
A chuva em Belo Horizonte j� provoca pontos de lentid�o em algumas regi�es na noite desta sexta-feira e alguns transtornos. O temporal atingiu principalmente a Regi�o Centro-Sul e causou alguns pontos de alagamentos. O Corpo de Bombeiros tamb�m j� registrou quedas de �rvores em vias p�blicas e sobre ve�culos. Bairros ficaram sem energia el�trica. Ningu�m ficou ferido. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) emitiu um alerta mais cedo para a possibilidade de precipita��es com acumulado de 20 a 40 mil�metros, que podem ser acompanhadas de ventos fortes e descargas el�tricas. O aviso vale at� 7h de s�bado.
Em pouco tempo de chuva, vias da regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte come�aram a ficar alagadas. A �gua empo�ada no cruzamento entre a Rua Sergipe com Avenida Crist�v�o Colombo, na Savassi, no entorno da Pra�a da Bandeira, no Bairro Mangabeiras, e na Rua Sergipe com Tom� de Souza. Neste �ltimo ponto, os comerciantes informaram que a situa��o � recorrente.
Segundo �ngela Maria Souza, de 37, a �gua subiu bastante durante o temporal e deixou o tr�nsito lento. Mas, foi mais tranquilo do que outras chuvas. “N�s ficamos aqui monitorando a �gua, pois costuma entrar na nossa loja”, comentou.
Moradores do Bairro de Lourdes, na Regi�o Centro-Sul de BH, j� se acostumaram com um ponto de alagamento. A Avenida Oleg�rio Maciel com Rua Felipe dos Santos voltou a ficar intrasit�vel por causa do ac�mulo de �gua. O problema j� � antigo e gera revolta dos moradores. O em.com.br publicou reportagem em 27 de fevereiro comentando sobre o caso. Na ocasi�o, a Prefeitura de Belo Horizonte ficou de vistoriar o local para verificar as causas do problema.
O Corpo de Bombeiros tamb�m registrou ocorr�ncias de quedas de �rvores. Por volta das 17h, troncos ca�ram na Rua Cometa, no Bairro Milion�rios, Regi�o do Barreiro. Na Avenida Prudente de Morais, no Bairro Cora��o de Jesus, galhos atingiram um carro que estava estacionado na via. Na Avenida Afonso Pena, troncos ca�ram pr�ximo ao Pal�cio das Artes, o que deixou o tr�nsito complicado na regi�o.
Galhos de pelo menos tr�s �rvores ca�ram ao longo da Avenida do Contorno pr�ximo ao Col�gio Estadual Central, no Bairro Santo Agostinho. Em frente ao n�mero 1347, tr�s carros foram atingidos. O condutor de uma caminhonete Fiat Strada abandonou o ve�culo em cima do canteiro central. Ningu�m ficou ferido.
Outra �rvore de grande porte caiu na Avenida Prudente de Morais, na esquina com Rua Marab�. V�rios galhos ca�ram sobre dois ve�culos, que n�o tiveram grandes danos. O tr�nsito ficou fechado por aproximadamente duas horas no sentido Bairro/Centro. Muitas pessoas decidiram seguir a p� at� a Avenida do Contorno para pegar �nibus.
Na Rua Bar�o de Maca�bas, no Bairro Santo Ant�nio, galhos ca�ram em cima de um Uno. A propriet�ria, a gerente comercial, Naia Libia Rodrigues, de 49 anos, disse que acionou os bombeiros e a PM, mas que depois de duas horas ningu�m apareceu para ajud�-la. Ao retornar a liga��o, a atendente informou que n�o tinha previs�o para enviar equipe ao local.

Falta de energia
A queda de luz atingiu o Bairro de Lourdes durante a noite. Comerciantes ficaram sem energia el�trica por aproximadamente uma hora e meia. Muitos reclamaram de preju�zos, como o empres�rio Felipe Rameh, propriet�rio do Bar Alma Chefe, que ficou �s escuras de 18h at� 19h45. “Para gente � um absurdo. Hoje � sexta-feira dia de muito movimento. Muitas pessoas chegaram aqui e foram embora. Para n�s � muito preju�zo”, comentou.
De acordo com a Cemig, a chuva forte provocou interrup��o de energia �s 17h45 em parte dos bairros Sion, Belvedere, Anchieta, Barro Preto, Lourdes e Funcion�rios. O servi�o come�ou a normalizar as 19h30. Apenas clientes do Bairro Belvedere continuavam sem luz at� 20h50. Equipes trabalhavam na regi�o at� o fechamento da reportagem.
Tr�nsito lento
O temporal durou poucos minutos, mas o suficiente para travar o tr�nsito na regi�o Centro-Sul. Na �rea do Bairro Lourdes, a queda de energia el�trica desligou sem�foros nas Ruas Gon�alves Dias e Curitiba, o que causou tumulto. Depois de duas horas de confus�o, um carro da BHTrans chegou ao local junto com guardas municipais para controlar a situa��o.
O engenheiro Daniel Castor, de 29 anos, se irritou com o caos. “Para mim de moto est� dif�cil passar, imagina para outras pessoas. � um absurdo estar desse jeito”, reclamou. O mesmo sentimento atingiu o auxiliar administrativo Vin�cius Nascimento, de 32 anos. “� sempre assim. Quando mais se precisa das autoridades eles n�o est�o ai para resolver o problema. Sai 18 horas para seguir para Contagem, mas tem duas horas que n�o consegui sair do local”, comentou.
O servidor p�blico Bruno Garcia, de 28, saiu de confins as 17h18 e s� conseguiu chegar no ponto da Conex�o duas horas depois por causa do tr�nsito engarrafado. “Desisti de pegar um t�xi ou �nibus para seguir para casa. Com esse tr�nsito avacalhado, vou seguir a p� at� o Gutierrez, aonde moro”, disse Bruno que tamb�m reclamou da falta de fiscais de tr�nsito.
O temporal tamb�m provoca lentid�o no tr�nsito. De acordo com a Pol�cia Militar Rodovi�ria (PMRv), congestionamentos j� s�o registrados em v�rios trechos do Anel Rodovi�rio. O principal local onde h� um grande n�mero de ve�culos � na descida do Bairro Bet�nia, Regi�o Oeste.
Segundo a BHTrans, tamb�m h� pontos de reten��o na Avenida Amazonas com Anel Rodovi�rio, em dire��o a Contagem. Avenida Afonso Pena entre Caet�s e Amazonas, na Avenida Cristiano Machado no acesso ao T�nel da Lagoinha, na Avenida Pedro I, e Silva Lobo.
Problemas recorrentes
O temporal volta a causar transtornos em Belo Horizonte pelo segundo dia consecutivo. Na quinta-feira, v�rios pontos de alagamentos foram registrados. O local mais cr�tico foi a Avenida Cristiano Machado, altura do Bairro Cidade Nova, onde a pista ficou tomada por �gua. Fortes enxurradas tamb�m complicaram a vida de condutores e pedestres nos bairros Sagrada Fam�lia, Horto e Vera Cruz.
No Bairro Planalto, na Regi�o Norte, o muro de um pr�dio desabou por causa do temporal na Rua Lu�z de Mello Mattos. O entulho atingiu dois carros e a central de distribui��o de g�s do im�vel. No momento do acidente, a maioria dos moradores estavam fora e n�o houve v�timas. A Defesa Civil realizou vistoria no local e liberou a volta das fam�lias, pois nenhum abalo nas estruturas foi encontrado.