
O Bairro Santa Tereza, na Regi�o Leste de Belo Horizonte, deu o primeiro passo para o tombamento do conjunto urbano. O Conselho Deliberativo do Patrim�nio Cultural do Munic�pio aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira, a indica��o de 288 im�veis e quatro pra�as do bairro para serem preservados. Diante da decis�o, as casas e com�rcios passam a ser protegidos. Qualquer interven��o s� pode ser feita mediante a anu�ncia do conselho, respeitando as caracter�sticas originais desses locais.
O pr�ximo passo para o tombamento ser� resgatar o passado dos im�veis. “Os propriet�rios ser�o chamados passar a hist�ria de cada um dos im�veis. Ser� feito um dossi� de cada um”, explica o presidente da Funda��o Municipal de Cultura de BH (FMC), Le�nidas Oliveira.
O tombamento dos im�veis do bairro � um pedido antigo dos moradores da regi�o. H� 20 anos come�ou a mobiliza��o para conseguir a prote��o e em dois e dois anos s�o feitos abaixo-assinados. A inten��o � evitar a verticaliza��o do bairro, que vem passando por transforma��es. “Agora, o per�metro est� protegido. N�o poder� ser constru�do, por exemplo, arranha-c�us”, comenta Oliveira.
A prote��o ser� feita em 288 im�veis, residenciais e comerciais, al�m de quatro pra�as, entre elas a principal do bairro, a Duque de Caxias. Esses locais n�o poder�o ser descaracterizados. “Temos que falar que � um ganho para a cidade de Belo Horizonte e para os moradores. J� tem uma valoriza��o natural do im�vel e agora mant�m as caracter�sticas de ambienta��o que n�o se v� mais na capital. A partir de agora, os moradores dever�o procurar a procuradoria do patrim�nio para fazer mudan�as e restaura��o da casa”, diz o presidente da Funda��o Municipal de Cultura.
Dentre os benef�cios para os moradores est� a isen��o do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e acesso a leis federais para obten��o de recursos.
Para Le�nidas Oliveira, aspectos hist�ricos do bairro ser�o mantidos. “As casas foram constru�das no in�cio do s�culo passado por pessoas que vieram para a capital e escolheram o bairro para viver. As casas s�o simples com perfil de oper�rio, mas temos im�veis ecl�ticos modernistas e neocolonial. Todas preservam as caracter�sticas da simplicidade e � isso que queremos”, afirma.