
A via teve o asfalto e o canteiro central arrancados, �rvores cortadas e hoje est� com ch�o de terra batida, gerando poeira e lama. Repleta de buracos e sem nenhuma regra de tr�nsito, o trecho da avenida ainda tem as placas indicativas de estacionamento rotativo, mas tornou-se ponto para parada de �nibus de sistemas de sa�de de cidades do interior e de ve�culos particulares, que estacionam � revelia de qualquer norma ou de fiscaliza��o. Com a desordem no tr�nsito, o movimento de carros e pedestres caiu e comerciantes acumulam perdas de at� 80% nas vendas. A situa��o abriu espa�o tamb�m para a viol�ncia. Lojistas se queixam de roubos e dizem que bandidos passaram a rondar o local. Alguns j� procuraram advogados e prometem acionar a Justi�a para repara��o de danos.
Gerente da Funer�ria Santa Casa, Jeferson Flor�ncio diz que a empresa nunca passou por um momento econ�mico t�o dif�cil. “Desde julho, tivemos que demitir 38 dos nossos 185 funcion�rios. As vendas ca�ram 40%”, disse. Ainda segundo ele, a loja, que funciona 24 horas, j� foi alvo de dois assaltos. “� noite, a avenida vira um deserto, uma terra sem dono que se torna um prato cheio para criminosos”, afirma o gerente, que cobra a presen�a policial no local. A poucos metros dali, a dire��o do Restaurante Simplesmente viu as 200 refei��es vendidas diariamente reduzirem em mais de 70%. “J� estamos pensando em fechar”, afirmou o gerente, Marcos Ferreira Costa. A queda nas vendas tamb�m fez os donos da Funer�ria Carvalho reverem os neg�cios.
SEGURAN�A
A Secretaria de Estado de Transportes e Obras P�blicas (Setop), respons�vel pelas interven��es, n�o informou o motivo da suspens�o das obras do terminal e nem quando ser�o retomadas. Por meio de sua assessoria de imprensa, se limitou a afirmar que a obra, or�ada em R$ 10,4 milh�es, foi paralisada antes do fim do ano passado e que, atualmente, o governo de Minas realiza amplo levantamento da situa��o administrativa e financeira do estado, o que inclui a��es relativas �s �reas de transportes e obras p�blicas. Ainda segundo a pasta, o levantamento ser� feito por 90 dias, contados a partir do in�cio da nova administra��o. Em rela��o � seguran�a, a Pol�cia Militar prometeu refor�o. De acordo com o major Renato F�lix Federici, comandante da 3ª Companhia da PM, respons�vel pelo patrulhamento na regi�o, ele ir� ao local hoje para averiguar a situa��o junto aos comerciantes. “Vamos tomar conhecimento das condi��es no local e aumentar a presen�a policial”, garantiu.