Promotor de Justi�a � baleado e ex-vereador est� preso suspeito de planejar crime

O promotor de Justi�a de Monte Carmelo, Marcus Vin�cius Ribeiro, foi alvo de um atentado na noite de s�bado na cidade do Alto Parana�ba. Ele foi atingido por pelo menos quatro tiros quando sa�a da promotoria, no Centro do munic�pio, em dire��o a sua casa. Dois suspeitos do crime est�o presos, o ex-vereador e ex-presidente da C�mara Valdelei Jos� de Oliveira e o filho dele, Juliano Aparecido de Oliveira. Segundo a Pol�cia Civil, o ex-parlamentar � o mentor do crime e o outro preso executou a tentativa de homic�dio.

De acordo com o delegado Wilton Jos� Fernandes, o crime aconteceu por volta de 20h40. O promotor trabalhou durante toda a tarde e quando deixou a promotoria em seu carro, um Palio Weekend, foi surpreendido por um motociclista armado que atirou v�rias vezes contra o ve�culo. Marcus Vin�cius conseguiu sair do carro e correu a p�, mas acabou atingido pelos disparos. A lataria do carro ficou marcada por pelo menos 12 perfura��es.

Segundo o delegado, provas periciais e testemunhas ajudaram a pol�cia a identificar o atirador. O autor do crime, conforme as investiga��es, � Juliano Aparecido, que a mando do pai tentou matar o representante do Minist�rio P�blico. Marcus Vin�cius foi socorrido para a unidade de sa�de particular na cidade, mas acabou transferido para o Hospital Santa Clara, em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro. O hospital n�o repassou informa��es sobre o estado de sa�de dele, mas de acordo com o delegado Fernandes, a situa��o � grave e est�vel.

Os suspeitos foram presos durante a madrugada de domingo, depois de uma grande opera��o montada pelas pol�cias Civil e Militar em Monte Carmelo. Segundo o delegado, pai e filho negaram o crime, mas teriam motivos para pratic�-lo. O ex-vereador foi alvo de den�ncia do promotor em 2013 por envolvimento em fraudes de licita��es na C�mara. Valdelei teve pris�o decretada e foi procurado durante a Opera��o Feliz Ano Novo em dezembro daquele ano.

A arma usada no crime contra o promotor n�o foi encontrada, mas a pol�cia apreendeu outro rev�lver com Juliano. Pai e filho ser�o autuados por tentativa de homic�dio com qualificadoras que o delegado Fernandes ainda vai analisar. O inqu�rito sobre o crime foi automaticamente instaurado com as ratifica��es dos flagrantes e conforme o delegado, n�o h� indicativo de participa��o de outras pessoas no atentado. A delegada Cl�udia Coelho Franchi preside o inqu�rito em parceria com o delegado Fernandes.

Valdelei e Juliano ainda est�o detidos na delegacia de Monte Carmelo, mas podem ser transferidos para o sistema prisional a qualquer momento. O delegado j� enviou a Justi�a o pedido de pris�o preventiva. O crime movimentou a cidade porque o promotor � uma figura conhecida e a opera��o que comandou em 2013 teve grande repercuss�o com a pris�o de v�rios agentes p�blicos. Marcus Vin�cius tamb�m � professor de direito em uma faculdade da cidade.

Opera��o Feliz Ano Novo

No dia 10 de dezembro de 2013, foram cumpridos mandados de pris�o e de busca e apreens�o de documentos e provas, nas cidades de Monte Carmelo e Uberl�ndia durante a Opera��o Feliz Ano Novo realizada pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais , por meio da Promotoria de Justi�a de Monte Carmelo e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GCOC). Foram apreendidos mais de 20 computadores e documentos na Prefeitura e na C�mara Municipal de Monte Carmelo, em um escrit�rio de contabilidade e em mais 12 endere�os.

Segundo o MP, as apura��es mostraram a forma��o de uma estruturada organiza��o criminosa, na qual estavam envolvidos servidores p�blicos de Monte Carmelo, bem como pol�ticos que foram derrotados nas elei��es de 2012 na cidade. A quadrilha atuou em processos licitat�rios realizados em 2013 voltados a limpeza de vias p�blicas e pra�as, al�m de reformas de unidades de sa�de do munic�pio. Esses processos sequer eram realizados de verdade.

As empresas envolvidas no esquema participavam apenas para dar apar�ncia de legalidade aos contratos, quando, na realidade, j� estava tudo direcionado � vit�ria das empresas eleitas pelo grupo para prestar os servi�os e cometer crimes contra a administra��o p�blica local.