda confunde os condutores e o conflito entre o tr�nsito das ruas S�o Sebasti�o do Para�so e Montese causou muitas buzinas e freadas para evitar batidas. Agentes da BHTrans distribu�ram panfletos informativos com a nova circula��o, mas isso n�o foi suficiente para evitar os transtornos.
O viaduto ficou interditado desde fevereiro, quando foi detectado um deslocamento lateral na estrutura de 27 cent�metros. Antes da inaugura��o, a estrutura teve que passar por um teste de carga para atestar as condi��es. Ontem, j� com fluxo livre, a maior dificuldade observada foi um conflito entre os carros que saem de dois locais diferentes e chegam � Rua Montese. Aqueles que est�o no Bairro Santa Branca e usam o elevado encontram os que v�m da Rua S�o Sebasti�o do Para�so. A falta de um sistema de prefer�ncias no local gerou buzinas, freadas e reclama��es de condutores. Ao chegar nesse ponto, a motorista de uma van escolar reclamou ao ver a reportagem. “Que confus�o”, disse antes de seguir o caminho.
Como alguns carros estavam estacionados do lado direito da Rua Montese, os motoristas que vinham da S�o Sebasti�o do Para�so eram obrigados a jogar o carro para a esquerda, local de passagem daqueles que usam o viaduto. “E o problema � que quem sai do elevado normalmente vem com uma velocidade maior”, aponta o veterin�rio Hugo Saurino, de 37 anos. Para viabilizar o tr�nsito no local tamb�m foi necess�rio abrir uma parte da Montese, mas a via ainda n�o foi pavimentada. “Sem d�vida melhorou para o tr�nsito, porque desafoga o viaduto da Rua Monte Castelo. Mas ser� que n�o era melhor fazer todos os ajustes antes de abrir? Est� tudo muito confuso”, diz a cabeleireira Gil Matos, de 42.
A professora Concei��o Javidan, de 58, reclamou da dificuldade de atravessar a Rua Montese com a inaugura��o do pontilh�o e precisou da ajuda de um agente da BHTrans para fazer a travessia em seguran�a. “Tenho muito medo de carro e aqui, por ser uma sa�da de viaduto, eles v�m em alta velocidade. Est� muito perigoso”, afirma. Para o consultor imobili�rio J�nior Chagas, de 41, a BHTrans abriu o tr�fego para obter um al�vio na circula��o. “Faltam ajustes muito importantes para funcionar bem”, diz ele. � a mesma opini�o do supervisor de vendas Marcelo Lima. “Essa situa��o toda de obras est� arrebentando o Bairro Itapo�. Eles devem ter pensado que est� muito ruim, ent�o resolveram liberar para ver se surte efeito na circula��o. Mas o certo era organizar principalmente a Rua Montese antes de abrir”, afirma.
Ajustes Em nota, a BHTrans afirma que em um primeiro momento as mudan�as causam estranheza nos usu�rios e para minimizar o impacto foram distribu�dos 15 mil folhetos nos bairros Santa Branca e Itapo�. A empresa diz que ainda est� fazendo ajustes na Rua Montese, como a proibi��o de estacionamento em virtude das obras que ainda est�o ocorrendo na regi�o. Os agentes da BHTrans est�o monitorando o local at� que as interven��es sejam conclu�das e a circula��o normalizada. Sobre a travessia de pedestres na sa�da do Viaduto Montese, assim que as obras forem conclu�das a BHTrans vai implantar uma faixa de pedestres no local. Antes, � necess�rio que a rua seja recapeada. A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura prev� a conclus�o dos trabalhos at� 31 de dezembro. Enquanto isso, a BHTrans orienta os motoristas a reduzirem a velocidade e dar a prefer�ncia aos transeuntes nos locais de travessia.