A maioria de usu�rios de drogas em Minas Gerais � de homens entre 25 e 29 anos, que experimentaram drogas pela primeira vez no in�cio da adolesc�ncia. Este � o perfil dos dependentes qu�micos atendidos pelo Centro de Refer�ncia Estadual em �lcool e Drogas (Cread). Os dados s�o resultado da pesquisa feita pela Subsecretaria de Pol�ticas Sobre Drogas (Supod) com objetivo de nortear as pol�ticas publicas de combate �s drogas no estado.
A pesquisa revela que 83,5% dos pacientes s�o homens e 51% desse total t�m hoje entre 25 e 29 anos. Os jovens entre 18 e 24 anos representam 15,5%. Adolescentes entre 12 e 17 anos somam 5%, mas a maioria come�ou cedo.
Ao todo, 67,5% dos entrevistados experimentaram drogas entre 12 e 17 anos. A droga de in�cio de 37% dos usu�rios foi o �lcool, com o tabaco aparecendo em seguida, com 32%. Atualmente, 17% usam crack.
O estudo mostra ainda que 21% dos pacientes assumiram nunca ter ficado sem drogas depois de experimentar pela primeira vez. Quase metade (49%) dos dependentes qu�micos tem problemas com a Justi�a.
De acordo com a Supod, o uso de drogas est� intimamente ligado com fracassos nas condi��es econ�micas e sociais. O v�cio causou problemas dessa natureza em 27% dos casos. A renda mensal familiar � de zero a um sal�rio m�nimo entre 38% dos entrevistados e de um a tr�s sal�rios em 40% dos casos, sendo que 41% relataram estar desempregados quando procuraram atendimento.
Foram registrados 1.976 novos pacientes no Cread, em 2014. Destes, 45% procuram ajuda sozinhos, outros 38% foram levados por familiares, sendo que 82% dos entrevistados relatou que algum parente j� havia usado droga. Quase a metade (49%) nunca tinha feito tratamento para combater o v�cio.
O Cread � o polo de implementa��o das pol�ticas p�blicas sobre drogas de Minas Gerais. Em BH, h� uma equipe t�cnica composta de profissionais (psic�logos, assistentes sociais e enfermeiros) prontos para atender e orientar, gratuitamente, educadores, fam�lias e os pr�prios usu�rios de �lcool e outras drogas. Quando necess�rio, os t�cnicos encaminham o demandante para institui��es especializadas em depend�ncia qu�mica da rede de sa�de ou grupos de m�tua ajuda.