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Estado de Minas

Caso de bombeiro que assumiu assassinato evidencia problemas no atendimento

Militar disse ter atirado em vizinho para agilizar a chegada da PM. A demora no atendimento por parte das pol�cias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros est� entre as principais reclama��es encaminhadas pela popula��o � Ouvidoria Geral do Estado


postado em 09/12/2014 06:00 / atualizado em 09/12/2014 08:32

Um cabo do Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte confessou ter assumido a autoria de um homic�dio, que ele n�o cometeu, somente para agilizar a chegada da Pol�cia Militar ao local do crime, diante da demora no atendimento, segundo ele. O militar tamb�m teria telefonado para o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu), pedindo socorro para um morador do seu bairro que havia sido baleado, mas reclamou que tamb�m n�o foi atendido. A v�tima n�o resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Segundo o Boletim de Ocorr�ncia da PM, Edson Robson Rodrigues J�nior, de 20 anos, levou tr�s tiros de um desconhecido na madrugada de ontem, na Rua Alameda Beco das Flores, no Bairro Jaqueline, Regi�o Norte. O jovem foi atingido no bra�o esquerdo, nas costas e no abdome. Moradores do bairro n�o conseguiam falar com a PM e pediram ajuda ao bombeiro que mora pr�ximo. O militar n�o conseguiu socorro r�pido e resolveu se passar pelo autor do crime para a PM andar mais depressa.

A PM n�o informou quanto tempo demorou para chegar o local. Disse ter encontrado um tumulto em volta da v�tima, que j� estava morta, e que isolou a �rea e chamou a per�cia. No boletim de ocorr�ncia consta que um homem telefonou para o 190 dizendo que era policial do Corpo de Bombeiros e que havia baleado uma pessoa para se defender. A PM alega que n�o encontrou o solicitante no local, mas que ele foi encontrado depois e confessou ter mentido. Conforme a PM, o suspeito do homic�dio n�o foi identificado e a motiva��o do crime ainda � mist�rio.

POL�MICA A sala de imprensa da PM se recusou a passar maiores detalhes sobre a ocorr�ncia, alegando envolvimento de um militar dos bombeiros e que somente a corpora��o dele poderia se manifestar. Por outro lado, a assessoria do Corpo de Bombeiros disse desconhecer o fato e informou que qualquer decis�o ser� tomada com base na apura��o da Pol�cia Civil. J� a assessoria da Pol�cia Civil disse que a ocorr�ncia foi registrada pela equipe de plant�o na Central de Flagrantes (Ceflan), no Bairro Floresta, e que os policiais que assumiram o plant�o pela manh� n�o tiveram acesso �s ocorr�ncias da madrugada.

A demora no atendimento por parte das pol�cias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros est� entre as principais reclama��es encaminhadas pela popula��o � Ouvidoria Geral do Estado. No terceiro trimestre de 2014, a manifesta��o mais recebida pela Ouvidoria de Pol�cia foi de reclama��es gerais contra a atua��o dos �rg�os de seguran�a (47,69%), quando os elogios foram apenas 2,31%. O atendimento dos bombeiros foi criticado por 193 pessoas nos tr�s meses do balan�o e recebeu um �nico elogio. Houve 28 reclama��es da m� qualidade do atendimento da Pol�cia Civil e n�o constam os dados da PM na pesquisa. O chefe da sala de imprensa da PM, major S�rgio Dourado, n�o se pronunciou sobre o assunto.

Faltam ambul�ncias

Em outubro, o Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais de BeloHorizonte (Sindibel) denunciou que a falta de ambul�ncias no Samu comprometia o atendimento � popula��o. Na �poca, segundo o sindicato, o Samu estava sem oito das suas 25 ambul�ncias e 13 chamadas deixaram de ser atendidas por falta de ve�culos no plant�o do dia 1º daquele m�s. Problemas
mec�nico se falta de motoristas s�o comuns, denunciaram servidores ao Sindibel.

A assessoria de imprensado Samu informou n�o ter recebido nenhuma chamada da rua onde houve o crime. Disse que o Samu tem atualmente 27 ambul�ncias, sendo 21 Unidades de Suporte B�sico (USB) e seis Unidades de Suporte Avan�ado (USA). O Samu da capital recebe cerca de 60 mil chamadas por m�s, uma m�dia de 2 mil por dia. “A frota do Samu de BH passou por duas renova��es, em 2011 e em 2013”, informou a assessoria. O fornecimento de ambul�ncia para o Samu � de responsabilidade do Minist�rio da Sa�de.


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