
Instala��o de c�meras de seguran�a em todas as escolas da rede municipal – 80 delas em uma primeira etapa –, treinamento dos guardas municipais para lidar nos ambientes de aprendizagem, cursos de forma��o relacionados aos direitos humanos, multiculturalismo e cultura de paz s�o algumas das a��es do Plano de Seguran�a Escolar da Rede Municipal de Educa��o de Belo Horizonte. As medidas foram apresentadas, na manh� dessa ter�a-feira, pelo prefeito Marcio Lacerda e pela secret�ria municipal de Educa��o, Sueli Baliza, durante caf� com os diretores das 189 unidades municipais no Minas T�nis Clube 2, no Bairro Mangabeiras, na Regi�o Centro-Sul da capital. Lacerda destacou que o plano tem car�ter pedag�gico e n�o punitivo. “Em rela��o � rede estadual, a municipal registra n�meros menores, porque a prefeitura traz a sociedade para dentro da escola, lideran�as e pais dos alunos. A comunidade se apropria e sente que a escola � sua. A cultura de paz n�o � s� ambiente na escola, � para formar o aluno para a vida”, disse Lacerda.
De acordo com o prefeito, no ano passado foram cerca de mil ocorr�ncias na rede municipal, sendo 40% relacionados ao vandalismo. “Um dos pontos que devem ser abordados em rela��o � quest�o da seguran�a na escola � o bullying. � importante trabalhar com a crian�a o respeito”, salientou Lacerda. Embora tenha a prefeitura cogitado, em 2011, a instala��o de detectores de metais, Lacerda descartou a medida. “N�o temos problema com armas de fogo e brancas dentro das escolas municipais. A inten��o relacionada ao detetor � boa, mas � de implanta��o muito dif�cil. Voc� imagina escola com 900 alunos fazer esse controle? Algu�m mal-intencionado pode, atrav�s das grades ou muro, jogar uma arma dentro da escola. Essa n�o � a melhor solu��o”, disse o chefe do Executivo municipal.
O plano foi estruturado em quatro eixos: conviv�ncia escolar, seguran�a do ambiente, ocorr�ncias graves, intersetorialidade e gest�o democr�tica (veja quadro abaixo). O maior investimento, cerca de R$ 4 milh�es, dever� ser para a instala��o das c�maras de seguran�a em 80 unidades de ensino. A gerente do programa Fam�la Escola, Juliana Melo Franco, informou que j� iniciou o processo de licita��o e que as c�maras devem ser instaladas no ano que vem, embora ainda n�o seja poss�vel precisar o m�s. Durante o evento, foi ressaltada a import�ncia de uma parceria da guarda municipal com diretores e professores. “A atividade hoje � um encontro de celebra��o e comemora��o dos resultados da educa��o ao longo do ano. S�o trabalhos para melhor a qualidade da rede municipal de educa��o”, disse a secret�ria Sueli Baliza.
Integra��o
Os diretores destacaram que um dos desafios � o fato de muitas crian�as viverem em ambientes de viol�ncia nas comunidades de origem. “A Pedreira Prado Lopes � uma comunidade de grande vulnerabilidade social e com altos �ndices de viol�ncia. O problema entra na escola � medida que faz parte da viv�ncia do aluno. Conseguimos fazer que seja espa�o de respeito, embora haja ainda alguns casos pontuais”, informou a diretora da Escola Municipal Carlos Gois, Denise Alessandra Moraes. Ela lembra que, com frequ�ncia, precisam acolher crian�a cuja m�e est� presa ou est� no meio de usu�rios de droga. “Temos tamb�m crian�as que est�o sendo abusadas e atendemos crian�as que v�m de abrigos da regi�o”, disse Alessandra Moraes.
A diretora da Escola Municipal Desembargador Loreto Ribeiro de Abreu, no Bairro Ribeiro de Abreu, Regi�o Norte de BH, Juliana T�fani de Sousa, destacou a situa��o de vulnerabilidade na comunidade de onde vem grande parte dos seus 520 alunos, com idades entre 6 e 12 anos. “A gente percebe, por meio de relatos dos pais, dificuldades enfrentadas, como assaltos, drogas e briga entre fam�lias. Tamb�m temos a disputa pelo espa�o, porque muitos bairros s�o fruto de invas�es. Trabalhamos muito para termos uma conviv�ncia sadia”, afirmou Juliana T�fani. Ela considera que o trabalho feito tem contribu�do para que a viol�ncia n�o se instale na escola que trabalha com o p�blico infantil. No entanto, lembra que � necess�rio refor�ar medidas para permitir que as fam�lias participem das atividades escolares. “� preciso seguran�a da fam�lia para participar das atividades que a escola promove. N�o conseguimos, por exemplo, realizar atividades � noite”, denunciou.
Para o diretor da Escola Municipal Jonas Barcelos Correa, Emanuel Vitor J�nior, no Bairro Petr�polis, na Regi�o do Barreiro, Oeste da capital, � importante estabelecer parceria com a comunidade para combater a viol�ncia. “Escola situa-se em comunidade de vulnerabilidade social. Ocorre conflito envolvendo viol�ncia e o consumo de drogas. A quest�o do tr�fico, conflito de gangues e o bullying est�o presentes. Nada que a escola n�o possa enfrentar”, disse J�nior.
PROPOSTA DE SEGURAN�A ESCOLAR
Eixo conviv�ncia escolar
A��es – cursos sobre tem�ticas em torno do Plano de Conviv�ncia Escolar; cartilhas, revistas em quadrinhos e folders; equipes central e escolar de media��o de conflito; plano de conviv�ncia escolar e
regimento escolar
Eixo seguran�a do ambiente escolar
A��es – instala��o de c�meras nas escolas (80 em uma primeira etapa, com meta de chegar a todas as 189); carteirinha/crach� escolar que identifique individualmente o aluno; plano de preven��o e emerg�ncia; cultura de seguran�a digital por meio de educa��o continuada e projetos
Eixo ocorr�ncias graves
A��es – manual de seguran�a escolar
Eixo intersetorialidade/gest�o democr�tica
A��es – diagn�stico dos problemas locais e fortalecimento da rede com a cria��o de plano de a��o intersetorial; gest�o participativa da educa��o municipal; fortalecimento da gest�o democr�tica; cultura de participa��o e protagonismo dos diversos segmentos escolares; projetos culturais e comunit�rios que fortale�am la�os sociais e sentimentos
de pertencimento
Fonte: Plano de Seguran�a Escolar da Rede Municipal de Educa��o – PBH
...Seguran�a Move
A esta��o do BRT/Move na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi apontada pelo prefeito Marcio Lacerda como a mais depredada desse sistema de transporte. Nos pr�ximos 30 dias, outras 10 viaturas da Guarda Municipal far�o o patrulhamento no entorno das esta��es. A manuten��o da ordem tamb�m dever� ser realizada por seguran�as privados nas esta��es.