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Estado de Minas BALADA COM ENDERE�O NOVO

Rua Alberto Cintra, no Bairro Uni�o, � novo centro de divers�o de BH

Com 25 bares e restaurantes de diversos estilos, � local de agita��o e paquera


postado em 16/03/2015 06:00 / atualizado em 16/03/2015 07:16

Landercy Hemerson

 

As calçadas largas e bem iluminadas são um atrativo a mais para quem gosta de sair à noite (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press. )
As cal�adas largas e bem iluminadas s�o um atrativo a mais para quem gosta de sair � noite (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press. )

Nem Savassi, nem Lourdes, nem Seis Pistas. Para boa parcela do p�blico jovem de Belo Horizonte, o local preferido para a divers�o noturna � a Rua Alberto Cintra, no Bairro Uni�o, Regi�o Nordeste da capital. A movimenta��o noturna na vida come�ou h� tr�s anos e hoje o local abriga 25 bares e restaurantes em quatro quarteir�es. De quinta-feira a domingo, cerca de 20 mil pessoas, m�dia de 5 mil por noite, se divertem nos estabelecimentos da �rea.

Para o p�blico que movimenta a vida noturna na Rua Alberto Cintra, os motivos para esta prefer�ncia s�o bem diversificados. O empres�rio Alexandre Magalh�es, de 42 anos, morador do Bairro Planalto, Regi�o Norte de BH, gosta dos pre�os e da variedade de op��es. “No momento, esse � o lugar onde venho para tomar uma cerveja gelada e apreciar bons petiscos. Aqui come-se um espetinho por R$ 5 ou um prato sofisticado da culin�ria japonesa. Isso atrai pessoas e torna o clima animado”, avalia.

J� o engenheiro Cl�udio Quint�o, de 45, foi apresentado aos bares da Alberto Cintra h� tr�s anos, quando executava o projeto de um pr�dio no local. “Para quem est� solteiro, os bares e restaurante daqui s�o atraentes, com muita gente bonita e interessante. O ambiente � bem aconchegante, h� cal�ad�o para as pessoas circularem entre um e outro bar e, em pouco tempo, surgem novas amizades e paqueras”, diz Quint�o.

O estudante de engenharia Maike Augusto, de 22, e a namorada, Stephanie Lima, de 23, moram no bairro e dizem que pelo menos uma vez por m�s v�o ao local. “� tranquilo, gostoso e perto de casa”, explica Maike, que h� um ano se tornou cliente dos bares da Alberto Cintra. “� perto e a gente pode sair para beber sem se preocupar em pegar t�xi. � um ambiente bacana, com muita gente bonita e boa comida”, acrescentou Stephanie, que � servidora administrativa do Detran e nem cogita a possibilidade de se entregar � tenta��o da bebida longe de casa e correr o risco de ser parada numa blitz da Lei Seca.

SATISFEITOS Os comerciantes da Alberto Cintra tamb�m n�o t�m do que reclamar. O empres�rio Rodrigo Sampaio Carvalho, de 37, dono de um restaurante de comida japonesa, conta que, num primeiro momento, achou que n�o seria bem-sucedido na regi�o. “Vim para c� em 2010, quando havia apenas um restaurante, que j� fechou. Pensei em desistir do ponto, como muitos que abriram com�rcio aqui e n�o persistiram. A partir de 2013 houve crescimento de p�blico, acompanhando outros investimentos na regi�o visando � Copa do Mundo na capital. Valeu ter insistido”, afirmou.

Nicola Vizioli, de 59, estabelecido no primeiro quarteir�o da Alberto Cintra, um dos mais movimentados, diz que a partir da noite de quinta-feira recebe diariamente pelo menos 300 clientes em suas duas lojas, at� chegar o domingo. Ele arrisca calcular que ao longo da via, entre todos bares e restaurantes, circulam 5 mil pessoas diariamente nos fins de semana.“H� dois anos abri uma sanduicheria aqui, atra�do pelo espa�o do cal�ad�o � frente da loja. Com seis meses, transferi tamb�m para c� o meu bar, que h� 18 anos funcionava no Cidade Nova. H� quem diga que o p�blico saiu da �rea central devido � fiscaliza��o da Lei Seca. Mas penso que o motivo � o ambiente agrad�vel e a diversidade de comidas e bebidas”, analisa Vizioli.

R�pida mudan�a de perfil

H� 25 anos, a �rea onde hoje est� a Rua Alberto Cintra era um brejo, como bem se lembra a servidora p�blica aposentada Raymunda Torquete Silva, de 76 anos. “Em 1975, recebi parte de uma heran�a que era suficiente para comprar uma televis�o em cores ou a casa aqui na beira do c�rrego. Era minha casa e mais quatro de um lado do brejo e do outro um matagal, onde depois se tornou uma garagem de �nibus. N�o dei conta, fui embora e voltei aqui s� depois de 10 anos, quando havia asfalto em pelo menos metade da rua”, recordou Raymunda. A filha dela, Matilde Gon�alves, diz que em 2005 a rua j� era asfaltada, por�m deserta e insegura, apesar da chegada dos primeiros pr�dios e de uma padaria. “Hoje aqui � bem seguro devido ao constante movimento. O policiamento foi refor�ado depois desse crescimento, que nos �ltimos tr�s anos duplicou.”
H� 15 anos na Rua Alberto Cintra, o comerciante Nicolau Lima Figueiredo, de 61, mora em frente ao centro comercial onde est�o 14 dos mais agitados bares e restaurante da via, mas n�o se sente incomodado. “Sair, por enquanto n�o. Gosto muito daqui. O barulho na rua n�o me incomoda, n�o atrapalha meu sono. O inconveniente aqui s�o alguns frequentadores dos bares que usam meu port�o como mict�rio ou estacionam em frente da garagem”.

O programador de produ��o Jos� Maria Arruda, de 59, � um dos moradores do conjunto de tr�s pr�dios no come�o da rua. “Alguns vizinhos j� sa�ram daqui devido ao barulho e � quantidade de carros estacionados na rua, o que dificulta o acesso dos moradores. At� pouco tempo a movimenta��o n�o incomodava. Mas de uns meses para c�, alguns comerciantes est�o com som alto at� a madrugada. N�o sou contra ter os bares e restaurantes vizinhos e at� frequentava alguns. Mas alguns poucos est�o trazendo transtorno e a fiscaliza��o da prefeitura parece ignorar”, enfatizou Arruda, que ainda este ano ter� bem ao lado de seu pr�dio um im�vel comercial com sete lojas e mais de 100 vagas de estacionamento.


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