Moradores da Avenida Pedro I vizinhos ao Viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou em julho do ano passado em Venda Nova, participaram de uma audi�ncia p�blica nesta quarta-feira na C�mara de Vereadores de Belo Horizonte. As fam�lias se mostraram contra a constru��o da trincheira que deve ser constru�da para substituir o elevado. Tamb�m cobraram da Prefeitura o conserto de portas, muros e janelas danificados durante a implos�o da estrutura em novembro de 2014 e que at� hoje n�o foram substitu�das.
Fam�lias que sofrem o impacto do desabamento at� hoje compareceram ao encontro. A reuni�o teve in�cio �s 13h e contou com a presen�a da projetista do viaduto, a empresa Consol, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte, e vereadores. A empresa Cowan, que construiu o elevado, n�o compareceu a audi�ncia.
A discuss�o foi considerada positiva pelos moradores. O principal ponto questionado por eles � a constru��o da trincheira. “Mostramos que somos contra a constru��o da trincheira. O gargalo se faz l� embaixo na Barragem da Pampulha, e, consequentemente, o efeito cascata faz o tr�nsito chegar at� l�. No restante do dia, flui bem. Ficou acertado que antes da constru��o da estrutura as autoridades ter�o uma reuni�o com a comunidade”, comentou a advogada Ana Cristina Drummond, que representa os moradores e lojistas da regi�o.
Os moradores tamb�m fizeram uma sugest�o para a prefeitura em rela��o aos R$ 10 milh�es que ter�o que ser devolvidos pela Cowan e Consol, por determina��o do Minsit�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). “Esse dinheiro pode ser aplicada de uma forma que beneficiaria os moradores. A solu��o seria um posto de sa�de na regi�o. Outra sugest�o seria a compra da Mata do Planalto”, explica a advogada.
Outro questionamento foi sobre os danos das resid�ncias causados com a implos�o do viaduto. Os moradores alegam que v�rias janelas, portas e at� um muro, foram danificados. Segundo a advogada, a prefeitura se comprometeu a avaliar a situa��o das fam�lias.
O momento mais marcante da audi�ncia foi quando a m�e da motorista Hanna Cristina dos Santos, de 24 anos, que morreu no desabamento, deu declara��es. “Ela disse que est� com dificuldade financeira para manter o tratamento da filha da Hanna. A Consol fazia o pagamento e parou. Agora, ela espera por medidas judiciais”, disse Ana Cristina.
No fim da reuni�o, os vereadores que comp�em a Comiss�o Especial de Estudo, criada para apurar a queda do viaduto, n�o descartaram implantar uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para obrigar a Cowan a participar dos encontros. Uma nova audi�ncia deve ser marcada na pr�xima semana para discutir o assunto.
