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Estado de Minas

Artes�o re�ne talento e t�cnica para criar pres�pio

Morador de Santa Luzia recria cen�rio do nascimento de Jesus, uma atra��o na cidade


postado em 15/12/2014 06:00 / atualizado em 15/12/2014 07:46

Wellington Corrêia herdou o costume de fazer presépios da avó Maria e já tem duas décadas de ofício(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Wellington Corr�ia herdou o costume de fazer pres�pios da av� Maria e j� tem duas d�cadas de of�cio (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Caixotes de verduras se transformam em estrutura das montanhas, vasos da varanda trazem a natureza para dentro de casa e musgos fazem o arremate entre as pedras do rio. Com talento, t�cnica e paci�ncia, o artes�o Wellington Rodrigo Moreira Corr�ia, de 26 anos, morador de Santa Luzia, na Grande BH, comp�e o cen�rio do nascimento de Jesus, costume que mant�m h� duas d�cadas, depois de aprender com a av� Maria. Nesta temporada natalina, o jovem est� mais atarefado do que nunca, pois vai fazer simplesmente 50 pres�pios diferentes, em resid�ncias da cidade natal e na capital. “Em 2013, foram poucos, pois minha av� tinha acabado de morrer. Fiquei triste e desanimei, mas agora estou entusiasmado e pronto para cumprir a miss�o”, diz Wellington, que nasceu em 4 de outubro, dia de S�o Francisco de Assis, o pioneiro dos pres�pios. Em Santa Luzia, h� um circuito de pres�pios e gente de todo canto visita as casas, que abrem as portas num convite � celebra��o crist�.

Wellington terminou recentemente mais dois pres�pios e recebeu a aprova��o das fam�lias da Rua Direita, no Centro Hist�rico de Santa Luzia. “S� encerro o trabalho depois de p�r o Menino Jesus na manjedoura. Se achar que o conjunto n�o ficou bom, desmancho e recome�o do zero”. Na verdade, a imagem s� vai para a gruta de Bel�m na noite de 24 para 25 de dezembro, ficando guardada em caixas forradas de algod�o ou orat�rios dom�sticos.

A arte de fazer pres�pios � centen�ria em Minas, e o artes�o preza as caracter�sticas mais antigas, como usar as pe�as – Jesus, Maria e Jos�, anjos, pastores e animais – das pr�prias fam�lias, buscar galhos secos no quintal, al�m de ouvir e contar hist�ricas enquanto monta o cen�rio. “� sempre um ritual e as pessoas gostam disso. O pres�pio une todo mundo”, conta Wellington. O servi�o vai se intensificar a partir de hoje, j� que os luzienses costumam preparar as resid�ncias depois da festa da padroeira celebrada anualmente em 13 de dezembro.

Tradi��o

A casa de Nadeje Lima dos Santos j� est� enfeitada e o pres�pio � uma das atra��es. “Meu filho Rafael fez o nosso durante sete anos e depois Wellington assumiu o servi�o. L� se v�o 17 anos”, conta a moradora da Rua Direita. “Gosto muito de manter a tradi��o”, disse ela, com alegria.

Na casa das tias Celma e Telma, Wellington encontra inspira��o e criatividade para fazer o pres�pio permeado de boas lembran�as: um cavalinho amarelo, da sua inf�ncia, um bibel� e as pe�as da av� Maria, que completam 70 anos. Em sil�ncio, cumpre mais uma miss�o. “E quanto voc� ganha para fazer um pres�pio?”, pergunta o rep�rter. “Se for para igrejas, n�o recebo nada. Nas casas, as pessoas sempre me d�o um ‘agrado’. Fa�o por prazer”, responde o jovem.


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